domingo, 31 de maio de 2009

Meme roubado

Povos, tô estressada demais com um seminário e um relatório interminável, então, resolvi roubar um meme que vi em alguns blogs por aí e achei de-mais. Só pra desestressar. Quem quiser, roube à vontade! ^^

Só é verdade o que estiver em negrito. Em negrito, ouviu leu?

001. quando eu era mais novo tomei algumas decisões erradas
002. eu tenho assistido muita tv ultimamente
003. eu adoro cogumelos
004. eu adoro dormir - e acordar almoçando!
005. eu tenho muitos livros
006. eu já dormi no banheiro uma vez
007. eu adoro jogar video game
008. eu adoro maconha
009. eu não só adoro, mas também fumo
010. eu sei a programação completa dos canais de desenho animado
011. eu gosto de tubarões e rio muito naqueles filmes ridículos
012. eu gosto de aranhas, eu as acho sensacionais, especialmente aquelas com cores vibrantes na parte de trás
013. eu nasci sem cabelo e ainda não tenho
014. eu gosto do Lula
015. eu sou legal - dizem que sou "hostil", mas, no fundo, no fundo, eu sou xúper lecáu!
016. eu mudei muito mentalmente nesses últimos anos - é, isso chega a me assustar um pouco
017. eu tenho uma jacuzzi e um porsche
018. eu tenho muito o que aprender - e como!
019. eu carrego meu estilete para qualquer lugar que eu vá
020. eu posso ser bem esperto… quando eu quero - porque se fazer de bobo, às vezes, é preciso
021. eu nunca quebrei o osso de alguém - mas já deixei roxos brincando de lutinha... hehe
022. eu tenho um segredo - nem eu sei qual, mas devo ter, todo mundo tem!
023. eu odeio chuva
025. punk rock é o melhor - oh, yeah!
026. eu odeio bill gates
027. eu adoro comida japonesa - chique, light e gostosa!
028. eu odiaria ser famoso(a)
029. eu não sou uma pessoa que gosta da manhã - pra mim, o dia começa depois do meio-dia!
030. eu uso óculos
031. eu não uso óculos, com exceção dos escuros - nem escuros eu uso
032. eu tenho potencial - às vezes ele falha, mas eu tenho! ^^
033. eu sou um japonês genuíno
034. minhas pernas tem tamanhos diferentes
035. eu tenho um irmão gêmeo
036. eu já usei chinelos rider mas eu odeio chinelo
037. eu posso escrever um rascunho sobre absolutamente nada - isso pode sem bem útil nas provas da faculdade, e pode até funcionar!
038. eu sou canhoto
039. eu odeio capivaras
040. eu não gosto de filmes de terror - acho muito, muito idiota
041. eu odeio futebol
042. as pessoas me odeiam normalmente
043. eu gosto de música pop - tenho surtos NSync e Backstreet Boys diretão
044. eu dificilmente vou para a cama antes da meia-noite - luto tanto contra isso, mas é mais forte que eu. Pelo menos, eu acordo legal
045. eu odeio vagas de estacionamento
046. eu sei de cor o hino nacional - não sei o da minha terra natal, mas o do Brasil eu sei!
047.eu sei mais de uma língua - quatro, por enquanto. Tá, três e meia, que meu espanhol é um lixo
048. eu passo horas na frente do computador - estudai Tradução, e serás obrigado a tal
049. na maioria das vezes quero jogar meu computador pela janela - AAAAAAAHHH!!! Essa lata velha me odeia!!! E não caiam no conto do Windows Vista: ele é um lixo, um lixo!!!
050. eu moro numa casa - com DEZ meninas malucas
051. eu não gosto de chocolate
052. eu gostaria de ser mais original
053. eu minto
054. não dou para piadas de duplo sentido - acho ri-dí-cu-lo
055. eu quero conquistar o mundo - pra Jesus!
056. eu imagino como seria a vida pós-morte - claro: vou ver Deus de pertinho!!
057. eu já li todos os livros do Harry Potter
058. eu não sou popular
059. eu adoro fazer exercicios
060. eu odeio química demais
061. eu adoro escrever - a paixão da minha vida
062. eu gosto de mudanças na minha vida
063. eu odeio ir para a escola
065. eu odeio lavar louça - dispensa comentários
066. meu cabelo é longo, escuro e incrivelmente enrolado - nem tão longo, nem tãão escuro, mas incrivelmente enrolado, com orgulho!
067. meu pé é feio - minha mãe que acha
068. eu uso aparelho nos dentes - não vejo a hora de tirar essa lata da boca
069. eu gosto de dormir no chão
070. eu sou “sem noção” na cozinha - corto o dedo o tempo todo MESMO! E derrubo tudo, por isso, minhas coisas são todas de plástico
071. eu chupava meu dedão quando era criança
072. eu deveria estar fazendo outra coisa ao invés disso - seminário e relatório ¬¬
073. estou sempre “on line” na net - mas meu msn está sempre "invisível", pois "online" não significa "disponível
074. eu odeio o governo - acham que sou besta
075. eu não tenho namorada(o)
076. eu sou bonzinho, até demais - mas bem espertinha, até demais
077. eu adoro ler, quando tenho tempo - tempo que é bom...
078. eu não acredito nos jornais
079. eu gosto de debates
080. eu vivo num trailer
081. eu limpo meu quarto uma vez por mês
082. eu não curto restaurante tipo “fast-food”
083. eu tenho o “terceiro-olho”
084. eu adoro moçambique
085. eu não acredito em nenhuma religião
086. eu costumava brincar com barbies só porque as meninas brincavam
087. eu queria ser um super herói quando criança
088. eu gosto de ouvir o barulho do vento - é bonito!
089. eu sou muito desorganizado(a) - e como!
090. meu cabelo é comprido e preto
091. eu ganho muito muito vento
092. eu não gosto de comida apimentada
093. eu tenho um diário
094. eu não sei andar com as mãos no chão
095. eu posso ser bem preguiçoso(a) - neste exato momento, estou escrevendo no blog, quando deveria estudar para o seminário de Teorias da Tradução I
096. eu sou sarcástico - e acho divertido
097. eu acho que meu cabelo às vezes irrita - quando chove...
098. eu posso ser sensível - como diz meu namorado: espirrou perto, eu choro
099. eu gosto de ser anormal - não tem graça ser normal!
100. eu tenho um olho mais escuro que o outro


