quinta-feira, 30 de abril de 2009

Consumo? Só no delírio, mesmo!


Para o Tudo de Blog

Assumo que atóóóron comprar! O problema é que não tenho dinheiro! Mas, vezinquando, dá pra levar uma oncinha pra passear no shopping ou nas feiras hippies da vida. É tão bom comprar coisas legais e renovar o estoque de bijuterias, ainda mais quando se pega uma promoção "daquelas". Aliás, "promoção" é minha palavra favorita. Porque, sim, eu atóóóron comprar, mas odeeeeio gastar - um paradoxo do consumismo.

Não há nada de errado em gostar de compras - às vezes, faz bem extravasar, nem que seja de cartão de crédito em punho! O problema é quando a coisa foge do controle e você começa a comprar coisas que não vai usar, ou pior, que não vai conseguir pagar. Daí, é hora de puxar o freio. Agora, cá entre nós, amiga: tão bom se dar um presentinho de vez em quando! A gente merece, não é?

terça-feira, 28 de abril de 2009

As aventuras do Mr. Bumpy


Quem me conhece, sabe que eu sou craque em desenterrar as coisas mais absurdas, principalmente músicas do tempo do "Zagaia", seja lá quem ele tenha sido. Eu estive lembrando esses dias de um desenho de massinha que eu adorava quando criança. Chamava-se "As aventuras do Mr. Bumpy" (Bump in the Night), e é um dos desenhos mais bem bolados e legais que eu já vi! Eu devia ter uns oito anos quando ele passava...

A história era a seguinte: Mr. Bumpy, um monstrinho verde e cheio de verrugas, vivia embaixo da cama de um garoto de dez anos, comendo meias velhas e empoeiradas. Seus melhores amigos eram Squishington, um monstro azul que morava no vaso sanitário, e Molly, uma boneca toda remendada, que pertencia à irmã do garoto. Os outros personagens eram o Destructo, um robô rabugento que cantava "eu sou maior que você" (nossa, como era legal essa música!), as três bonecas patricinhas que moravam no mesmo quarto que Molly, e o Monstro do Armário, todo feito de retalhos, que metia muito medo no Mr. Bumpy, mas que eu achava uma fofura!

Esse desenho passava no SBT, na época em que ainda havia programas bons por lá e desenhos realmente divertidos na televisão. Pena que nunca mais o reprisaram.

Hoje os desenhos não tem mais graça. A maioria é cheio de armas e lutas sem pé nem cabeça, ou de computação gráfica, ou a história é chata.

Ou será que sou só eu, que cresci, mesmo?

De qualquer forma, saudades, Mr. Bumpy!

Olha aí um pedacinho, pra lembrar!

domingo, 26 de abril de 2009

Ela pode? Eu também posso!


Para o Tudo de Blog

Não me lembro de ter passado pela situação da "amiga perfeita" (pelo menos, não de uma que me ofuscasse tanto assim!), mas, se passasse, seria muito mais eu. Se ela fosse amicíssima, tipo BFF, juro que não me abalaria. Agora, se não fosse "aqueeela" amiga, vou ser sincera: ia dar, sim, uma leve e momentânea pontinha de despeito, lógico! Sem hipocrisia: todo mundo quer ser admirada, elogiada e descaradamente paquerada. Você se esforça pra encolher a barriga, usa um quilo de maquiagem e fica cinco horas no salão pra quê? Pra chegar o clone da Barbie de jeans, rasteirinha e cabelo preso, e chamar muito mais atenção que você, sem nada disso? Há certas garotas que são, sim, incríveis de dar raiva. Mas a gente também pode chegar lá - com um pouquinho mais de esforço, mas pode! O sol nasce pra todas, basta você saber como chegar lá. E também, sabe o que mais? O que custa ser um pouquinho mais humilde e perguntar pra sua amiga-barbie a marca do shampoo dela?

sábado, 25 de abril de 2009

Escrevi, mas não mandei



"Londres, 21 de setembro de 1978.

Peter, você vai me fazer tanta falta.

Mesmo que eu nunca tenha tido coragem de falar com você direito. Mesmo que você tenha sido, até hoje, o melhor amigo que eu já tive. Mesmo que você me visse como um "cara de saia", como você dizia. Mesmo que eu te visse como o homem da minha vida.

Tá bom, eu só tenho quatorze anos. Minha mãe disse que ia passar, que essas coisas acontecem, e são complicadas, mesmo. Mas é que, quando eu olhava pra você, me dava um medo, e um frio na barriga. E você nunca me deu um beijo. Um beijo! Como eu sonhei com isso. Como eu sonho! Mas acho melhor não sonhar mais.

