sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

ON VACATIONS...


...Vou demorar uns dias para voltar a escrever...

Tá pensando o quê?! Ser uma "teen writer" também cansa, às vezes...

hahaha...

Façam como eu: Feliz férias e boa viagem! =)

sábado, 22 de dezembro de 2007

Ela gostava de sair à janela, espiar os fogos de final de ano. Desde criança, amava fazer isso no finzinho das festas, quando todo mundo já estava com sono e quando toda a comida já tivesse acabado. Para ela, era uma coisa única.
Quando ela era pequena, pensava que aqueles fogos eram mágicos, e que, assim que eles eram lançados ao ar, acontecia algo sobrenatural, e o ano mudava. Os adultos diziam a ela que, durante o curto intervalo de tempo entre um ano e outro, algumas coisas podiam trocar de lugar (cachorro miar, gato latir, calças serem usadas como chapéu por macacos tailandeses...). Ela nunca havia conseguido pegar um fenômeno desses, mas ficava ali, sempre atenta, esperando para pegar um de surpresa.

Agora, Madá já estava bem grandinha para essas coisas. Mas ela ainda ficava ali, sempre espiando, sempre esperando que algo extraordinário acontecesse na passagem do ano. Bem que essa mágica poderia fazer judeus e palestinos se darem as mãos, ou fazer com que Bush e Bin Laden se tornem amigos de infância, ou com que o capitalismo caia da moda.

Sonhos de 2007... Para transformar 2008, mesmo que sejam só desejos...

E a nossa heroína, assim como nós, quer transformar o ano novo num novo ano.

Tentemos juntos!

FELIZ 2008 e Feliz post novo!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Meu Natal


Não vim aqui hoje pra ficar falando "clichês" sobre o Natal: que é época de dividir, de pensar no próximo, e talz. Todos estamos bem grandinhos para não sabermos disso, não é?
Bem, vamos ao post de hoje...
Como já era de se esperar no meu Natal, nada daquele velho imaginário, de roupa vermelha, que vem da neve (no verão? ahã... e o Bozo...), nesse calor tropical que, nossa, como será que aqueles caras agüentam usar aquela fantasia tãão quente (e brega)? (risos) Sem contar a ginástica que fazem para lograr a criançada e fazê-las acreditar no tal "Noel". E fazê-las achar que Natal é, pura e unicamente, época de ganhar presentes...

Eu nunca fui com a cara do Papai Noel. Por mais que me falassem que ele era bonzinho, que trazia presentes, que entrava pela chaminé, eu sempre soube que era tudo mentira. Principalmente aqueles que corriam atrás de mim nos shoppings, para me dar balas... Argh! E, nem por isso, tive Natais menos alegres ou menos cheios de infância do que as outras crianças que amam o "bom velhinho". Mas fala sério: é meio esquisito você realmente acreditar que aquele "Gremelin", usando aquela roupinha vermelha quente pra dedéu, tenha interesse no nosso "rain country" (que passa fome adoidado, cheio de problemas econômicos e, ironicamente, presentes de Natal a comprar).

O Natal já perdeu a essência. Natal lembra nascimento. E a festa de aniversário não é do São Nicolau, nem dos duendes e renas do nariz vermelho, mas do Filho de Deus. A decoração não tem nada a ver com guirlandas, neve ou cerejas, mas tem cara de estrebaria. O brilho da data não vem das fitas que decoram as caixas de presente, mas da estrela que levou os três reis magos ao Salvador do mundo. Aquele mesmo, que levou sobre si as nossas culpas, cujo castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, que nos sarou com suas chagas, e do qual muitos só se lembram quando a coisa aperta... E, ainda assim, se esquecem de que Ele renasceu, ressucitou, e não continua pregado numa cruz em dor.

Ele vive!

É Natal!

Jesus nasceu!

Jesus morreu (POR VOCÊ)...

...mas RESSUCITOU!!

Glória a Deus!
♪ JESUS TE AMA ♪


♪ We wish you a Merry Christmas, and a Jingle Bell Rock! ♪

sábado, 15 de dezembro de 2007

Lendas Urbanas (que deveriam ser verdade!) - Final


Era uma senhorinha idosa, daquelas típicas de bom coração. Todas as sextas-feiras, esperava ansiosamente pela visita dos "guris", como ela os chamava. Usava um lencinho colorido, cobrindo os poucos cabelos que tinha, e um vestido maltrapilho. Sorria um sorriso de poucos dentes, mas de muita sinceridade e simpatia.