Tá, agora vou fazer seminário. xoxo

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Rica e famosa

Para o Tudo de Blog

Capricho pergunta: o que você faria com 1 milhão? Caridade não vale!

Paris Hilton que se cuide, pois a socialite mais up na high society agora sou EU, e muito EU! O glamour e a modéstia eu já tinha, só me faltava o dinheiro. Mas, agora que eu tenho, só para começar, gravo meu CD, lanço minhas músicas e viro a mais nova popstar das paradas de sucesso. Lanço moda e tendências, já que tenho um exército de costureiras que me fazem roupas exclusivas - todas desenhadas por mim. Afinal, eu sou milionária!

Te contei que lancei meu livro? Pois é, paguei uma fortuna para um publicitário divulgar meu blog, e deu no que deu! Viagens, muitas viagens - só no meu jatinho particular, com estampa de oncinha. De Rayban e Loubotins, sou agora a mais nova patricinha do rock. Compras no shopping? Já passei dessa fase: agora, só compro em Nova York ou Milão, amiga! Cabelo ruim? Isso não me pertence mais! Agora, tenho um salão de beleza à minha disposição todos os dias, assim que acordo! Festinhas no fim de semana? Lógico! Eventos, festivais, Grammys ou chás beneficentes? Afinal, eu sou VIP! Não consegue falar comigo? Fala com meu assessor. Não conseguiu falar com ele? Fala com meu empresário. Quem sabe, te dou um autógrafo. Ou mesmo um donativo, pois ricos e famosos adoram caridade.