A verdade é que eu tive medo. Medo de não dar em nada. Medo de dizer o quanto eu gosto de quando a gente come pizza, largados no jardim, até duas, três da manhã, falando besteira e dando risada. Medo de trombar com você na escola e ficar vermelha. Medo de continuar sentando com você na aula de biologia, e você descobrir tudo. Medo de você descobrir que eu choro antes de dormir, por sua causa. Medo de contar o único segredo que você ainda não sabe sobre mim: eu te amo, Peter.

As coisas se vão tão rápido, mas a gente não. A gente ficou pra sempre ali, em algum lugar incerto, e eu sabia que dali não sairia nunca mais. Eu não dormi mais, pra não ter que sonhar com o passado, com o modo com que você me olhava, com o seu modo de torcer as mãos enquanto falava, com a sua respiração em meus ouvidos, com aquele seu sorriso torto e sem graça. Se sonhasse com o futuro que planejei, seria pior, pior, pior ainda.

Mas as coisas passam. E, se não passarem, também, eu não me importo. Eu sei que não vai passar, mas a gente se acostuma com dores crônicas e agudas no fundo da alma. E, pra falar a verdade, não tive coragem de jogar aquela caixa fora de jeito nenhum. É uma caixa enorme, onde eu guardo todos os papeis de bombom que você me deu, os bilhetinhos da aula e o LP do ABBA. Isso eu nunca contei pra você.

Mesmo que você esteja indo embora amanhã, pro outro lado da Inglaterra, e que tudo não tenha passado de uma ilusão, me sinto meio feliz por sofrer agora, já que, pelo menos, eu vivi. Eu amei. E eu ainda amo, e vou amar pra sempre. Não sei se a vida quis assim, mas talvez tenha sido melhor. A gente vai tentando viver de novo aos poucos, passo por passo. E, mesmo que a gente nunca mais se veja de novo, eu vou sempre me lembrar de você, de como você me mostrou o amor e a amizade.

Acho mesmo é que você nunca vai encontrar esta carta. Talvez eu nunca a mande. Não quero te confundir, nem interferir na sua escolha. Preciso me conformar, embora não queira e saiba que não conseguirei.

A vida disse que acabou. Eu digo que não. Amores nunca acabam, são interrompidos. Basta você me dizer que sim, pela primeira vez. Enquanto isso, continuo seguindo minha vida. E você segue comigo, em tudo o que eu faço, em tudo o que eu vivo, e em toda a força que eu tenho de te amar pra sempre. Apesar de tudo, você vai ser sempre o melhor amigo que eu já tive. E eu espero que você seja, mesmo, muito, muito feliz nessa tua nova vida.

Sempre tua,


Janis."

Achei essa carta no fundo da gaveta. Me matei de rir! Quanta ilusão a gente tem quando temos quatorze anos! Mas que bobagem! Ainda bem que eu nunca enviei esta carta, imaginem só!














E não é que, no fim, eu acabei casando com ele?!

Ouvindo: I will be - Avril Lavigne

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Parabéns, né? (Y)

Em primeiro lugar, andei sumida, né? Tá, eu sei, mas é que eu viajei, fui pra casa e tava sem net e com um namorado fofíssimo a tiracolo, portanto, nem deu tempo de escrever aqui! Perdi duas pautas do TDB, só espero que minha chefinha não fique triste! Mas não se preocupem, amanhã posto algo mais útil aqui!

Bão, Sebastião, vamos ao meme, indicado pela Victória. Ó a foto sem-noção que me caiu!! Hauhauha essa foto foi tirada no pensionato em que eu moro, no níver da Miki e da Laris, ano passado. Detalhe: a festa foi muito zoada, e compraram máscaras do RBD e da Hello Kitty pra todo mundo! Nem preciso falar o quanto foi divertido, sem contar que o bolo tava uma delícia!


Regras:

• Vá à pasta de fotos do seu computador
• Vá à sexta pasta de fotos do seu computador
• Coloque essa foto no blog e escreva alguma coisa sobre ela
• Convide 6 amigo(as)s para participarem e fazerem o mesmo

Indico o meme aos 6 primeiros comentários. Cansei de indicar meme pra ninguém pegar! ¬¬

Fui, galere! ^^

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Neologia sentimental

Esta redação é uma tarefa da faculdade! ^^



Eu era tão sozinho, que mal podia se expressar. Grilhões o prendiam ali, e Eu era sujeito passivo, mas impaciente, a ouvir as vozes, e falas, e onomatopeias do lado de fora.