Madá e Niko já foram entrando, sem cerimônia nenhuma. Já eram "de casa". Ao encontro deles, correu a menininha, netinha daquela senhora. "Oi tia!", gritou, ao ver Madá, que abriu os braços para ela. Enquanto isso, Niko correu até o quartinho escuro e úmido, para dar os remédios ao velho Damião, cardíaco e preso a uma cama - um colchão de espuma coberto por um cobertor corta-febre. Não havia luz elétrica; tudo era iluminado por velas.

O casebre era quase inabitável, mas havia melhorado muito desde que Madá e Niko começaram a ajudar aquela família. Era uma família incompleta e humilde: Damião e a velha Jocasta perderam a única filha e o genro numa chacina. A filha do casal, Maiara, conseguiu sobreviver, e foi entregue para ser criada pelos avós, pobres e sem-teto. É uma família rotulada naquela cidade como "os sem-teto", "os ciganos", "os inválidos". São considerados a escória da sociedade. E isso despertou a compaixão em nosso heróis, que passaram a fazer de tudo para ajudá-los. Mas precisavam manter segredo sobre sua missão, pois aquela pequena cidade destilava preconceito. Ajudar os "sem-teto" seria considerado um ato de vandalismo, audácia e rebeldia.

Mas aqueles dois não se importavam. Mantinham o segredo, para que a paz fosse mantida naquele lar. Ironia ter que esconder-se para fazer o bem, numa sociedade que busca viver de aparências e falsa filantropia.

Além dos alimentos, Madá e Niko haviam trazido cobertores e agasalhos velhos; tudo o que conseguiram juntar de seus armários. Enquanto Niko ajudava os velhos com os remédios, Madá dava banho em Maiara - com uma toalha molhada, já que na casa não havia água. E terminavam a madrugada juntos, conversando sobre qualquer coisa com os velhos, ouvindo-os, oferecendo-lhes amizade e amparo para sua solidão. A menina adormecia no colo de Madá. A madrugada findava, e os jovens deixaram a casa antes do amanhecer, com a sensação de missão cumprida. Madá sorria. E isso se repetiria por inúmeras e inúmeras madrugadas de sábado, até que as barreiras da ignorância e dos rótulos fosse derribada naquela cidade. Não se importavam com o perigo: para eles, o maior perigo era ver uma família definhar por falta de amor.

Talvez o leitor esperasse um romance romântico, ou uma missão "impossível", cheia de adrenalina e efeitos cinematográficos. Mas há, porventura, missão mais honrosa que a de Madá e Niko, que é amparar o desamparado e prover o necessitado? Quantas "Madás" e "Nikos" você conhece?

E você? Qual é sua grande missão?



FIM

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Lendas Urbanas (que deveriam ser verdade!) - Parte II


"Ei! E casos de amor precisam lá de missões?", o leitor deve estar se perguntando. Mas não era qualquer caso de amor. Não se tratava de mais uma aventurinha de adolescentes, nem de um pretexto para carregar o fígado de adrenalina. A seriedade da missão de nossos heróis não deve ser questionada ou equiparada a mero capricho.

Os jovens pulam o muro de um velho casebre semi-abandonado. Eis a missão.

- Anda, Madá! Até parece que esqueceu como se escala esse muro...

Madá tenta, tenta, mas tomba. Niko ri, mas ajuda a parceira a levantar-se. Ela olha assim, meio de canto, meio fugaz, tentando descobrir o que se passa naquela cabeça de vento. Às vezes, a Madá dava medo. Mas era só impressão: tinha uma doçura como poucas! Não era de falar muito, não; preferia observar e esquadrinhar o perfil psicológico de cada indivíduo. Já em pé, diz:

- A única coisa de que nunca me esqueço é o motivo que nos traz aqui. E você sabe que isso é a coisa mais importante do mundo pra mim.

Niko faz uma careta (ficou sem graça). Aquilo também era a vida dele. Penetra Madá profundamente com os olhos.

- Madá...

- Hum?...

- Éhh... você já... já contou pra "eles"?

(Madá levanta os olhos. Suspiro.)

- O quê? Da gente, Niko?

- Não acha que já tava na hora de contar? Poxa, cara, a gente não tá fazendo nada de errado; se as pessoas ao menos soubessem, a gente poderia conquistar um pingo de admiração alheia. Tô cansado de ser tachado como "o obtuso que nunca sai na sexta-feira"! Será que...

- Niko! - interrompe Madá, passiva, porém resoluta - Meu, você sabe, "eles" têm dificuldade de entender certos lances. Tá certo, às vezes até eu acho muito louco o que a gente tá fazendo. Mas será que, se a gente contar, as coisas continuarão fluindo como agora? Meus pais são tão cautelosos! Exatamente por me protegerem muito, poderiam me proibir de sair de casa em dias comuns! (pausa) ... Não, Niko. Eles não vão entender. A gente é tão novo, e já tá se arriscando desse jeito!

