domingo, 29 de novembro de 2009

Bono e eu


[Montagens by Caio]

Para o Tudo de Blog


Capricho pergunta: o que você faria se esbarrasse com o famoso que mais ama?

Gente, eu sou louca pelo Bono Vox, ok? Tipo, acho ele o máximo, escuto U2 quase todo dia e, na minha opinião, ele é o dono da voz masculina mais LINDA desse mundo! E aqueles óculos?! E aquele cabelo jogadinho pra trás?! E aquele chapéu de cowboy suuuper estiloso?! Tudo de bom, gente! Bom, mas se eu, em minha suprema humildade, esbarrasse com o rockeiro irlandês mais querido de todos os tempos, acho que não faria a Katilce, dando selinho e tudo mais. Mas me aproveitaria do meu inglês fluente pra me aproximar, de mansinho e sem histeria (apesar de estar morrendo 9827623 vezes por dentro) e pediria "please, could I take a picture with you?". Ele, ao ver aquela ruivinha magrela de meias listradas e All Star totalmente inofensiva, sorriria e se aproximaria, simpático como é. Adversário conquistado, eu lhe daria um BIG de um abraço e, escondendo as lágrimas, roubaria o seu chapéu de cowboy, esticaria o braço e tiraria uma foto para a posteridade. Na foto, sim, podia ter beijinho. Mas na bochecha, que sou moça de família.

Bom, dizem que ano que vem ele vem pra cá de novo. Quem sabe? =)

Anyway, enquanto isso, fico com o que me é mais acessível, mesmo...

Ah, Bono, te amo!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Desconversinha

- Ô, mãe!
- Fala, filhinha.
- Quando a gente passa o dia todo pensando num menino... é porque a gente tá apaixonada?

A mãe, séria, permanece em silêncio. De repente, abre um enorme sorriso.

- Você não me disse outro dia que queria saber de onde vem os bebês? Então, vou te contar agora!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Não sou homofóbico e tô na moda!

Para o Tudo de Blog

Capricho pergunta: o que dizer sobre a criação do personagem gay de Maurício de Souza nas histórias da Tina (que, esclarecendo, são destinada ao público jovem, e não infantil)?

O problema é que essa luta contra a tal da "homofobia" gerou o que eu chamaria de "indústria da homofobia": afinal, essa tentativa de se acabar com o preconceito do mundo pode dar uma graninha, não é? Principalmente por parte do público homossexual - os principais interessados em acabar com o famigerado "preconceito" (outro conceito bem mais amplo do que se prega).

Quanto ao novo personagem gay do Maurício, sinceramente, acho que não vai resolver mais nem menos o problema da homofobia contra a homossexualidade - no máximo, vai gerar a polêmica de sempre, dar um marketing legal para a MSP e, logo depois, cair no esquecimento, como todas as outras tentativas do gênero. É coisa de momento: a onda agora é anti-homofobia, e seria natural que a Turminha entrasse na moda. Por isso, fica o questionamento: será mesmo que ele está tentando conscientizar a sociedade contra a homofobia, ou está apenas seguindo uma "tendência" e querendo "causar" um pouquinho?

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Trama

E foi então que o estranho fez-se estrada, e que a estrada desenhou-se nas linhas das mãos, dos risos, das rugas. E o infinito fez-se desvendável, destituído do mistério do princípio e do fim. E os olhos se tornaram lágrimas, e as palavras se tornaram livros, e os beijos se tornaram sopros, e as lembranças, arrepios. E o Destino teceu seus planos, seus panos - trajes de ultraje, tramas de atrizes e mentiras, e avanços, e recuos, e tremores. E a vida resolveu fazer arte, e a água saciou o sôfrego, e o soluço me saltou ao peito, e a escolha cruzou meu caminho. Impasse. E o Futuro é incerto e breve, e o peito tanto salta ao pranto, e o tanto que espero é mérito, paciência e perseverança. Esperança. E, se alguém cruzar o meu caminho, e tanto mais me quiser seguir, basta esperar pelo que há de vir, e fechar os olhos ao que parece ser. Prevalecer.

E foi então que me formei mulher.

