terça-feira, 31 de março de 2009

O heroi que dividiu a História

Para o Tudo de Blog

Meu heroi é todo-poderoso. Ele me ensinou que não há limites para os meus sonhos. Ele me mostrou que a vida tem um sentido, e que ela pode ser incrível, mesmo cheia de lutas. Ele me levantou quando eu estava caída, e enxugou minhas lágrimas quando eu pensava em desistir. Ele me deu os melhores conselhos, os melhores exemplos e as melhores razões para sorrir. Ele me tornou uma pessoa completa, num mundo onde tanta gente é vazia. Ele me mostrou que Deus não é um velho de barbas brancas, intocável, frio e distante. Ele, mesmo morrendo de dor, foi até o fim naquela cruz por mim, derramando o Seu sangue para perdoar meus pecados. Ele enfrentou o mundo e a sociedade por amor a mim, e sofreu por isso. Mas nem a morte segurou meu heroi. Ele é imbatível, e foi capaz de dividir a História em antes e depois Dele. Mesmo sendo tão grande e importante, ele escolheu ser meu melhor amigo, minha resposta e meu sorriso. É por Ele que eu vivo, e Ele vive em mim. O nome dele é Jesus.

segunda-feira, 30 de março de 2009

A princesa e o dragão

Sorriu, as mãos no bolso. Três passinhos, morrendo de medo. Oito anos, só. E daí que ela doze? Conquistadorzinho, hum? Vai lá, rapaz, mostra todo o seu charme! Bonita, ela. Loirinha, alta, vestido cor-de-rosa. Isso, isso, pega uma flor e dá pra ela. Ela vai gostar, vai, sim. Olhou ao redor, ninguém olhava. Nem ela. Ele, sim. Só falta atravessar esse pedaço do parque pra chegar no banco dela. Vai lá, tá esperando o quê? Que vergonha, que nada! Vai, antes que seus pais cheguem.

Estufou o peito, prendeu a respiração e balançou os cabelos tigelinha na direção da torre da princesa. Lá seguia o príncipe, em busca da amada dos longos cabelos louros. Marchava, triunfante - quem poderia detê-lo?

- Caham.

Um dragão adulto de, pelo menos, quarenta centímetros a mais.

- Onde pensa que vai, mocinho? Não viu a placa "não pise na grama"?

Confuso, o príncipezinho lembrou-se de que, para chegar à princesa, teria de derrotar o dragão.

- Desculpa, moço.

- Onde estão seus pais?

Ah, não!

- Er... tomando sorvete, eu acho. Pra lá...

O dragão de uniforme azul não parecia mau sujeito. Mas também não estava ajudando em nada.

- Ah, garotinho, por que não disse antes? Vem, que eu te levo até lá.

- Mas...

- Imagine, incômodo nenhum! Acompanhe-me.

O dragão tomou o príncipe pelo braço, e seguiu a assoviar.

Agora o menino entendia por que costumam dizer que o inferno está cheio de boas intenções.

Virou o pescoço mais uma vez, para ver sua princesa diminuir, diminuir, diminuir... e, quando ela já estava bem pequenininha, lá longe, à beira do lago, ela olhou. Olhou e deu o seu sorriso mais encantador de "que criança fofinha". Nada, nada além disso.

Ah, desilusões amorosas.

sábado, 28 de março de 2009

A menina que amava livros

Bom, em primeiríssimo lugar, quero mandar um beijão para os meus fiéis leitores. Tenho recebido comentários muito, muito fofos! Infelizmente, não tenho muito tempo para retorná-los (é, gente, faculdade + estágio + tempo curto não são nada fáceis de conciliar!), mas fiquem sabendo que eu dou, sim, muito valor a todos que comentam! Vocês são meu principal incentivo para continuar escrevendo!

E uma novidade: o Rosas Inglesas conta, agora, com 34 seguidores!! \o/

Ok, now, let's talk about the main issue.

Fui ao shopping e ao cinema com minhas colegas de pensão hoje. Na saída, passamos na super-hiper-mega-power Livraria Saraiva, onde se concentram todos os meus sonhos de consumo possíveis e imagináveis: livros e dicionários de todos os gêneros, tamanhos, cores e idiomas! Cara, essa é minha maior tentação. Costumo dizer que, se quiser me "ganhar", me dê um livro de presente - não que eu seja, assim, comprável. Mas eu atóóóron ler, e isso garante um pontinho comigo.