Daí, chega a hora em que o salto começa a doer, as festas ficam um pouco chatas e aquela purpurina toda acaba ficando brega. Então, resolvo ficar anônima e descalça de novo, voltar ao meu violãozinho velho e chupar manga no pé, na chacrinha velha da minha infância. Porque ser rica, às vezes, cansa. E o bom mesmo a grana não compra.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Rota

Uma menina que caminha todos os dias o mesmo caminho da faculdade para casa. Mas não da mesma maneira. Mochila de cordas coloridas, com quatro buttons ainda mais coloridos. Um corredor e seu cachorro disputam espaço com outros corredores e com pedestres que não conseguem entender como é que aquela gente consegue correr tanto depois de um dia de trabalho tão exaustivo. Uma moça de óculos segue balbuciando fórmulas matemáticas. Dia de prova e obrigações. Brigou com o namorado e levou bomba. Um rapaz bonito, fones de ouvido e música boa, muito boa. Passa pela moça de óculos, sem encará-la. Ela cora. Ali na frente tem um ponto de ônibus. Um cara tocando violão, e o circular lotado não vem. Pensava na vida, na arte e na religião. Pensava nas notas, nas casas e no violão. Dizia com os dedos, arranhava as feridas, viola chorava. Uma esquina dobrada. Vinte passos, um All Star de cada cor. Hoje não tem muito sol. É o crepúsculo espreguiçando-se, e a lua nova prepara-se para reger a noite. Espero que não chova, preciso chegar em casa. Os passarinhos guardam seus piados nos ninhos, enquanto as corujas despertam e as cortinas se fecham. Quatro pés de amora na calçada, mas nenhuma amora madura o bastante. Nem sei se sou madura o bastante, portanto, não posso falar das frutas, que nem podem se defender. Cabeça cheia de tanta coisa. Deixo os passos me guiarem, deixo o corpo andar, enquanto a mente voa depressa, a revoar a figura do amado. Mão no bolso, chave errada, chave certa. Fechadura, abre, fecha, clique.

Preferia seguir de mãos dadas.

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Gente, tô em final de semestre! Seminários, provas, redações e, ainda por cima, para a glória de Deus, vou trabalhar de intérprete mais uma vez este ano, coisaquemaisamofazer/. Agradeço de coração a vocês que comentam, acompanham e gostam do meu blog, tem gente que gosta tanto, que até o banner do meu blog teve a cara de pau de copiar né, mas tudo bem ¬¬. Isso é muito importante para mim, e agradeço ao Pai por vocês, amados!

Outra coisa nada a ver com a cor da China... Cara, não vejo a hora de assistir New Moon. Tô louquinha pra reler a série Twilight, mas não tenho tempo nem pra escrever no blog, imagina pra ler! =/ Triste, viu.

Tá bom, vai. Graças a Deus por tudo isso. Vou parar de ser tão reclamona!

Well guys, I gotta go. Have a nice "whatever".

xoxo

terça-feira, 26 de maio de 2009

Beijo de cinema

Para o Tudo de Blog
Como uma legião de meninas do mundo inteiro, sou fã de Twilight (em inglês é mais biito!) e de Rob Pattinson, meu conterrâneo e oitava maravilha do mundo. Mas confesso que fiquei decepcionada com o fato de ele ter leiloado um beijo por caridade. E nem foi beijo de cinema! Cá entre nós: isso foi mais marketing do que boa ação. E Rob não precisa disso! Aliás, sinceramente, Rob, você poderia mostrar ser diferente desses artistas fúteis que estão por aí, que fazem de tudo para se promover. Quem quer mesmo fazer caridade não exige plateia, age. Além disso, beijo não se compra. O amor, a emoção, as sensações e todo aquele clima não valem essa mixaria (!) de 20 mil dólares. Beijos precisam ser conquistados e a sós. Afinal, qual é a graça de ser beijada por obrigação, por um cara que nem te conhece e, ainda por cima, com todo mundo olhando? Mesmo que seja o Robert Pattinson. So sorry, Mr. Pattinson, mas não, não te dou um beijinho. A menos que você, assim, insista muito, sabe, e corte essa de 20 mil... é, dá pra pensar!