***
Recadinhos!

* Quero agradecer MUITO aos meus leitores (e seguidores - já estou com 120!) e fiéis ladrões de Rosas Inglesas, que me dão tanto prazer em cultivar rosas, que falam aos corações por meio de palavras. Muito obrigada! E peço perdão por não poder retribuir a todos os comentários - vivo na correria da faculdade, e minha internet nem sempre colabora. Mas quero que saibam que leio TODOS, e que eles me deixam muito feliz!
* Minha internet tem vontade própria: funciona a hora que quer. Então, me desculpem pelo chá de sumiço! Além disso, sabem como é final de semestre - mil provas, e seminários, e traduções, e reportagens pra entregar. Mas olha, pelo menos uma vezinha na semana, prometo que apareço por aqui!
* Logo, logo, tem layout novo! Aguardem! ^^

Bom, é isso. Amo vocês.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Juramento

- E se o céu cair?
- Vou.
- E se a Lua cair?
- Também.
- E se as estrelas do céu também resolverem cair?
- Ainda sim.
- E quando o seu cabelo cair?
- Hahaha, sua bobinha, até lá, ainda vou.
- E quando eu tiver cara de maracujá?
- Você nunca vai ter cara de maracujá!
- Ah, um dia todo mundo fica com cara de maracujá.
- Mas você, não. Você é linda.
- Sou linda ainda. Um dia, posso não ser mais, e você não vai me querer cheia de botox, vai?
- Argh! Não.
- Mas me responde: e quando eu tiver cara de maracujá, o que é que você vai fazer?
- Eu vou te achar o maracujá mais sexy de todo o mundo.
- Hahaha, tá bom. Mas e se o mundo acabar?
- Ainda vou.
- E se o mar secar?
- Também.
- E se eu não souber mais falar?
- Vou também.
- E se eu errar?
- Mais ainda.
- E se nada for como a gente pensa, ou quer?
- Incondicionalmente.

Ela parou, pensou, e abraçou-o de novo. Deitados na grama, a noite caindo, os grilos cantando, palavras saindo.

Lágrimas.

- E se o sonho acabar?
- Não fala besteira, e não chora. Olha pra mim.
- Hum?
- Olha.
- Hum.
- Ainda assim. Mesmo assim. Ainda mais. Ainda sempre. Pra sempre, e muito mais além.
- Pra sempre?
- Pra sempre.

Longo beijo, longa noite. Palavras.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Uma vida em três anos

Para o Tudo de Blog

Formar, eu não me formaria, mesmo sendo esse o meu sonho. Afinal, o fim do mundo tá aí, e preciso viver minha vida inteira em menos de três anos. Ok, talvez fizesse mais um ano de faculdade e deixasse pra trancar no último (já que eu gostaria de aproveitar um pouco mais meus amigos e minha família). Em 2011, eu finalmente me mandaria pra Europa, sem lenço nem documento, e passaria o resto dos meus dias terrestres por lá, trabalhando pra comer um pouquinho e me divertir bastante. Até conhecer o cara dos meus sonhos e me casar com ele no dia seguinte em Las Vegas - só uma pontezinha aérea básica. E, de mãos entrelaçadas e rostos colados, poderemos esperar tranquilamente pelo primeiro meteoro que cairá do céu.

Feliz 2012.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O ano em que minha vida mudou

Para o Tudo de Blog

2009 foi uma lição de vida para mim. Foi um ano de lutas, choques, mudanças, aprendizados e crescimento. No fim das contas, tudo o que me aconteceu de ruim este ano acabou servindo para me sacudir do comodismo. Me tornei mais mulher, mais decidida, mais independente, e percebi que podia tomar minhas decisões e pensar por mim mesma, muito mais do que já sonhei algum dia. Tomei decisões difíceis e mudei radicalmente de vida - e o cabelo foi junto, já que criei coragem e realizei um sonho antigo: ficar ruiva! Vi pessoas se transformarem, grupinhos se dissolverem, e aprendi que nunca se conhece uma pessoa de verdade até que se toque em sua ferida. E o Murphy trabalhou dobrado este ano: tive dias e semanas em que TUDO (mesmo) dava errado, e tive muita vontade de chorar. Mas isso me ensinou a ser mais paciente e realista, esperando qualquer coisa da vida, porém sem perder a esperança do melhor. Aprendi a equilibrar meu tempo, e a passar mais tempo com Deus. Aprendi a dar mais valor aos almoços de domingo em família. Fortaleci laços de amizade que levarei para a vida toda, e expandi meus horizontes de tal maneira, que hoje olho para frente e vejo degraus onde, até pouco tempo, só via limites.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Apenas um crime fashion

Para o Tudo de Blog

Depois desse bafafá todo com a universitária da Uniban, fica a questão: o problema todo foi mesmo o tamanho da saia? De quem foi a culpa, no final das contas (se é que houve culpados, claro!)?