Cara, é nessas horas que eu queria ser rica, só pra comprar a livraria inteira. Aliás, um dia, ainda viro dona de livraria, ah, se viro! E vou ler tudo so-zi-nha, tá?

Pra mim, livro não é só passatempo. Livro abre a mente, dá mais vontade de entender o mundo e de tentar criar nossas próprias teorias. Nos faz ser mais parte do Universo, da fantasia, da ciência e do sobrenatural. Um livro é um amigo nos dias de solidão, um mudo com voz de sabedoria, ou tão-somente uma lição de vida. Mesmo que termine seus dias esquecido numa estante empoeirada, um livro nunca é ingrato, pois sempre tem algo a ensinar.

Prometo a mim mesma ler mais este ano. E você?

sexta-feira, 27 de março de 2009

Guerra nas estrelas

Desenhei uma estrela.
Adormeci entre as galáxias
num balanço de mar,
de tufão e de berço,
nos braços da Lua.

Sonhei com a presença
de quem agora me falta
e me deixei embalar.
Ilusão tão macia...
coceirinha gostosa...
Faz a gente dormir.

E o Sol de quem me viu
me trouxera de além-mar.
E a falta já não era,
nunca foi de quem já era,
mas será.

E, no colo da mãe Lua,
vim brincar com seus cachinhos.
Nuvem de gás sonífero
acalenta o pequenino...
E eu olhava lá do alto
a Terra que dançava.

Era quase de manhã
no espaço de anos-luz.
Astronautas no cosmo,
cosmonautas nos astros,
mágica astronomia,
lógica astrologia.

No papel que eu rabisquei,
um campinho de borrão.
Os anéis de um Saturninho
tão peralta e brincalhão,
tão banguela e sabichão.

As lágrimas viravam estrelas,
e as sementes, marcianos,
e os foguetes, homenzinhos,
e as crianças, soldadinhos.
E os planetas são casinhas,
e as pessoas vem morar.

E o céu agora olhava
risonho, corado de azul,
no meio dos batalhões,
de Skywalker e Jedi,
de sabres de luz.

E, no meio das crateras,
queijo, jorges e dragões.
E a poeira dos espaços,
dos etês e dos buracos
coloridos, embalados
a vácuo de sons e luzes.

Fantasias de menino
nas trincheiras siderais
de clones e cavaleiros.
Braços frios de mãe Lua,
revoluções do Universo.

Ouvindo: Durma medo meu - Teatro Mágico

terça-feira, 24 de março de 2009

Treinada Para Matar

Para o Tudo de Blog

Todo mês, lá está ela, à minha espera, treinada para matar: a TPM, aquela que tira qualquer uma do sério, e faz quem quer que esteja ao redor sofrer as consequências. Aquela que me faz inchar como um balão, devorar uma barra de chocolate em dez minutos, enche minha cara de espinhas e me faz passar de emo a Amy em questão de segundos! Quando vai chegando perto, já aviso a minha mãe, o namorado e a vizinhança inteira: sai da frente e, haja o que houver, não mexe comigo hoje! O melhor é que eu me dou ao luxo de comer quanto chocolate eu quiser - sem culpa -, ficar um pouco mais na cama, vestir meias de dedinhos e fazer uma manha básica só para ser paparicada. O pior é que a coisa não fica só no "pré-mestrual" - ela me acompanha até a última gota de sangue! Portanto, se me vir quebrando tudo, chorando ou comendo doces desenfreadamente, sinal vermelho: é melhor se afastar, estou treinada para matar!

segunda-feira, 23 de março de 2009

Ressaca sentimental

Bom, a gente tinha brigado. Juro que tentei ligar, mil vezes, mas ela não atendia, de pirraça pura. A Jill não é dessas meninas que a gente derrete com um buquê de rosas e um pouco de chocolate por cima. Não, ela não é nem um pouco romântica. Pelo menos, não é descaradamente romântica, como eu. Ela é ela, e isso é o que mais gosto nela.

Não sei por que sofro tanto. Ela é uma pessoa difícil, complicada e, sim, anti-social. Talvez seja esse o motivo de eu ser o único amigo dela - amigo que virou namorado, um caso típico. Ela, no primeiro ano, eu, com um pé na faculdade. E ela pisa no meu coração de salto agulha. E isso dói, cara! Mas o pior é que eu gosto dela. Ela é tão diferente das outras meninas (é, um amor é sempre incrivelmente diferente das outras pessoas), tão madura e decidida, e com uma personalidade forte como eu nunca vi. Tão forte que me machuca, mas tão intensa que me hipnotiza. E eu sigo feliz nesse masoquismo vicioso, num capricho dela que eu levo tão a sério.

