sábado, 29 de março de 2008

Epílogo



Me sinto levada a dizer
O que palavras não dizem

Me sinto movida a afirmar
O que o firmamento encerra

Me sinto obrigada a atingir
O infindável e o intangível

Amar, sorrir e pensar
São atitudes travessas
Que atravessam pontes
Invisíveis
Inexpressáveis
Intangíveis
Inimagináveis
Sendo assim, pois
Intrinsicamente
Intrigantemente
Inabaláveis

[Pedaços de palavras soltas
No meio dum vendaval]

quinta-feira, 27 de março de 2008

Essa tal liberdade... ou será libertinagem?


Para o Tudo de Blog


Uma sociedade sem regras acaba se tornando auto-destrutiva. Pior ainda se as regras se adaptarem à anarquia. Ontem, na Holanda, legalizaram as drogas. Hoje, o sexo livre. Amanhã, o que mais? Seria isso uma prova de que o ser humano não tem limites, e de que não há outra forma de refrear o seu lado animalesco que não seja concordar e legalizar o que quer que seja?


Não confundamos a liberdade com a libertinagem. Nem tudo o que se quer fazer instintivamente é conveniente para nós. Todo ser humano precisa de regras, caso contrário, seria capaz de matar uma pessoa, destruir uma família, ou acabar com a própria vida! Não estou exagerando. Nem sempre vale a pena satisfazer as vontades e os caprichos do nosso Id, o "eu animal", pois, muitas vezes, ele pode nos levar a fazer coisas nada convenientes. Para isso, temos o nosso Superego, o lado racional, negociador, que nos faz impôr limites e regras no mínimo sensatos.


Nós precisamos de regras para viver em sociedade. Precisamos também nos adaptar a elas, e não o contrário. Isso seria um tantinho egoísta. Somos mesmo tão "grandinhos" assim para saber o que é bom para nós? Sabemos que não. Regras são necessárias; se não as seguirmos, perdemos o jogo. E, se todos resolvessem mudar as regras do jogo, o verbete "liberdade" perderia totalmente seu sentido, pois ficaríamos presos a uma libertinagem irresponsável e nada agradável, como num circuito de trânsito sem sinalização, irrefreável, que acaba em "crash".

quarta-feira, 19 de março de 2008

Desconect@da!


Para o Tudo de Blog

- Socorro! Deu tilt!

Saiu em tudo quanto era jornal, tudo quanto era notícia, e tava na boca do povo: o satélite principal pifou, e, com ele, todos os outros. Wireless, via-rádio, discada; nada mais fazia a tal Internet voltar a funcionar. Isso mesmo: o mundo inteiro estava desconectado!

Nada mais de trabalhos no estilo "joga-no-google", nem longas madrugadas no MSN. Orkut, então, nem pensar! O miguxês iria tornar-se arquivo de estudo dos lingüistas, superinteressados em destrinchar a estrutura dessa extinta e intrigante linguagem. E os blogueiros então? Coitados. Tiveram que voltar para aqueles velhos caderninhos de poesia de ginásio, e caíram no anonimato virtual. Nada mais de acessos e comentários, nem de posts e htmls/javascripts. Ah, não! Oh, my God, só podia ser um pesadelo!

Naquele dia, não dava nem pra sair na rua; técnicos de hardware congestionavam as ruas tentando consertar o estrago, e acabavam cobrando uma fortuna nos honorários. Mas nada consertava o caos. Nem Gates, que resolveu pegar o primeiro foguete turístico para o recém-descoberto planetóide T-22 e sumir da face da Terra, antes que sobrasse pra ele. Entretanto, a decolagem não pôde ser completada, já que o monitoramento da nave se dava via Internet...

E os caras do Google então? Eu não queria estar na pele deles! As ações do Google caíram tanto, mas tanto, que eles resolveram sair pelas ruas dançando a "Macarena" em troca de pão velho e alguns disquetes. Sem contar os ativistas de qualquer causa dos "SOS Qualquer-Coisa", que aproveitaram a situação caótica pra se pendurar nas antenas obsoletas e pedir a atenção sobre qualquer coisa. Tantos documentos importantes foram perdidos, tantos namoricos virtuais desfeitos, tantos trabalhos de escola zerados, tantos webmaníacos tendo crises de abstinência...

E eu já não entendia mais nada. E entendia menos ainda como o mundo conseguiu sobreviver até meados dos anos 60 sem ela! Que pesadelo! Me sentia na Idade da Pedra, e o pior é que eu nem podia fazer nada além de torcer para um raio cair naquela porcaria de satélite e nos reconectar com o mundo!

Mas, por favorzinho, alguém dá um jeito e conserte a Internet aí? Já tá quase na hora daquele gatinho entrar, vai, puxa!

segunda-feira, 17 de março de 2008

O Deus a quem eu sirvo


Para o Tudo de Blog

O Deus a quem eu sirvo é vivo. É o princípio, o meio e o fim. É bom e justo, piedoso, nunca me deixa tropeçar. É Deus com D maiúsculo. E, sim, Ele existe. Falei com Ele hoje, como falo todos os dias. E, quanto mais o conheço, mais me apaixono por Ele. O Deus a quem eu sirvo traz para mim o que droga ou bebida nenhuma pode trazer.

O Deus a quem eu sirvo me ama tanto, que enviou o seu único e amado filho, Jesus, puro, perfeito, para ser pregado numa cruz por mim, sendo que eu nem merecia. Muita gente não faz idéia do porquê, mas eu sei que essas gotas de sangue me libertaram do peso das coisas erradas que eu faço. Eu fui reconciliada com Deus através disso. O Deus que, antes, eu só conhecia de ouvir falar, veio falar comigo e se tornou realidade em minha vida. Não tenho mais medo da morte; sei que passarei a eternidade perto do meu Deus, meu pai, meu amigo.

O Deus a quem eu sirvo não continua pregado num crucifixo de madeira, vencido em dor, e nem é feito por mãos de homens. Não é uma imagem que tem boca, mas não fala, ouvidos, mas não ouve, mãos, mas não age. O Deus a quem eu sirvo é vivo. Ele é bom e justo, e fez coisas por mim que eu nunca sonhei conseguir. Para Ele, o impossível não existe.

O Deus a quem eu sirvo não pode, jamais, ser explicado pela ciência, nem ser refutado por vãs filosofias, nem pode ter sua grandeza avaliada pela mente humana. Afinal, o homem é falho e incompleto. A mente de Deus não poderia ser compreendida pelas nossas mentes, tão pequenas e acostumadas com nossas vidinhas industrializadas.

Não adianta tentar explicar o Deus a quem eu sirvo. Deus é o doce mistério que, um dia, todos nós conheceremos e reconheceremos que nada podemos sem Ele.

"Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face" I Coríntios 13:12

sábado, 15 de março de 2008

Reflexões de auto-estrada


A música hoje mexeu comigo. Mexeu tanto, mas tanto, que me remexia até o fundo da alma. As lágrimas reprimiam-se, mas as emoções cismavam em esboçar-se, caricatas, em meu rosto. Parecia que tinha acabado de nascer, e que o mundo me fazia cócegas em sua estranheza.

Olhava para aquele céu algodoado... que delícia! Um passarinho fazia voejos, como num quadro de pôr-de-sol. Aquelas cinco horas de viagem pareciam minutos. Pude perceber como a vida estava ainda mais bonita hoje! Ela queria me pegar pela mão e me deitar no gramado, e me fazer escrever por toda-lei.

Ainda pensava que era gente. Os animais vivem como têm que viver. Nós vivemos porque temos que viver. E, ainda assim, conseguimos enegrecer a beleza de um sublime arco-íris com qualquer coisinha-à-toa. Era bicho, era erva, era humana. Mas uma humana diferente.

Não sei explicar o que aconteceu comigo naquela viagem, naquele ônibus. As palavras começaram a invadir minhas emoções, e eu sorria sem motivo, meio assim, à-toa, só ouvindo música. E eu queria cantar alto; reprimia-me, porém, afinal, os passageiros não poderiam compreender o que se passava comigo.

Eu era a poesia. Eu era uma vida inteira, e metade-coração. Uma comichãozinha nas costas: deviam ser as asas nascendo. Eu nasci de novo, e desembacei minha visão. Nada nunca é de todo perdido.

Via o vento batendo naquele capinzinho feio de beira de estrada. Mas aquele céu cinza, nublado, e aquela brisa tornaram-no tão belo e tão verdejante, que ansiava por me deitar de comprido naquele pedaço de relva. Eu poderia até esquecer quem sou, pois, naquele instante, tudo se faria novo.

O tempo não volta atrás, nem os quilômetros daquela auto-estrada. Eu já não sou a mesma depois daquela viagem. Foi só uma viagem, mas que, para mim, significou algo muito intrigante.

Quem não for poeta, jamais entenderá o que uma música, uma estrada e um punhado de palavras são capazes de fazer.

segunda-feira, 10 de março de 2008

No seu armário

Oi gente!

Cara, vocês não tem NOÇÃO da correria que está a minha vida... rsrs
Tô amando a facul, mas o curso é puxado, mal estou tendo tempo pra entrar na net e atualizar o blog pra vocês. Peço desculpas, mas também a compreensão de vocês.

Agora, lá vai pauta para o Tudo de Blog de novo...

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Primeiro, quero deixar bem clara uma coisa: cada um tem o direito de ser o que quiser e de fazer suas próprias escolhas. Entretanto, não somos obrigados a concordar com todas elas, certo? E isso não quer dizer que sejamos necessariamente rebeldes, homofóbicos, ultrapassados e ignorantes. Respeito é bom e todo mundo gosta, mas ninguém é obrigado a aceitar tudo.
Para começar, "ficar" não é comigo, já falei isso mais de mil vezes. Segundo: eu não vejo segunda opção na minha vida sentimental, portanto, não, eu não ficaria com um gay, porque já sei que é uma relação que sairá do nada e levará a lugar nenhum. Não tentaria "transformar" o cara em hetero (ah, você acha mesmo que uns beijinhos descompromissados podem mudar a vida de uma pessoa?), nem o encorajaria a ir experimentando até se "encontrar". Nem sei o que seria esse "se encontrar", neste caso.
Fui curta e grossa. Não há mais o que dizer.