Podem falar o que for, mas posso dizer que, não, faculdade não é lugar para usar um vestido daquele tamanho! Isso não é nem questão de princípios e moral (aliás, a moral dessa sociedade está tão hipócrita, que nem comento), mas sim de ética e, claro, noção do perigo! Já é necessário tomar cuidado para usar um vestido daqueles mesmo em uma ocasião considerada apropriada - imagine em uma faculdade! Não dá. E, mesmo que a moça tenha posto o vestido "na inocência", ela é meio sem noção, não é? Afinal, usar um vestido hiper curto, que deveria ser usado para sair à noite (se bem que, ô vestidinho feio!) na faculdade, além de vulgar, fica brega pra caramba. Mas é claro que nada disso justifica o comportamento de vândalos que os estudantes apresentaram, e muito menos a expulsão da moça - se fosse uma advertência tudo bem, mas expulsão é muito extremo quando se trata de roupa. Agora, resta a pergunta que não quer calar: qual seria a real intenção da moça ao usar um vestido daquele tamanho? Por via das dúvidas, desisto de tentar entender. Prefiro encarar esse episódio apenas como mais um crime fashion.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Um certo silêncio

Eduarda estava sentada sozinha na calçada. Eram umas dez da noite, calor, vestidinho, solidão. Sozinha, ela e a rua.

Passos na calçada.

- Oi.

Ela ergueu os olhos.

- Oi, Ricardo! Tá fazendo o que por aqui, a essa hora?
- Sei lá. Tava passando por aqui, e te encontrei.
- Mas você não tem prova amanhã?
- É justamente por isso que eu tô dando uma volta. Não aguentava mais aqueles números.

Ela riu.

- Se eu soubesse que você ia vir aqui, tinha feito brigadeiro.
- Ah, não inventa moda, que eu vou cobrar, hein?

Ele estava em pé. Um pouco de silêncio, um pouco de espera. Talvez um pressentimento, ou uma vontade reprimida.

- Er... Quer dar uma volta?
- Então você vai ter que me ajudar a me levantar!

Ricardo riu. Ela sempre fazia aquilo. Preguiçosa. Teimosa. Quase insuportável. Tanto quanto inseparável.

- Pronto?
- Pronto!

Seguiram andando, conversando, falando bobagens, brincando. Como sempre faziam, desde que se conheceram. Há um bom tempo.

Mas houve ainda um certo silêncio. Um certo desconforto, ou coisa assim. Ou qualquer outra coisa difícil de explicar.

- Rick?
- Hã?
- Por que a gente tá andando de mão dada?
- Sei lá... a gente já não fazia isso?
- Fazia? Ah... sei lá... acho que sim.

Riram e continuaram conversando. Perto da meia-noite, Ricardo achou melhor levar Eduarda de volta. Não havia se esquecido da prova do dia seguinte. Era a vida real interrompendo momentos legais mais uma vez.

- Bom, tá entregue.
- Valeu, Rick. Foi bem legal a gente dar uma volta.
- É, foi. Eu tava mesmo precisando relaxar, conversar um pouco.

E de novo o certo desconforto. E, dessa vez, o silêncio foi certeiro.

- Du, por que você me beijou?

Agora, o total desconforto. Disfarçado com muita naturalidade, porém.

- Por nada. Só queria saber como era.

Ele sorriu, sem jeito.

- Como era o quê?
- Esquece. A gente se cruza por aí. Tchau!

Um beijo rápido, dessa vez na bochecha. Nenhum coração partido. Apenas uma sensação esquisita. Dois jovens confusos, querendo coisas diferentes. Ricardo queria mais. Eduarda queria nunca ter feito aquilo.