Se é verdade que os opostos se atraem, nós somos o melhor exemplo. Racionalmente falando, não temos nada a ver. Eu, o cara careta, romântico e na minha, não o bonitão nem o mais cool da escola, o varapau de 1,82m, calça skinny e polo xadrez. Ela, a descolada, a irreverente, a polêmica, a rebelde, a inteligentíssima...

a linda.

Nunca dei de gostar de garotas problemáticas, até conhecer a Jill. Acho que foi a personalidade forte dela que me atraiu, talvez a possibilidade de um pouco de ação na minha vida tão pacata, de Beatles e Rolling Stones. Ela curtia Ramones adoidadamente, mas entrávamos em consenso com Oasis. A gente ainda era só amigo e era tarde, momento exato para raiar algo mais que um lance. Foi no fim de um luau, a gente correu para a praia, ver o sol nascer. A amizade virou sede de amor, a maresia pedia abraço. Dividimos um par de fones, uma música e um beijo, o primeiro dela, o melhor da minha vida, ao som de Don't look back in anger. Dois namorados, sós, esperando pela aurora que rompia, em silêncio, curtindo a música e as sensações.

Ninguém sabe, ninguém viu, mas, de lembrar disso, uma lágrima a espatifar-se numa listra. Vermelha. Cabelos de Jill.

Será que ela está sofrendo como eu estou? Acho que não sei tanto sobre amar quanto eu pensava. Talvez porque o primeiro amor nunca acaba, deixa marcas eternas, incuráveis, inesquecíveis. Quanto mais o tempo passa, mais eu percebo o quanto ainda sou um menino. Quero ajudá-la, salvá-la de si mesma e da dor, tentar decifrá-la, entendê-la, amá-la. Embora seja tão dura e orgulhosa, sei que ela precisa de mim. E eu preciso muito mais dela. Não vou desistir, não até decifrá-la.

Disquei seu número mais uma vez.

domingo, 22 de março de 2009

Quando as fadas não nos contam

♠ Postagem não recomendada para diabéticos e pessoas de dieta. Contém alto teor de açúcar.

O difícil sempre me atraiu. Mas nunca pensei que isso fosse tornar tudo ainda mais difícil.

Fechei as mãos, agarrei-me a um perfume. Não sei, talvez fossem seus olhos elétricos e as revoltosas tempestades que se formavam dentro de mim à menor faísca, ao menor sorriso, ao menor silêncio que fosse. Ou aquela noite comum, que ele fazia ser tão... tão...

... literária.

É, me apaixonei. Não só me apaixonei, como me enamorei. Sim, eu amei. Com cada célula do meu corpo, eu amei. Quando me dei conta, já havia me deixado dominar por aquele amor tão bonito, tão de sonho de menina de quase dezesseis. Lá estava ele, o meu principezinho, e seguíamos os dois a devanear, embriagados em nosso próprio sentimento.

Mas, à meia-noite, a carruagem me esperava, e tive que partir, lenço de renda em punho e olhos marejados. Longe demais, via meu príncipe ficar menor, e menor, e menor, até sumir no horizonte. Deixei com ele meu coração, uma caixa de beijos e mil juras de amor, a pé de ouvido.

Um longo inverno faria muralha entre nós, quando esperávamos que o Sol nos fizesse ponte. As lágrimas congelavam dentro do peito, as cartas demoravam, mas chegavam, e tudo parecia, às vezes, muito, muito confuso. Ele, queria colher as maçãs do topo da árvore; eu, queria o melhor e mais difícil. Teimosa? Diria que perseverante.

Hoje sei da escolha que fiz. E, não, não foi em vão por tanto amor. Seguimos juntos a amar, mesmo a um inverno de distância. Sou capaz de chorar mil anos em troca de um único sorriso, no final. É tudo tão difícil, mas um só segundo ao lado dele vale todo o sacrifício. É tanta alma, tanto amor, do qual só um amor ainda maior seria capaz em mim. Às vezes, a esperança é pequena e a escuridão é plena. Mas a última logo morre, e a primeira é a última que morre.