Brincadeira. Tenho namorado, e não o troco nem pelo Rob, nem mesmo pelo Edward em pessoa (ou em vampiro, sei lá)! Te amo, Gui! ^^

domingo, 24 de maio de 2009

Como a faculdade mudou minha vida

- Hoje me dei conta de que estudo SETE dias por semana. Depois venho falar que não sou nerd...
- Faz quase QUATRO meses que não consigo compôr. Será por causa da falta de tempo?
- Faz quase DOIS meses que não vejo meu namorado. Novidade, quem mandou querer estudar onde o emo perdeu o All Star?
- Quando você acha que fez uma tradução brilhante, vem o seu professor e lhe mostra o quanto estava redondamente enganada.
- Minha vida social de sábado à noite tem se resumido a traduzir. Logo, ela não existe. Por motivo de força maior.
- Nunca passei tanto tempo no computador. Orkut? Blog? Twitter? Traduzindo, meu bem. ¬¬
- O último livro que li foi um monólogo em italiano. Para a faculdade, é claro.
- Tenho passado a ser mais compreensiva com assassinos da Língua Portuguesa. Afinal, a Linguística explica...
- Nunca mais fundamento teorias em exemplos.
- Não aguento mais comer barrinhas de cereal de lanche e esquecer de beber água.
- Eu achava que meu inglês era bom. É, eu achava.
- Eu achava que estudava no cursinho. É, eu achava.
- Eu achava que era super inteligente. É, eu achava.
- Rio sozinha de trechos de livros que traduzo. Pra, depois de viciar na história, descobrir que o professor não vai dar a continuação, e ficar louca pra saber o que vai acontecer com o carinha do X Men.
- Sinto fome o tempo todo. Pra chegar em casa e não aguentar comer meio cacho de uva.
- Erro bobagens nas provas. Droga de preposição!
- O professor confirma prova de véspera e, na hora H, você não lembra whatahell foi Baktin e muito menos o que ele disse.
- Provas de livros de cem páginas sem consulta são a coisa mais comum do mundo. Principalmente quando você não prestou atenção em UMA aula pra ficar conversando por bilhetinho.
- O bom são os luais. Nada como violãozinho e pizza pra limpar a cabeça.
- Nunca foi tão divertido assistir à Sessão da Tarde quando alguma aula é cancelada.
- Meu cardápio é tão balanceado: marmitex, omeletes, miojo e uma infinidade de produtos congelados fazem meu fim de semana muito mais feliz!
- Não tem mais mãe te esperando com o almoço pronto - tem você chegando com o almoço pronto e encontrando suas colegas de república.
- Acho incrível o amor que as pessoas tem por mim no MSN. Mesmo quando meu status está "ocupado" e meu subnick diz "traduzindo".
- Achava ruim tirar sete no colegial. Hoje, acho ótimo, colossal, maravilhoso, um verdadeiro prodígio!
- Tem também as sessões-cinema, em notebooks com filmes baixados da web e brigadeiro de panela.
- Ah, nada como matar a primeira aula da segunda pra ficar dormindo. Sabe como é final de semestre...
- E sabe de uma coisa? Isso, ainda assim, é MUITO melhor que o colegial!!!

sábado, 23 de maio de 2009

Ser e não ser

Quando eu não for o sentido, Você será a solução.
Quando eu não for o poema, Você será a canção.
Quando eu não for o sol, Você será o verão.
Quando eu não for a saída, Você será o caminho.
Quando eu não for a energia, Você será o raio.
Quando eu não for o melhor, Você será o vencedor.
Quando eu não for a palavra, Você será o som.
Quando eu já não for, Você será o Eu Sou.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

O último romântico

- Machucou?
- Não, mas posso machucar, se você quiser.
- Calma, gatinha! É que você caiu do céu...
- Posso fazer da sua vida um inferno se você não sumir agora.
- É que eu ia perguntar se teu pai é ladrão.
- Não, mas eu tenho graves antecedentes criminais, tipo assassinato de losers.
- Mas é que ele roubou o brilho das estrelas e colocou no seu olhar.
- Eu posso colocar um roxo no seu, se você insistir.
- Ah, me dá uma chance! Tô fazendo uma campanha de doação de órgãos! Não quer doar seu coração pra mim, não?
- O coração, não senhor, mas metade do meu cérebro seria bem útil...
- Poxa, eu aqui, tão romântico, e você me dá uma dessas!
- Posso fazer com que você seja o ÚLTIMO romântico da face da Terra.
- Ah, meu pitelzinho... você é a areia do meu cimento!
- É, de fato, sou muita areia pro teu caminhãozinho. Passar bem! ¬¬