Niko abaixa a cabeça. Ele sabe que Madá tem razão, de certa forma. Mas será que o fato de serem tão jovens os impediria de tentar transformar esta realidade?

Enfim, calam-se e seguem em frente. Matalotagem na sacola: pão, frios, e um pouco de sopa e chá dentro de garrafas térmicas. Não havia tempo para ficarem discutindo.

Madá bate à porta. Logo, ela se abre.

- Boa noite, menina.



Não perca o próximo capítulo! Prometo que não irá demorar a acabar, hehe...

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Lendas Urbanas (que deveriam ser verdade!) - Parte I


Ela estava ali, à espreita. 0h09min, horário exato do combinado. Ouviu o barulho de pedrinhas batendo na janela (tec-tec-tec). Era ele!

Friozinho na barriga, uma última olhadinha no espelho. É bom dar uma retocada no gloss. "Se meus pais descobrem...", pensa a jovem. Madá. Ruiva natural, de uns quinze, duns olhos cor de piscina, cabelos ondulados, com uma beleza exótica. Sabia o golpe fuminante e certeiro que tinha a sua habilidade única de combinar aquele vestidinho branco com um par de All Star. Ficava uma graça! Ganhava uns ares infantis, mistério de rabo de olho e um pinguinho de vergonha na cara.


Ninguém podia saber. Ninguém. O caso já durava seis meses. Uma paixão. Algo arrebatador e inacreditável.

Não que fosse, assim, errado o que ela fazia todos os sábados neste horário. Não gostava muito de sair sexta à noite; preferia ficar acordada no quarto, ouvindo seu Ipod, esperando a madrugada chegar. Era mais que o perigo: era algo ao qual ela não podia negar, não conseguia resistir! Demonstrar amor não tem preço.

Era mais forte que ela. Aquele ardor no peito, aquela vontade de gritar para o mundo ouvir o que as madrugadas de sábado traziam! Apesar do frio, do nevoeiro e do moletom velho de capuz, aquentava-se com aquela emoção dentro dela.
O tec-tec continua. "Já vai!", sussurra ela. Um moço a espera,com os braços esticados, para que ela pulasse da sacada. Já estavam acostumados àquilo; era um caso de tempos. Um caso de amor. Não um simples amor. Logo vocês entenderão. Pegou o chapéu e foi. Executado o salto, saíram os dois a rir e a correr pelas ruas da madrugada fria da floresta de aço. Mas não tinham tempo para brincadeira. Estavam em missão.



To be continued...


terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Síndrome de Peter Pan


Jogaram de lado a minha boneca

Não vi mais o carrinho de algodão doce

Descobri que, no fim do arco-íris, não tem ouro coisa nenhuma

E que a vida é dura, e não é para os fracos.


Me contaram que eu tenho que crescer

E que, no mundo dos adultos, não tem espaço pra boneca

Que algodão doce engorda

Que ouro é o que move o tal Capitalismo

E que todo mundo amadurece um dia (todo mundo?).


Mas eu ainda prefiro sonhar

Que, no meu mundo, há lugar

Pros meus brinquedos, folguedos

Desejos e doces

Pras maçãs do amor

E pras Polly Pockets


E que, mesmo sendo grande demais

Pra brincar de boneca,

Comer algodão-doce,

Ou procurar ouro,

Eu ainda posso ser

pequenininha

Com o coração do tamanho dos meus sonhos

Sonhos feitos na padaria

Sonhos feitos na alma

Que arrepiam até a unha do pé!


Deitada no chão

Da sala de estar

Do quarto de brinquedos

Um mundo tão sério

Tão bravo e carrancudo

Que resolvi fazer cosquinha

E tudo acolorou-se de novo

Cor-de-criança-da-cara-melada

Rolando de gargalhada

Cresci, fiquei enorme

Sujei o meu uniforme

[tão sério de Senhora


E virei Peter Pan!

sábado, 8 de dezembro de 2007

Eu não me conformo...


Não me conformo com este mundo. Eu não me conformo.


Péssimos exemplos se tornando "lições de vida", atos indignos lutando para ter uma dignidade, sordidez de ações em alta, a moda da prostituição, do uso de drogas "legais", do ser-objeto hedonista, do chauvinismo raquítico, da ironia social.


Carpe Diem corrompido, libertino, ridículo. Inconsciência. Inconsequência. Egoísmo em busca de um prazer vazio, imoral, individualista. Não há amor, não se pensa mais no outro. Meu umbigo torna-se o centro de todos os universos. Não importa se a vida de outrem tem valor, não importam as vontades e necessidades do próximo (eu o quero bem longe; próximo? Só quando me convém!).


Impune. "A vida é minha, e eu faço o que quiser. E que se lasque! Conseqüências?! Por que você não cuida da sua vida? Eu quero é me acabar, e ninguém tem nada com isso". É o que se diz. Egoísmo, libertinagem, inconseqüência. Até quando?


Seres rastejantes. Feitos nauseantes. Bizarro. Hipócrita. A qualquer preço, a qualquer custo. Nem que seja o do sangue, o da honra, o da rebeldia sem causa. Ignóbeis. Ignorantes. Objetos, apenas, prontos para serem jogados, arremessados, pisoteados. Mas que diferença faz para eles? Eles só querem "causar", "chocar", "enojar", "invejar"...


Eles não precisam de paz nenhuma. Nem de felicidade. Eles só querem corrupção. E corrompem mascarando-a de dignidade, travestindo-a de modismo, de modernidade, de falsa liberdade. "Todo o mundo faz. Você nãoooo??? Você tem algum problema??? Mas hoje em dia é normal! Agora não tem mais jeito! Século 21! Os tempos mudaram!!"


Mudaram. Pioraram. E eu não me conformo. E nunca vou aceitar isso. Me julguem, desprezem, me tratem como estranha; eu não me importo. Eu não serei conivente. Eu não aceito. Eu não me conformo.


Pode parecer loucura. Mas a loucura de não resignar-se pode descamar olhos cegos, céticos e niilistas, que crêem que não há mais nada a fazer, a não ser "fazer parte da massa". Só que essa massa apodreceu, criou vermes, embolorou, e seus correligionários ainda se lambuzam nela.


Não, muito obrigada. Eu não aceito, nem me conformo com este mundo, e nada vai me fazer mudar de idéia. Sozinha não posso mudá-lo, mas posso fazê-lo pelas palavras dos meus lábios, e pelo fogo que arde em meu coração. Levanto os meus olhos para o Alto. Ele já vem, e fará Sua justiça valer acima de todas as coisas.


Não vou me vender.


Não vou me render.


Não, eu não me conformo com este mundo.


(Romanos 12:2)

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Adeus.


Nota da editora: eu NÃO abandonei este blog! Só estou na correria por causa da temporada de vestibulares, mas agora estou de FÉRIAS, e voltarei a escrever com freqüência.


Sem mais,


Atenciosamente


"A jornalista"

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Okay, passada a encheção de lingüiça (rsrs), vou abordar um tema que todo fim de ano que se preze nos traz: despedidas.


Posso ter exagerado um pouco ao intitular este post de "Adeus", afinal, poderemos voltar a ver as pessoas das quais nos separamos. Ou não, o que me dá toda a razão de este título ser.


Acabei de concluir o Ensino Médio, e este foi um dos melhores anos da minha vida na escola. Fiz amigos, conheci pessoas legais, estudei pra caramba, pintei e bordei (no bom sentido!)... E isso realmente vai deixar saudades imeeeensas. Como no final de nossa festa de despedida hoje, no colégio. Choramos baldes, já que, ano que vem, vamos embora, estudar, fazer faculdade e, como disse um de meus colegas: "Agora é que a vida começa".


Ultrapassamos aquele velho portão pela última vez. A vida se inicia. Toma força, cria vida própria. Um nó me aperta a garganta; é impossível segurar as lágrimas. Impossível não lembrar dos risos malucos, das lutas que enfrentamos, das aulas de Química Orgânica ("é méééti, éééti, próóópi e buuuti" - dizia a professora), do frango frito da merenda escolar toda sexta-feira, dos meninos jogando truco no fundão, da Segunda Lei de Mendel, dos malas enchendo a paciência, dos filmes nas aulas vagas... Será mesmo que tudo passa?


Não é o último ano da vida, mas parece ser o último ano de um pedaço dela, que não morre, mas fica na lembrança eternamente. Quem é que não se lembra do colegial? Aquela "fase" pela qual passamos, identidade em formação, mudança de estilo, personalidade, bipolaridade, ânimo desanimado, loucura de vida... Os amigos, as festinhas, as gargalhadas, os celulares que tiram foto e os que não tiram... Tudo é parte do todo, encaixando-se num quebra-cabeça nostálgico, de um tempo que não volta mais, mas que marca a passagem para um novo tempo.


É, nesses momentos, eu acho que sofro da síndrome de Peter Pan.


* Foto: 3º A - minha sala! (eu sou a de trancinhas e gorro) - essa homenagem é pra vocês!