Queria respirar um pouco. Vem encher meus pulmões, agora e para sempre.

terça-feira, 17 de março de 2009

De Platão a plágio

Para o Tudo de Blog

Os conceitos de "original" e "cópia" são muito relativos. Toda invenção é inspirada em algo ou em alguém: uma necessidade, uma tendência, uma ideia que partiu de determinada situação. Toda cópia se torna original a partir do momento que se dá uma cara nova a ela - cara nova que foi inspirada em alguma outra cópia. Desde Platão, costuma-se que tudo nessa vida não passa de uma cópia imperfeita do chamado "mundo das ideias" - a grande "inspiração" para o nosso mundinho, que não passa de um rascunho malfeito, uma sombra na parede. Antes que meu cérebro desse um nó com essa filosofia toda esquecida na gaveta do colegial, pude perceber que, num paradoxo maluco e, aparentemente, ilógico, não passamos de "cópias originais" uns dos outros. Cópias, porque somos influenciáveis. Originais, porque somos capazes de influenciar e questionar as influências. É hipocrisia falar que não seguimos padrões, e o conceito be yourself traz implícito um comportamento pré-determinado, politicamente correto e já convencionado. O objetivo do original é vender suas cópias, mas é impossível que se queira isso quando o lema é "recuse imitações". Mas mesmo a mais inovadora das ideias não passa de uma sombra do original platônico - o original não passa de um produto de tendências e influências, portanto, é plágio puro!

Acho que ficou meio cult demais. Me empolguei, tá?! =}

Momento "só mais uma declaração de amor": declaro, publicamente e para todo mundo ouvir ler, que eu tenho o namorado mais FOFO desse mundo, melhor que vampiros ou príncipes encantados! Ygor, se continuar a me fazer surpresas fofas com essa frequência, vai me matar do coração ou, no mínimo, de desidratação. Amo você!

sexta-feira, 13 de março de 2009

Sexta-feira. TREZE,

Estava sozinha no meu quarto. Acabava de dar meia-noite. Clássico ou clichê, a lua estava cheia. Meia-noite de lua cheia de uma sexta-feira. Treze. A janela estava aberta, por onde entrava uma garoinha xoxa, inofensiva, que ia pousar no carpete lilás. O edredom cobria meu rosto, protegendo-o do irritante luar que me cortava olhos. Nos ouvidos, Nightwish, no corpo, uma camiseta velha do Che, meio furada, a gola cortada. Só. Ah, e meias 3/4 também, que eu empinhoquei dos joelhos para os calcanhares. Meu cabelo estava péssimo, resolvi prendê-lo com um elástico. Estava sem sono, não achava posição na cama, nem naqueles pensamentos desconfortáveis, ou tão-somente intrigantes, sobre a data em questão.

Supersticiosa, eu? Cética, até a última raiz do cabelo. Não que eu não tenha fé. Mas a fé não é uma ciência exata. Só não levo bobagens em consideração.

Por quê, deveria?

O problema não era a data. Quer dizer, era a data, mas não o senso comum. Aliás, não sei bem se era mesmo um "problema". Só comecei a me lembrar das doze sextas-feiras treze de minha vida, e esta daqui estava sendo a décima terceira. E um arrepio me correu pela espinha: eu só tenho dezesseis anos, dos quais já vivi treze sextas-feiras treze!

Ouvi um barulho na janela. Era só o Black Sabbath, meu gato preto, aquele malandro de rapina.

Vivi um total clichê, do arrepio e da lua até minha roupa. Clichê e paradoxo, ainda por cima. Lá estava eu, a última das capitalistas, vestindo uma cara de Che Guevara furada e desbotada por cima da pele nua, louca para me entupir de coca e cheeseburguer até não poder mais. Acho que eu meio que inventei tudo isso. Talvez quisesse fugir. Fugir do vício das semanas e dos cadernos rabiscados. Ou só quisesse um cabelo novo, criar coragem para lavar o rosto, ou que aquele cara finalmente me ligasse. Ou, sei lá, podia parar de chover, né?