E depois a gente reclama que eles são lerdos...

terça-feira, 19 de maio de 2009

Abrir os braços,

e voar outra vez. Ser quem sou, fugir do mundo e das obrigações, das coisas chatas e sem sentido. Ouvir somente o corpo e a alma, ser selvagem e livre. Os instintos e o ar, o coração e os pulmões, a vida inteira e a linguagem das mãos e dos pés. Despir-me, soltar-me, desnudar-me, desvendar-me do que pediram que me tornasse. Fugir para ser livre, saber o que se esconde por trás das nuvens - realidade pura e simples, nada de extraordinário. E é por isso mesmo que é tão extraordinária.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Mãos dadas

Toca uma vez.

Atende, caramba.

Duas. Mas já faz três dias que a gente brigou!

Três. Vou esperar mais três.

Quatro. Tô perdendo tempo.

Cinco. Juro que esta foi a última vez que...

- Oi.

A voz de Jill não parecia tão seca desta vez. Já minha garganta...

- É... oi. Oi, Jill. Será que a gente pode, tipo, conversar? Sabe como é que é, né... já faz três dias e... e...

Droga, nunca sei como tocar em assuntos delicados.

- Você vem aqui?

É impressão minha, ou ouvi um sorriso em sua voz?

Peguei a jaqueta e saí em disparada. A gente só morava a dois quarteirões de distância, mesmo - então, poderia acabar logo com aquilo.

Achei melhor não gritar seu nome como sempre fazia, apesar do enorme desespero que tomava conta de mim. Eu e a minha menina, de novo - será? Será que, afinal, eu merecia uma chance? Ela é quem não merecia. Mas não importa - eu a amava!

A porta se abre. Lá está minha menina, com seus cabelos de fogo, com suas meias três quartos, meio furadas no dedão, com sua camiseta velha e esgarçada, e um contrastante brilho cor-de-rosa nos lábios, abertos em um sorriso sem jeito.

Mas não sem graça.

- Oi, Jill.

Ela reprimiu um beijo. Mas, pela primeira vez e a muito custo, pareceu ceder um milímetro.

- Me. Perdoa. Tá?

E, lançando-se a mim, escondeu o rosto em meu ombro. Tão frágil, tão inocente, tão infantil. No fundo, era essa a Jill que existia por trás daquela fachada rebelde e revolucionária. Uma Jill que amava, mas não conseguia demonstrar. E eu era todo seu, pronto a entregar-lhe todo o meu amor.

E a gente não falou mais nada. Eu conhecia a orgulhosa, a teimosa, a impertinente da Jill. Mas o que importava? Eu a amava! Mais me faria sofrer sua ausência a sua impertinência. Mais me faria falta essa vida toda que ela me passa, essa paz tempestuosa que via em seus olhos. Eu era bobo, sim - bobo por ela. Mas meu amor era sincero, sempre foi.

E nos sentamos no muro, como fazíamos todas as sextas antes que seus pais a chamassem, falando de tudo e de nada, da falta que fizemos um ao outro e do ralado novo no joelho dela - despenteados, mãos dadas, lua nova, e a maior felicidade do mundo estampada na cara.

sábado, 16 de maio de 2009

As aventuras da Mulher Beterraba

Para o Tudo de Blog

Uma hippie descobre uma linda beterraba brilhante na horta de sua casa. Como adora beterraba (até brigadeiro de beterraba ela inventou!), vai logo lascando-lhe uma dentada. Mal sabia que aquela era uma beterraba extraterrestre e ultra-poderosa e, em meio a uma geração carnívora recheada de mulheres-fruta, aquela hippie pacata que sonhava ser ecologista transformou-se na...

MULHER BETERRABA! (tadáááá)

Após uma longa crise existencial e mesmo sem saber dançar o "créu", a Mulher Beterraba decidiu aceitar-se como era e botar ordem nessa bagaceira que chamamos de planeta. Com suas mechas ultra-violeta, filtrou os raios solares, liberando praia o dia inteiro para a galera. Com seu beijo avassalador, foi capaz de desentupir e despoluir esgotos, transformando o Tietê num verdadeiro ponto turístico. Foi capaz de prender, dentro de uma bola de chiclete de beterraba, todo as impurezas do ar e, com o mesmo chiclete, tapou o buraco da camada de ozônio. Sua beleza era tão deslumbrante, que os lenhadores desistiram de desmatar a Amazônia para admirá-la. A mulherada não gostou muito dessa história no começo, mas ela conquistou-as lançando a coleção Fashion Reciclation de roupas de garrafas pet com estampas de beterraba. Beterraba tornou-se a cor da moda, e a Mulher Beterraba, ícone fashion. Com seu hálito refrescante, acabou com o aquecimento global e, com sua visão beterrábica, transformou todo o lixo orgânico em beterraba, acabando, de quebra, com a fome no mundo. Barack Obama anunciou que "a beterraba é o alimento do futuro", condecorando nossa heroína com o título de "cidadã do planeta". E ela ficou tão feliz que até ensinou ao presidente a Dança da Reciclagem - que, em pouco tempo, se tornaria o novo hit do verão.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

E quem irá dizer que não existe razão...

Para o Tudo de Blog

...nas coisas feitas pelo coração? Não se pode controlar os sentimentos, mas, ainda assim, pode-se fazer escolhas em relação a eles. Você pode estar perdidamente apaixonada por alguém que não vale uma batida do seu coração, e decidir não seguir em frente para não se machucar. Ou, então, seguir em frente, quebrar a cara e, finalmente, sofrer como uma condenada, chafurdando em lágrimas e brigadeiro ao som de Celine Dion, ouvindo a sábia voz da razão que diz "eu avisei". Acredito que o verdadeiro amor nunca morre. Mas, contrariando o velho ditado, o amor não é uma dor - a paixão, sim. O amor é sábio, escolhendo, muitas vezes, o caminho mais difícil, mas infalível. Creio nisso, sinceramente. Temos um coração - um órgão tão teimoso, que nem suas batidas podemos controlar, é algo involuntário. Os sentimentos também são assim - indomáveis, terrivelmente arrebatadores, porém ingênuos. Mas ainda temos a razão amiga e sábia, que nos permite puxar o freio antes que o irrefreável nos domine por completo. Ainda somos racionais, e isso nos permite escolher entre o sofrer e o amor-próprio.

terça-feira, 12 de maio de 2009

O problema não é o sexo...

Não estou fazendo generalizações ou extremismos neste post.

Para o Tudo de Blog

Dizem que vivemos o auge da Revolução Sexual - ninguém é de ninguém, cada um é cada um e o que importa é ter prazer, não importa como. Entretanto, só de ouvirem a palavra "sexo", muita gente muda de cor - por isso, preferem chamá-lo por "apelidos": "aquilo", "...", "coisinhas". As pessoas fazem, mas tem vergonha de falar - quem fala é depravada, mas também, quem não fala é encalhada. Portanto, o que na verdade vivemos é um retrocesso disfarçado de revolução. A liberação tornou-se uma forma de repressão, e isso é uma tremenda de uma hipocrisia. Porque o problema não é fazer sexo, e sim o que as pessoas fizeram com ele! Não é falar de sexo, e sim o que ele passou a significar para as pessoas - uma mera necessidade fisiológica e social. Não se fala de sexo porque "é feio", mas da "feiúra" toda em questão ninguém tem vergonha: do prazer egoísta e da falta de compromisso. Virgindade, então, virou uma espécie de "maldição", que deve ser quebrada o quanto antes, e sexo depois do casamento é a maior caretice. Pois quero dizer que, ao contrário do que muitos pensam, mantê-la até o casamento não tem nada de imposto - afinal, vivemos em uma sociedade livre, e não há lei no mundo que domine o corpo de uma pessoa. Isso é escolha, e é também uma forma de valorizar ainda mais o sexo - algo único, lindo e especial, muito mais do que apenas diversão e necessidade física. O sexo perdeu sua essência, por isso tornou-se um assunto tão constrangedor. O que as pessoas precisam não é olhar com reprovação para a palavra "sexo", mas fazer com que o sexo volte a ter algum sentido. Não tenho vergonha de falar de sexo. Tenho vergonha é do que ele se tornou.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

O caminho que a lágrima faz

Quem pode saber
o caminho que a lágrima faz
nos olhos do recém
nascido?

Ou a lágrima é
mais que leite e fome,
mais que mãe e seio
e solução?

Quem pode trilhar
o caminho que a lágrima faz
no rosto do menino
triste?

Ou a lágrima é
mais que sal e água,
mais que dor e mágoa
e soluço?

Quem pode cruzar
o caminho que a lágrima faz
nos lábios do rapaz
ferido?

Ou a lágrima é
mais que paixão fugaz,
mais que a falta da paz
e da mulher?

Quem pode percorrer
o caminho que a lágrima faz
nas mãos do homem
desfeito?

Ou a lágrima é
mais que desespero
mais que queda e pedra
no caminho?

Quem pode desvendar
o caminho que a lágrima faz
no queixo do senhor
sem sonhos?

Ou a lágrima é
mais que espatifar no chão,
mais que terminar a vida
num suspiro?

Ou a lágrima é
o leite e a água,
a mulher e o levantar,
e o fôlego de vida?

sábado, 9 de maio de 2009

Para a rosa brasileira

Às vezes, a gente briga. Às vezes, ela implica. Eu também. Às vezes, acho que ela se preocupa demais. E é sempre assim. Mas ela é assim. E eu também. Ela também é meu pai, minha amiga e minha irmã mais velha. Eu, às vezes, sou chata e boba. Ela, às vezes, chora demais. Eu também. E ela sempre tem que aguentar minhas frescuras, minhas abobrinhas e minhas choradeiras. Quantas vezes evitou me preocupar com suas coisas, preferindo sorrir e perguntar o que eu queria comer. Sempre acreditou em mim e, se não fosse por ela, jamais saberia que era capaz de voar. Ela é mesmo incrível: atravessou o oceano e trouxe consigo um embrulho de cachinhos castanhos. Os melhores abraços, a melhor companhia, mesmo quando nenhuma das duas quer conversar. Quase sempre, a vida é dura. Mas a gente aguenta, firme e forte. Mesmo que as duas sejam um pouquinho orgulhosas, às vezes. Mesmo que as duas sintam falta uma da outra mais do que tudo no mundo. Mesmo que a gente esteja a 450 km de distância, e se veja a cada dois meses. Mesmo que tenha sido difícil quando a menina foi embora e a mulher ficou. E a menina voou e chorou, mas cresceu, de tão longe que foi. E a mulher ficou e chorou, mas cresceu, de tão forte que foi. De tão forte que foi, carregou a menina nas costas por anos e anos, sozinha. De tanta coisa que aconteceu, as duas viraram só uma. E a menina quer, mais do que nunca, que a mulher receba o mais bonito, o todo-infinito do seu amor.

Talvez a mulher não entenda as palavras da menina. Mas o Amor é linguagem universal.

Uma rosa pra você, a minha rosa brasileira. Mãe, te amo.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Xerox

Sua vida é um plágio. Vive de originais, fabricando pilhas e pilhas de filhos e filhas de autores renomados, best-sellers e ilustrações de Biologia. A mocinha que lida com ela é até simpática, compreensiva nessa arte de copiar, descaradamente e em letras garrafais, toda a matéria de Inglês e Matemática. Sabe que ela pirateia pela subsistência, pela nota da recuperação, pelo seminário de quinta-feira, a desbravar oceanos de sulfite e cor, imortalizando-os em preto-e-branco chamuscado. Desenha células na celulose, escreve teoremas matemáticos, postulados e poemas clássicos, ganindo sempre, ao parir palavras nas folhas, para, depois, vê-las partir nas mãos da moça simpática, casando-as entre si com grampos cor de cobre. O cobre pelo níquel do aprendiz que observa, impaciente, o nascimento de uma cópia. "Geringonça," é o que pensa da mãe-pirata, a barulhar as filhas e as pilhas de papel. Vai-se embora o aluno, papeis em punho, pés apressados, rumo a um lugar tranquilo onde possa, enfim, esquadrinhar-lhe a cria, grifá-la e devorar-lhe as palavras, para, enfim - matéria aprendida, prova feita, semestre acabado - esquecê-la no fundo do armário. E rasgá-la. Triste mãe essa, que vive de criar para o matadouro.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Primeiro encontro