Até que, um dia, Você o encontrou, tornando-se palavra-chave de todas as emoções, sentidos e expressões: as idiomáticas, as com sotaque, as dicionarizadas, as neológicas. Solidarizou-se com o estado em que Eu se encontrava, resolvendo libertá-lo e levá-lo de volta à linguagem.



Sem explicação, Você apoderou-se do discurso, e Eu, lírico e subjetivo, assujeitava-se a todos os seus gestos, índices e sinais. E os vocabulários entrelaçaram-se, planejando ficar juntos por todos os tempos verbais. Já conheciam todos os sinais e adjetivos um do outro, e falavam a mesma língua, cada um à sua maneira.



Eu se perguntava se Você o amava. Aquela palavra estava, agora, distante, ilegível, borrada. Seguiam normas tão diferentes - Eu, culto; Você, informal. Discutiam muito, pois Eu teimava em fechar-se no plano do conteúdo, enquanto Você contentava-se com o plano da expressão.



E Eu e Você tornaram-se palavras isoladas. Foi quando Eu conheceu Ela, a palavruda, aquela obscenidade sem tamanho. Eu iludiu-se, atravessou-a sem contexto. Não era interação – era só uma onomatopeiazinha de nada, coisa de brevíssimo tempo verbal.



Mas Eu não encontrou sentido, voltando a seus grilhões mudos. Era, agora, apenas fonema – era som gutural, não mais palavra.



Foi então que Eu percebeu o quanto precisava de Você. Era mais que interação – era algo intraduzível, além da metalíngua. Eu percebeu que Você o ensinara a agir e a questionar, a ser mais Eu em qualquer contexto.



Vendo o quanto expressara-se mal, Eu correu para os traços de Você. Entraram em um novo acordo ortográfico e apagaram todas as vírgulas do pretérito imperfeito. Você o envolveu, as línguas fundiram-se e, ali mesmo, nas linhas do caderno, Eu e Você conjugaram-se.



Um tempo depois, Eu e Você tiveram uma surpresa.



- Acho que inventamos uma palavrinha – disse Você, os traços ao redor da caligrafia redondinha.



Eu abriu um sorriso, tremendo até os apêndices.



E a palavra se chamaria Amor.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Isto não é um poema.

Gente sem rosto.
Povos sem gente.
Vozes sem som.
Ruas sem nome
e sem direção.
Línguas sem discurso.
Olhos sem cor.
Cores sem alma.
Cartas sem letra.
Sentidos sem senso.
Finais sem começo.

E eu
que pensei
que nada mais
havia
sentia
pensava
amava.

Rabisco.
Amasso.
Apago.
Refaço.

Não tenho
sentido
nem inspiração
palavras
inúteis
poema
papel
no lixo
na rua
no vento.

E a rua não tinha nome.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Viva la revolución!

Ufa, tomei um chá de sumiço!

Nem preciso explicar por que: a correria da faculdade e a loucura do feriado. Aproveitei bastante, e lembrei também da principal razão da Páscoa: a ressurreição de Jesus, o maior presente que já recebi!

Olhem, tenham paciência comigo, porque minha vida é uma loucura! Mas fiquem de olho.

Ah! Novidade: meu outro blog, o R&G está em sua segunda temporada! Quem não conhece a incrível história de Fer, Eva e Thor pode ler os posts da primeira temporada e ficar por dentro! É viciante! Se você curte meu blog, vai amar esse outro também!

Tá, falei demais, vamos ao post.

Revolução (Houaiss)
n substantivo feminino 1 ato ou efeito de revolucionar(-se), de realizar ou sofrer uma mudança sensível 3 grande transformação, mudança sensível de qualquer natureza, seja de modo progressivo, contínuo, seja de maneira repentina 3.1.1 movimento de revolta contra um poder estabelecido, feito por um número significativo de pessoas, em que ger. se adotam métodos mais ou menos violentos; insurreição, rebelião, sublevação 3.2 qualquer transformação social através de meios radicais 5 agitação qualquer; ebulição, efervescência, fermentação 6 sensação de repulsa diante de alguma coisa que se rejeita; repugnância, asco

Curiosas algumas dessas definições. Talvez porque espera-se que mudanças doam, ou, no mínimo, façam um estardalhaço. Ao pensar em "revolução", o que vemos? Gente de cara pintada e nariz de palhaço, gritando e batendo nas coisas, polícia baixando, bandeiras do Brasil, Ches Guevara e Karls Marx por todo lugar, cartazes cheios de pontos de exclamação, mortos e feridos, lágrimas e sobrancelhas arqueadas. Algemas, decretos, e tudo acaba em pizza. Ou em negociações medíocres. De revolucionários, passamos a baderneiros, anarquistas, desocupados, ignorantes, malucos.

Mas, afinal, temos dado motivo para isso? Ou será que tudo o que queremos é manter a "faminha de mau" de nossos pais na época da ditadura? Pintamos a cara, mas não queremos pintar a mudança. Gritamos "viva a revolução!", mas logo a voz acaba, a bagunça fica e a mudança nem deu as caras. Sobram a fama e o reconhecimento tão sonhados: agora, somos "os vagabundos", "os arruaceiros", "os maconhados". Que ótimo! Talvez fosse tudo o que queríamos ser. Talvez apenas quiséssemos mostrar quem manda, quem pode mais, quem chora menos.

A verdade é que essa coisa de revolução virou tão clichê, que a definição que melhor se encaixa para ela é a nº 6: asco, repugnância. Revolucionar, agora, virou inutilidade. Não, não devemos nos conformar. Mas de que adianta fazer a revolução, se ela, de fato, não acontecer? A arruaça é sempre mais fácil, mas e a transformação? Queremos paz, mas arrebentamos tudo o que vimos e instauramos o terror para que nos ouçam. Queremos coisas novas, por isso, quebramos as velhas. Isso é tudo o que podemos fazer? Afinal, isso adianta?

Senhores revolucionários: não sejam ridículos.

domingo, 5 de abril de 2009

O papel de sua vida

Sexta-feira à noite, fui a um première de cinema francês e fiquei muito surpresa com a qualidade do filme que vi (já que, confesso, meu conhecimento de cinema francês limitava-se a Amélie Poulain). O filme, intitulado O papel de sua vida (Le rôle de sa vie - França, 2004), é uma comédia dramática que conta a história de duas mulheres: Claire, free-lancer de um jornal de moda, e Elisabeth Becker, atriz famosíssima. Elas se conhecem e tornam-se amigas - bem, quer dizer, pelo menos era o que parecia. Elisabeth contrata Claire para ser sua assistente pessoal e, a partir daí, as coisas começam a mudar um pouco. Para botar mais lenha na fogueira dessa incômoda intimidade que vai se criando entre as duas, forma-se um triângulo amoroso entre elas e o jardineiro Mathias (charmosíssimo, por sinal), que Claire amava já há muito tempo, enquanto ele nunca lhe dava bola - até que Elisabeth chega e leva o bofe. A partir daí, a relação das duas vai se enchendo de farpas, até que... bom, até que eu acho chato contar finais de filmes, tá?

É um ótimo filme porque foge da ingenuidade. A história adquire um caráter realista, e o contraste entre as duas mulheres é interessantíssimo: Elisabeth, linda, rica, famosa e muito auto-confiante, e Claire, pouco vaidosa, desajeitada e com auto-estima baixa. O cruel é que essas mesmas características fazem a infelicidade das duas - no caso de Claire, pareceria mais óbvio, mas, no caso de Elisabeth, tudo fica ainda mais cruel. Já o jardineiro é o típico canalha, e o fato de ele e Elisabeth pertencerem a mundos tão diferentes vai deixar a relação dos dois - ou dos três - ainda mais complicada.

Nada cult demais, como pensei que seria. Interessantíssimo. Vale a pena assistir. Tem até música brasileira na trilha sonora!

sexta-feira, 3 de abril de 2009

We don't need no education

Atenção: não estou fazendo generalizações neste post.

Para o Tudo de Blog

Em minha vida escolar, fui amada e odiada por muitos professores. Amada, por gostar de estudar e tirar boas notas. Odiada, por não deixar barato o fato de muitos deles subestimarem a inteligência dos alunos, achando que ensinar qualquer coisa bastava, só porque "a educação no Brasil é péssima". Como líder de turma, protestava e cobrava posicionamentos. Mas nem sempre adiantava, pois havia indiferença dos dois lados da história: os alunos, salvo exceções, não queriam aprender. E muitos professores não queriam ensinar.

O problema de muitos alunos e professores é que cada qual quer impôr-se à sua maneira: os alunos, agredindo e explodindo rebeliões; os professores, humilhando-os e expulsando-os. E, quando algo acontece, disputam a tapa o papel de vítima. É preciso haver respeito dos dois lados - afinal, nem só de professores se constrói a educação de um país. Seja ensinando, seja aprendendo, precisamos querer ser mais que "apenas mais um tijolo no muro". Alunos e professores precisam unir-se para formar uma verdadeira muralha educacional e mudar o Brasil, parando com esse conformismo de "educação falida". Nós não precisamos só de educação. Precisamos de revolução, respeito e um pingo que seja de cidadania. Professores, deixem os alunos em paz! Alunos, deem paz aos professores!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Em meados de 90

Comecei a lembrar da infância, coisa que a gente faz quando percebe que tá ficando velha. Dezoito anos já, segundo ano de faculdade, preocupações e responsabilidades que antes não me pertenciam. Era tudo tão divertido - não que ainda não seja - e cheio de cores e bichos de pelúcia.

Eu subia nas árvores com meus primos, na velha chácara do vô Dinho. Clubinho no pé de manga, nadar no rio e tomar sorvete. Assistir, todas as tardes, aos mesmos filmes, de Branca de Neve a Bela Adormecida, comendo bolachas de chocolate. Apertar as patas dos bichos de pelúcia para ouvi-los cantar. Festinhas de aniversário com um punhado de amigas, um bolinho e duas garrafas de refrigerante. Que felicidade!

Minha mãe lia para que eu dormisse, e eu decorava todos os livros que ela me lia. Misturava inglês e português - a babá achava graça. Pedia a minha avó para arrumar a saia da menina de pauzinhos que ela me desenhara - eu queria uma saia reta, e não rendada. Eu lembro do meu avô. Gostava de passear com ele, segurando uma cestinha de madeira em forma de pato. Pena que se foi tão cedo.

Lembro-me da escola, dos alfabetos multicor e dos bolos de chocolate com tang que comíamos todas as quintas-feiras. Me lembro da minha franjinha, ou de como conseguia comer um pote de sorvete inteiro, coisa que, hoje, não consigo mais. Vivia banguela, um dente caindo atrás do outro. Brincava de Barbie, costurando-lhes roupas, e meu melhor amigo era um menino. Sabia patinar e dançar, mas nunca fui melhor amiga da bola. Pulava elástico e amarelinha no intervalo. Saudades do Doug e do Fantástico mundo de Bob. Desenhos bons, bons tempos.

Não era a mais bem humorada, nem a mais extrovertida, nem a mais discreta. Papai Noel nunca me enganou, e Coelho da Páscoa, para mim, era conversa para boi dormir. Ouvia rock com meu tio. Falava o que pensava, apesar de tantas censuras de uma mãe quase em apuros! Nada de mais, nada além do incrível, do imaginário, do cotidiano de uma infância de verdade. Cheiro de chuva e bolo quente. Infância, bons tempos, aqueles!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Estilo: já tem o seu?


Ter estilo faz toda a diferença. Não é só questão de aparência, mas de personalidade. A roupa que se usa diz muito sobre você, e isso pode ajudar muito quando o assunto é fazer amizades, ou até mesmo paquerar! É claro que não é a roupa que faz a pessoa. Estilo não é rótulo. Mas tê-lo ajuda os outros a te conhecerem melhor. Além disso, ao deixar sua marca, você se torna inesquecível!

Para descobrir qual é o seu estilo, é muito simples. Primeiro, pense no seu biotipo físico. Que roupas ficam bem em você? O que valoriza mais suas qualidades? Ok, agora, pense nas peças que mais se repetem no seu guarda-roupa. São elas que formam a base dos seus looks. Pronto? Agora, pense nos ícones pop que influenciam seu visual - aquela cantora super-descolada, aquela época legal (anos 70, por exemplo) ou, até mesmo, aquele desenho animado que você adorava. Por fim, pense na peça ou acessório que é a sua cara. Essa é sua marca registrada. Pronto, agora você sabe qual é o seu estilo: pode ser hippie, rockinho, retrô, romântica, ou até mesmo uma miscelânea!

Ainda não sabe qual é o look que faz a sua cabeça? É facil criar o seu. Comece pelos acessórios. Se você é mais básica, que tal inovar? Pegue aquela t-shirt simplesinha de tudo e amarre um lenço de bolinhas ao redor do pescoço. Assim, você dá uma cara nova àquele look de todo dia. Aos poucos, vá ousando e fazendo combinações próprias. Você pode se inspirar em revistas de moda e personagens de seriados, por exemplo. Fique de olho também nas tendências. Mas cuidado: quem é escravo da moda acaba caindo na mesmice. Use a moda a seu favor, mas sem esquecer de dar o seu toque pessoal, aquele que te deixa diferente e faz com que todos os olhares se voltem para você.