Virei-me de bruços, libertando meu rosto do edredom quente. Suspirei. Lá vinha Black Sabbath entrelaçar-se em minhas pernas. É como gosta de dormir quando chove e ele, muito a contragosto, fica em casa, aborrecido pela noitada promissora que se foi por água abaixo. Ronronou enjoado, ao que respondi com um bocejo tedioso. Vida, escola, carreiras, pressão. Ah, e garotos! Dezesseis anos numa sexta-feira treze, e nenhum raio caíra na minha cabeça. De qualquer modo, estiquei o braço, apanhei a agenda na cabeceira e circulei a data. Talvez porque todas as outras doze tivessem me marcado de alguma forma. Algumas me deixaram triste, outras me fizeram rir, outras, querer sumir. Mas todas marcaram mudanças de estações em minha vida. Teve a da primeira menstruação, a do show do Satriani, a que eu cortei demais meu cabelo, odiei e vim andando e chorando por cinco quilômetros até chegar em casa, a da cicatriz de bicicleta, a que eu ganhei uma boneca de porcelana, a da festinha que entrou para a história... e tem a que eu nasci. Mas, desta vez, a coisa era diferente: era a primeira vez em que as ilustres datas coincidiam.

Cadê a lua? Ah, é que fechei a janela. Não estou para lirismos hoje, só para convenções - a lua está onde deve estar e sempre estará. Cheia a semana inteira, até cansar e sumir do mapa por uns tempos, magrinha, delineada, pudica, despercebida. Daqui a pouco, o sol aparece e ela é esquecida por metade do dia. Clichês que ninguém nota, vividos sem questionamentos, já que o que importa é a plenitude, e não a incompletude, tão mais casual que a primeira. E meu dia apenas despontava, madrugada adentro, incompleto, aura de mistério e magia. Aguardava pelo que viesse, sem grande entusiasmo, mas com leve e momentânea curiosidade. Quem sabe o cara não liga, a gente não briga, ou alguém me faz bolo? Talvez eu continue em casa, com Black Sabbath a rogar pragas felinas contra o mau tempo, ou resolva simplesmente lavar o pobre do Che, que já faz uma semana que não desgruda de mim. Ou, ainda, eu passe por baixo de escadas e por dentro de encruzilhadas, rindo e cantando "parabéns" para mim mesma.

Não, isso não seria nada convencional. Anyway, vou anotar isso.

Feliz sexta-feira treze, e me deseje sorte!

quinta-feira, 12 de março de 2009

CORRE PRA BANCA!!!!


Galera, eu saí na Capricho de novo, em MENOS DE TRÊS MESES!!!

O texto que saiu foi esse aqui, sobre "ser homem por um dia". É, acho que, no fim das contas, eu seria um metaleiro cabeludo bem legal... hehe

Agora, um momento reflexão: gente, de verdade, eu não mereço tudo o que Deus tem feito por mim. Ele tem feito MUITO além do que eu espero, e eu só quero agradecê-lo por mais essa vitória - devo tudo a Ele. E agradeço especialmente à minha mãe, por ser a pessoa que mais me deu força na vida, em tudo o que eu penso em fazer - mãe, se não fosse por você, eu teria desistido! Também agradeço ao meu namorado, por ser o cara que eu gostaria de ser "se eu fosse homem", como o da postagem que saiu na Capricho!^^ Cito também meus amigos e parentes queridíssimos, e, claro, minha chefinha Nathalia Duprat, que me escolheu para fazer parte do TDB!!

Ai, tô feliz! MUITO feliz!

segunda-feira, 9 de março de 2009

Ai, mas... será?

Para o Tudo de Blog

Essa história desse povo que não se assume já deu. Quando o assunto é Jesus, Madonna "apaga a luz" e deixa todo mundo querendo saber se ela vai ou não botar o bloco na rua de uma vez. Tá lá, pra cima e pra baixo com o moço, trocando olhaditas, risaditas e outras "coisitas" mais. Daí, a pergunta: "tá namorando?". As (clássicas) respostas: "a gente é só amigo/ tá se conhecendo/ nem se conhece, tá louco, rapá?". E aí, a questão vira: "minha filha, tá esperando o quê?!" Qual o problema de virar para o mundo, estufar o peito e dizer, com todas as letras, que "sim, a gente tá junto"? Não dá para se esconder atrás de uma árvore toda vez que você encontrar o cara! Aliás, namorado tem que ser motivo de orgulho, não de vergonha, medo ou frescura. É preciso enfrentar os fatos com naturalidade e coragem. Afinal, a escolha e a opinião são exclusivamente suas, e ninguém tem nada a ver com isso! Claro que tem os linguarudos de sempre, mas fazer o quê! Se não quer que ninguém saiba da sua vida, vá morar num mosteiro, não arrumar um namorado. Todos temos que pagar preços por nossas escolhas. E, se você escolheu o amor, quem é que pode te contrariar?

domingo, 8 de março de 2009

Suicídio virtual

Quem nunca pensou em desistir do próprio blog, que atire a primeira tecla.