Devo me pintar? Devo me lavar? Devo decidir: o que devo usar? Devo me mostrar? Devo me fechar? Devo ser fugaz? Devo me entregar? Devo ignorar? Devo lhe encarar? Devo me mexer? Devo congelar? Devo ser menina? Devo ser mulher? Ele vai chegar onde a gente quer? Vai olhar pra mim? Ou me despistar? Ele vai sorrir, só pra me provocar? Vai gostar de mim? Vai achar o fim? Vai se declarar, ou então, se calar? Ele vai fugir? Ele vai ficar? Ele vai fazer joguinhos de azar? Vou me envolver? Ou me embaraçar? Vou sonhar com ele, admirando o luar? E se eu tremer? E se eu me esquecer? E se eu não souber, na hora, o que fazer? Vamos nos olhar? Vamos nos gostar? Vamos esquecer o mundo a girar? Vamos abraçar? Vamos nos beijar? Vamos esquecer de como respirar? Vamos, pois, saber o que vamos sentir? Já não sei, amor, se ainda quero ir. Mas, se eu não for, não serei, então, aquela que você sempre procurou.

Ouvindo: First Kiss - Mandy Moore

domingo, 3 de maio de 2009

Eu na Garagem do Faustão!

Blogueiríssimos do coração, gostaria de fazer o meu merchan mais uma vez, pedindo que vocês acessem a Garagem do Faustão e assistam/votem/comentem/dêem nota muitas vezes aos meus vídeos. Pra quem não sabe, sou cantora e compositora, e mandei as músicas Reborn e Contratempo, que foram selecionadas. Corram lá, e, se eu tiver um número grande de acessos, eu posso aparecer no Faustão! Mas pra isso, vocês precisam assistí-los LÁ NO SITE e procurar por "Louise Mira".

Valeu a ajuda, gente, e olha lá os vídeos!

Contratempo - Louise Mira


Reborn - Louise Mira

sexta-feira, 1 de maio de 2009

É proibido proibir

Para o Tudo de Blog

Capricho pergunta: algumas cidades de São Paulo estão proibindo adolescentes de ficar fora de casa depois de um determinado horário à noite. E o lance é meio gradativo: para meninos e meninas de 14 e 15 anos, vale ficar até 22h30. Com 16 e 17 anos, mais meia horinha... Essa matéria saiu no Fantástico semana passada. A questão é: esse "toque de recolher" é legal?

É assim que começa a repressão: hoje, adolescentes mais cedo em casa; amanhã, ninguém mais sai depois da meia-noite. Hello, governo, e aquela história de "democracia-país-livre-cada-um-cuida-da-sua-vida"? Quer uma juventude consciente? Invista em educação! Quer um país mais seguro? Põe o exército na rua! Pega mais pesado nas punições de tráfico, invista em presídios de segurança máxima, mas não, não queira transformar o nosso lado em prisão! Regras são necessárias, mas bom senso e ética pessoal também são, e isso tem que vir embutido na formação de cada um. Questões políticas à parte, o que é que o governo tem que se meter numa tarefa que é unica e exclusivamente de pais e mães, que também são cidadãos e responsáveis pela formação de outros cidadãos? E como esses novos cidadãos poderão ser formados, fazer suas escolhas e seus limites, se as escolhas lhes forem tiradas e os limites impostos, não pela família, mas por desconhecidos? Portanto, ilustríssimos prefeitos do Estado, exatamente por se preocuparem tanto e por terem as melhores intenções possíveis, peçam a seus filhos para não ficarem até tarde na rua, mas, por favor, não se iludam querendo educar os filhos dos outros.

Adoro uma polêmica!