Às vezes, me dá a impressão de que eu escrevo pras paredes. Ou pra mim mesma, talvez. Acho que o povo tá ficando com medo de vir aqui roubar rosa e ir pro xadrez (hahaha, engraçadinha essa cidadã, né?(Y)[/ironia]). Sei que há quem leia meu blog, mas eu realmente ando meio perdida, e, às vezes, me dá uma vontade legal de desistir. Dá, mesmo, ué, tô mentindo? Sou humana, apesar de estar por trás de uma tela. E só quem bloga sabe o que é fazer login e ver que nenhuma vivalma comenta NO seu blog, nem SOBRE o seu blog. Tá legal, admito que tenho uma pinta de drama queen de vez em quando. Tenho o direito de surtar, vezinha ou outra. Foi-se o tempo em que eu tinha saco pra ficar em comunidades do Orkut.com, naqueles tópicos "comente o blog acima". Pior que funciona, viu! E acho super válido. Mas já deu. Haja tempo pra postar toda hora naqueles fóruns. E daí teu blog tem textos legais, coisas legais, você vai lá, muda o layout, a abordagem e o que mais der pra mudar... e nada. Ninguém aparece, meu bem. Ninguém parece se importar. Mas vou fazer o quê, me diz? Eu só sei escrever, eu só consigo escrever - é uma necessidade que eu tenho, cara, será que ninguém me entende? Não. Faz parte do meu drama - se alguém por acaso me entender, daí não é mais drama. Mas também, se drama resolvesse, eu já estaria mais famosa que a Maria do Bairro, né, meu bem?

Mas, na boa, não vou desistir, não. Sou muito patife pra isso, podicrê.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Para a Raio de Sol

Menina, você é tão linda... tem tanta vida dentro de si, esguichando pelos poros, perfume de cabelo de moça. Seu sorriso deslumbra, e todos os clichês físicos caem como uma luva em cada vestido, renda e flor de cabelo, ou até numa trança desarrumada, num muxoxo, num capricho de mulher.

Mas meu bem, por que é que este sorriso lhe escorrega do rosto e lhe borra de soluços e sal a maquiagem tão bem-feita? Que é que se fez das cores que se desfizeram nos batons e nos beijos? E a festa? Não diz que não vai mais, que é de dar pena vê-la arrumada assim pra não dar mais passo algum.

Machucou o pé? Lhe empresto um sapato. Quem brigou? Por que tá assim?

Não chora. Limpa esse rosto, por favor.

Essas coisas passam. Até seu sorriso anda passando, anda sumindo do nada. Tanto prazer que já não vale um amor que seja. Você é como um vaso de porcelana, meu bem: linda, mas vazia. A vida que tinha já se foi toda, só sobraram cabeças enterradas em mãos, uma mãe chorando num canto e gente preocupada no outro. Esses devaneios etílicos, essa fumaça de risos, esses incógnitos espíritos, essa gente toda não são o bastante pra encher o que lhe falta. Olha só pra você, Raio de Sol: tão lânguida, inchada de prazeres, absorta em ilusões. É só vazia. Que espécie de conto de fadas você construiu? Sua mãe tá chorando, Raio de Sol. Eu também choro, porque você já não é a mesma. Você saiu de casa, largou tudo, tudo pra correr atrás do vento. E você ainda é tão linda. Triste como nunca. Mas, ainda assim, é linda.

Mas Eu... Eu ainda abro meus braços e espero por você. Eu jamais desisti, nem quando minha vida escorria por meus joelhos naquele monte. Foi por você, Raio de Sol. Foi por você.

Ouvindo: Cut - Plumb

terça-feira, 3 de março de 2009

Identidade secreta

Para o Tudo de Blog

Capricho pergunta: o que você postaria se estivesse no... anonimato?

Ninguém vê meu rosto por trás desta capa, desta máscara, desta tela. Já sou anônima por tabela, e nada do que eu disser poderá ser usado contra mim, nem tenho o direito de permanecer calada. Quem pode me julgar pelo que eu disser? Você nem sabe quem eu sou, eu nem sei quem você é. Eu apenas convocaria todos os covardes e oprimidos a saírem à luz do dia e dizerem tudo o que não têm coragem de dizer. Eu diria para pararem de caçar preconceitos em cada palavra e atitude, para que se possa alçar vôo rumo à liberdade propriamente dita. Eu diria para quem quisesse ouvir (e quem não quisesse, não fosse por isso, que escutasse também) o que ninguém tem a audácia de afirmar. Ousaria ser a única a erguer a mão perante um questionamento dizendo o que penso. Escancararia a demagogia opressora que encobre os sentimentos das pessoas, que não são tão verdadeiras como idealizam os falsos finais felizes. Faria protestos realmente ÚTEIS, por causas de fato nobres, para tentar mudar alguma coisa, não para mostrar o quanto posso ser boa. Pararia de me conformar com o mundo do jeito que está: tentaria mudá-lo, nem que fosse necessário carregá-lo em meus ombros. Seria uma rebelde com causa, a causa da verdade, da justiça, do amor sem falsidade. Faria das palavras remédio e solução, algum dom divino, missão de mundo. Mas não passo de uma super-heroína tentando salvar a humanidade, escondida sob uma identidade secreta. Anônima, incógnita, fictícia, irreconhecível. Se eu pudesse só dizer... mas só penso, minha sina.

Ouvindo Full Moon - The Black Ghosts (Twilight Soundtrack)

segunda-feira, 2 de março de 2009

Tem dia

Tem dia mesmo esquisito. Tem dia feio e bonito. Tem dia que a gente só fala. Tem dia que a gente se cala. Tem dia que para no tempo. Tem dia que nem tempo dá. Tem dia que ninguém sai da toca. Tem dia que ninguém se toca. Tem dia que é coisa de louco. Tem dia que juízo é pouco. Tem dia agitado e tranquilo. Tem dia traquina e ferino. Tem dia que a gente chora de rir. Tem dia que a gente só quer chorar. Tem dia que o cabelo tá ruim. Tem dia que a cara tá torta. Tem dia que fecham a porta, na nossa cara. Tem dia que eu tô sem cara, sem saco, sem pulso pra nada. Tem dia que eu dou jeito pra tudo. Tem dia que eu falo abobrinha. Tem dia que eu omito o mito, deixando escapar a verdade. Tem dia que o céu tá azul, tem dia que o céu tá estrelado. Tem dia de cara lavada, tem dia de cara amarrada. Tem dia que parece até noite. Tem noite que não tem mais fim. Tem dia de sol e de chuva. Tem dia de vento e de fogo. Tem dia? Ah, tem dia pra tudo nessa vida! E tem dia que não tem nada, não. Mas tem dia que tá com tudo! Tudo o que eu fiz, tudo o que eu vi, tudo o que eu devia de fazer. E, num tudo absoluto, a gente tricota os dias, a gente borda os meses, a gente remenda os anos e, assim, arremata uma vida. E ninguém diz o que quer, e o que quer diz o que não deve, e o que não deve, tampouco teme. Hoje o dia tava assim, meio cigano, meio franzino, meio sem-vergonha, meio tímido, meio careca, meio canastrão, meio sapeca, meio chorão. E não tinha mesmo rima, e eu rimei até o que não tinha. Tinha dia, tinha noite. Só que não tinha mais fim.

domingo, 1 de março de 2009

Manifesto Jovens que Pensam


Genteeem, ganhei um selinho, e, dessa vez, não foi do meu namorado (sem graça, né? ¬¬ Brincadeira, amor, te amo)! Quem me deu foi a Tailany, do Despindo Estórias.

Manifesto Jovens que Pensam

1- Exiba a imagem do manifesto e explique do que se trata;
2- Poste o link do blog que te indicou;
3- Indique 10 blogs da sua preferência para fazer parte dos Jovens que Pensam;
4- Avise seus indicados;
5-Publique as regras;
6- Confiram se os blogs indicados repassaram a imagem e as regras.
Pronto! Você já faz parte deste Manifesto!

Proposta do Manifesto:

"Mostrar que aquela história está perdida é uma generalização tola e sem sentido. Como a autora da proposta explicou: 'Existe sim muitos jovens que pensam e tem seus ideais, que debatem, e que querem mudar o mundo. Mas querer não é suficiente. Com o blog conheci jovens brilhantes que estão perdidos por esse Brasil. Vamos nos unir e mostrar que nem tudo está perdido! Nós podemos fazer a diferença sim!' Como o nome do selo é 'Jovens que Pensam', estarei indicando aquelas pessoas que eu considero jovens e que pensam!"

E o selinho vai para: