sábado, 28 de fevereiro de 2009

Quando o arrependimento não mata, quem se mata é você.

Se ele matasse, tava tudo resolvido. Ou não? Ah, corta essa! Nada de ficar pensando no que foi, mas que NÃO era pra ter sido, saído ou, simplismente, dito e feito. E feito, meu Deus do céu!

Daí você começa com o velho dramalhão mexicano: "por quê?", ou pior, "por que EU?! Justo EUzinha da Silva, na face da Terra, com não-sei-quantos bilhões de pessoas indefesas, e tinha que ser justo EU, que não mato, não roubo, não bebo e não fumo?!"

A culpa. "Oh, como sou burro, tão incapaz de responder pelos meus atos!", e outros mil auto-elogios, pra dar aquele upgrade na auto-estima capenga. Você se matiriza e se auto-flagela até a última verborragia possível, até perceber que... bem, que agora já foi. É, já deu, passou, cabum, badabim-badabum, puf, e outras onomatopéias, que é como as coisas fazem quando escorregam por entre nossos dedos... para espatifarem-se no chão, sem conserto, nem volta.

Então, a culpa atige o seu ápice derrotista: a defesa. "Mas é porque ELE começou. Também! Quem é que aguenta provocação de um sujeito desses? Qualquer um, aliás, qualquer dois, três fariam isso! Eu só..."

"Ah, SE eu não tivesse ido/dito/feito..."

Certo, mas... agora, já foi! Você podia ter se controlado, mas não se controlou! Lembra da historinha do leite derramado? Então, nem preciso completar o raciocínio! Agora é esquecer o que passou e sofrer as consequências. Porque palavras ditas jamais se apagam. Todos nós erramos, mais dia, menos dia, mais grave ou menos grave, e não há NADA que possa ser feito para apagar as consequências. Resta apenas o perdão. Arrepender-se é desagradável, mas nos reconstrói! Nos faz nascer de novo para novas atitudes, para novos acertos, e até mesmo novos erros. Porque insistir no erro, amigo, é burrice. Mas vai saber, tem louco pra tudo hoje em dia...

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Acampaterapia

Bom, desde que me conheço por gente, e com essa minha panca de roqueira, posso dizer que odeio carnaval. É tão contraditório ser um feriado religioso! Eu não consigo entender a relação entre a Quaresma (que seria um período de santificação) e o carnaval, uma festa pagã, na qual existe uma concessão para pecar (santificação?!), se arrepender depois e, no ano que vem, fazer tudo de novo. Jesus sofreu tanto na cruz para pagar nossos pecados, e as pessoas acham que jurar falso arrependimento mais tarde vai resolver o problema. Gente, DEUS NÃO É IDIOTA!

Mas o feriado é, no mínimo, aproveitável para se fazer coisinhas úteis e muito mais construtivas - e legais! -, como acampar!

Acampo nos carnavais desde os 8 anos. É tão bom, dá um ânimo, uma renovada, e você se sente tão mais perto de Deus! É incrível abrir os ouvidos e a alma e ouvir o próprio Criador falando aos nossos corações, nos renovando a esperança e os votos de caminhar com Ele. Foi exatamente sobre andar com Deus que falamos no acampamento. Não é fácil, mas nossas atitudes de investir não neste mundo, mas na Eternidade, agradam a Ele e nos tornam pessoas melhores.

Olha só: ganhei em segundo lugar na "Noite do Brega" (pudera, sou assim por natureza haha) - fui desbancada pela minha melhor amiga, que encarnou Lady Kate com muito gramur! Merecidíssimo! Take a look no meu look:



Me diverti horrores. E recomendo muitíssimo a acampaterapia a todos! Experimente dar vazão ao espírito em vez de alimentar a carne num carnaval. Aquela alegria, aquela folia toda, pode ter certeza: VÃO PASSAR. Mas ouvir o próprio Deus falando com você é coisa inesquecível, e muito mais incrível que alguns dias de alegria irresponsável. Não estou criticando ninguém - cada um sabe de si. Mas experimente! Lembre-se um pouco mais de Deus - Ele mandou o seu Filho, Jesus, para dar a vida por você! Foi sangue que Ele derramou. Foram os pecados que você e eu cometemos que Ele pagou. Você vai desperdiçar esse presente (que, aliás, nem eu nem você merecíamos) por coisas tão efêmeras e inconstantes?

Jesus ama você, e eu nunca vou deixar de dizer isso. Ele é o Salvador da minha vida, e pode ser o da sua também. Ele quer ser seu amigo, ter um relacionamento pessoal, íntimo e profundo com você. Pense nisso, mas pense de verdade.

Para terminar, vou divulgar meus vídeos novos, que estão no meu canal no Youtube (não tô conseguindo pôr vídeo no blog, então, clique aqui para ver os vídeos). Divirtam-se!^^

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

If I were a boy...

Mais um post com nome de música. Eu não aprendo, mesmo...


Sempre imagino como seria divertido, ou no mínimo esquisito, se eu fosse um cara. Logo eu, que sou tão mulherzinha, que não saio de casa sem batom e me depilo todo mês! Os homens não têm essas frescurites que eu acho tão divertidas, e isso deve ser a parte chata de ser macho, macho man. Mas, se eu fosse um cara, eu seria metaleiro e cabeludo, dos bonitos, tipo "terror das menininhas". Também andaria sem camisa no meio da rua sob um sol escaldante - e sem sutiã! -, usaria um bom perfume masculino - que é o melhor cheiro que existe -, ficaria maluco com um futebol de fim de semana, apalparia meu rosto diariamente para evitar sombra de barba espinhenta, e botaria o primeiro jeans que visse no armário para sair à noite. Falaria grosso, usaria cueca (pelo menos, a manteria dentro da calça!) e jamais passaria vontade de ir ao banheiro. Batom? Só se fosse o da menina que eu beijasse. Eu faria tão diferente. Guardaria cada beijo para a garota dos meus sonhos, não teria vergonha de chorar, nem tentaria consertar parafernálias, numa tentativa frustrada de mostrar o quanto eu posso ser "o homem da casa". Mas algumas coisas não mudariam. Eu continuaria tocando violão, tendo vocação para nerd e sendo o último dos românticos e bobos apaixonados. Bem, e, quem sabe, continuaria me depilando todo mês. Tão moderninho...

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Vácuo

Atenção: história puramente fictícia. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. Ou não.

A Marcinha era do tipo que não passava vontade. Nenhuma. Também não tinha muita noção do perigo. Nenhuma. Levava a pé de letra os mandamentos do carpe diem, do carpe noctem e, se tivesse mais alguma coisa pra carpir, ela ia também. Todos os excessos, todos os pecados, todas as liberdades - as libertinas, as negáveis, as desaconselháveis.

A gente se conhecia da faculdade. Até andava junto, às vezes. Tá, bem poucas vezes. Mas ela gostava de me procurar pra pedir conselhos. Ela falava que eu era "mais certa das idéias", "do bem", "ajuizada". E, no fim, eu ouvia as mesmas histórias de sempre com a mesma protagonista - só mudavam os coadjuvantes. Consequentemente, dava os mesmos conselhos, sem muito sucesso. Nenhum, pra falar a verdade. "Cria juízo, Marcinha!", "toma jeito!", "as coisas não são assim". Mas a Marcinha não tinha juízo, nem escrúpulos. Era toda excessos, e caras, e bocas, e escândalos cotidianos. Não tinha amigos - "companheiros de balada" era como qualificava os que, vez ou outra, lhe ofereciam uma carona ou lhe pagavam uma bebida.

Era vazia - isso a gente notava pelos olhos. Ela tinha uns olhos escuros, pretos mesmo, daqueles que a gente não enxerga nem a pupila. Usava um cabelo todo despontado, batidinho, ficava bom no rosto dela. Era magra, mas sabe aquele "magra" que não é "magra, magra"? Ela tinha borogodó, ah, se tinha. E sabia muito bem disso. Mas, ainda assim, era vazia de dar dó. Por isso, os excessos. Tentava se entupir de beijos e noites sem dormir, festas e bebidas, pra ver se tapava todo aquele ar desesperado que se esvaía dela num ritmo surdo e constante. Não obtendo sucesso, dobrava a carga de noitadas e diversão. "Tenho medo de perigo, não", costumava dizer. "Um dia a gente morre, mesmo. Então, se eu não achar o que eu procuro, quero morrer tentando".

Mas dava umas crises de choro loucas quando ela voltava das baladas e ia bater à porta de casa, lá pelas cinco da manhã. Geralmente, ela costumava já ficar por lá, e íamos à faculdade juntas, logo depois que eu lhe empurrava um café bem forte pra curar ressaca. Ela olhava o nada, eu só via uma alma jorrando pra fora de um corpo, aquela maquiagem preta borrada. Alguém infeliz.

Ela me falava que procurava um grande amor. Procurava o cara certo, caçava deseperadamente. Mas achava mesmo é que ninguém valia um real. Dava em cima de todos os caras, os comprometidos e os solteiros, e ninguém deixava de se render. E era isso o que a desesperançava da vida. "Eu quero conquistar alguém. Alguém que se dê o mínimo de valor e respeito, mas esses caras são todos iguais", dizia.

Até o dia em que ela encontrou o cara certo. Alguém que ela conhecia há muito, mas que ela nunca vira com outros olhos. Alguém sensível e sincero, que a via como ela era - aliás, como ela queria ser: melhor. Um velho conhecido, que aos poucos se tornou amigo, e que a fazia contar cada milésimo de segundo até o dia seguinte, só pra vê-lo de novo. Nem que fosse só pra um "oi", um café, um sorriso que fosse. Passado algum tempo, ela resolveu mostrar, do jeito dela, como ela o queria.

Mas toda ação tem uma reação, e por mais perdoados que sejam os erros, suas consequências ecoam por toda uma vida. Ele não a julgou por seu passado, nem por quem ela estava disposta a ser por causa dele. Ele simplesmente não podia retribuir àquele sentimento, não da forma como ela gostaria. O que ele sentia por ela era a mais pura amizade - sentimento tão desinteressado, tão mais simples que um amor. Era só um amigo, e, por mais que ela usasse todas as armas da carne, jamais o renderia a ponto de cravá-las em seu coração. E isso a machucou, e ela decidiu afastar-se dele e de tudo o que remetesse a quem ela agora odiava ter sido.

Nunca mais vi a Marcinha. Mas ela deve estar bem, digerindo a lição, cicatrizando o passado, lidando com um vazio que ainda há de ser preenchido. Mais cedo, ou mais tarde. Mas vai.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Musical meme

Gentem, peguei esse meme musical com a Sam: pegue seu music player, coloque no shuffle (aleatório) e liste as 5 primeiras músicas que ele marcar.

Bom, aí vão elas:

Enter the gate - Narnia
Já contei o quanto eu sou chegada num white metal alternativo? Essa banda tem umas músicas moooito legais, pesadaças, e tem esse nome exatamente em homenagem ao clássico As crônicas de Nárnia. Além disso, as letras são lindas!

Não é tarde - Fernanda Brum e Ana Paula Valadão
Acho essa música maravilhosa. Essas duas grandes estrelas da música gospel fazem um dueto incrível, numa sincronia pura! Sem contar que a letra fala da esperança de Deus pras nossas vidas.

I'll be there for you - Bon Jovi
Aaaaah, Bon Jovi! Simplesmente, umas de minhas bandas favoritas (as antigas são as melhores, fato!). Arranjos perfeitos, letra profunda, eo bom e velho róquenrrou, babe. Gostou ou quer mais?

You belong to me - Lifehouse
Não é das minhas favoritas do Life (prefiro I'm crazy for this girl), mas é bonitinha, calminha até, mas não quase paraaando como Everything. Tão bonitinha que até fez parte da trilha sonora de Shrek.

Novos céus - Oficina G3
Para TU-DO! Pra mim, a melhor banda de rock nacional (pudera, Juninho Afram está entre os 3 melhores guitarristas do Brasil). Essa música é da época mais retrô da banda, e é das mais calminhas. Letra profunda, nos faz lembrar que Jesus tem um lugar preparado para aqueles que o amam, novos céus, nova terra. Aliás, fica a dica pra vocês: ouçam o novo CD do Oficina, o Depois da Guerra. Nesse álbum, a banda tem uma pegadona de Dream Theater (que eu passei a amar por influência da Lissa), e a guitarra do Juninho é de enlouquecer, como sempre!

Vou fazer igual à Sam: os cinco primeiros que comentarem levam o meme (recebo umas 50 visitas por dia ao blog, mas quase ninguém comenta! =( Vamo colaborá, gente!)

Well, that's all folks!

xoxo

Ps: Este blog (ou melhor, esta blogueira) está se esforçando ao máximo para aderir ao Novo Acordo Ortográfico que só serve para complicar a nossa vida, tá bom? Então, se tiver algo muito ultrapassado ou alguma falta de acento equivocada, me deem um desconto, tá? ^^ Thanks!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Hips don't lie

Ih, peguei mania de fazer posts com nomes de música. Fazer o quê, se eles caem como uma luva no que eu tenho a dizer?

Mas o fato é que, de fato, os "quadris não mentem" - a tradução mais literal no que diz respeito a chocolate e junk foood. Passou da conta? Os quadris não mentem quando você vai botar aquela sua skinny de sempre e... ela teima em não fechar! Esse é o grande mal de mulheres com corpo em forma de pêra ou ampulheta (eu me encaixo no último caso): a gordura vai todinha para os quadris, para desespero delas e para alegria deles, num país onde mulheres-fruta são transgênicas (tudo grande, muuuito grande) e não têm nada de 0% de gordura.

Tenho lá minha teoria sobre a relação férias - aumento de peso. Se você é universitária, como eu, passa quase um ano fora, estudando, longe dos quitutes da mamãe, sem saber o que é um bolo recém-saído do forno, comendo quando dá tempo e evitando todas as besteiras possíveis (porque você paga de natureba pra fazer bonito na faculdade, certo?). Daí, você vem pra casa ao fim de um longo ano de vacas magras, e sua mãe te recebe com uma mesa farta - de tudo o que não presta, mas que você adora. E tem as festas de fim de ano, os sorvetes na praia, a mousse do churrasco do fim de semana, o sedentarismo (lógico, vim pra descansar, e vou ficar malhando?!) e os bolinhos de chuva da sua avó. Daí, você diz: "já que tô na chuva, vou me molhar", e se joga em torrões e mais torrões de açúcar. Afinal, quem já meteu a mão no chantilly do bolo, por acaso não vai querer comer o resto?! ¬¬

Daí, você tenta enganar suas banhas (e sua consciência) e resolve encarar aquela skinny justíssima, ("mãe, acho que eu cresci alguns centímetros pro lado esse ano!") se deitando na cama pra que ela feche! Há, danadinha! Tá achando que espremer a banha vai mesmo fazê-la caber aí? Cá entre nós, que cena humilhante, hein, amiga?! Precisava mesmo descer tão baixo? Você, claro, não se dá por vencida e tenta enfiar tooodas as calorias pecaminosas já ingeridas dentro da calça, pra deixar aquela ilusória barriga semi-reta. Tá, me engana, que eu gosto. Ontem mesmo, a senhora comeu um pote de Nutella adoidadamente, e sozinha! E aquela resolução de ano-novo que dizia "emagrecer", tá onde, nos seus pneus?

Como desgraça pouca é bobagem, só isso não basta. Tem a maldita, a inútil, a bandida da CE-LU-LI-TE! Tá lá, nas suas coxas e bumbum, depois de algumas semanas de "porre alimentar". Dizia meu sábio professor de cursinho que é tudo culpa dos lisossomos (lembra daquela aula sobre células?), que, no corpo feminino, jogam toda a gordura pros pandeiros, bem na época em que o sol tá rachando, todo mundo tá de biquíni, e você tem que ficar de shorts porque seu traseiro tá parecendo uma laranja!

Daí, você senta e chora. Aliás, senta, não! Você é uma mulher de fibra, que não se deixa abater por essas fatalidades da vida, não é? Então, você levanta imediatamente, limpa essa cara de choro, faz aquele make incrível e... corre pra academia. Isso! Agora essa barriga murcha! Esteira, puxação de ferro, calças legging e camisetões: você se joga no mundo fitness com tudo o que tem direito! E vai, e vai, e vai... UMA SEMANA! Ufa! Faltam mais seis pra perder os três quilos, e você já emagreceu 300g!

Então, depois da primeira semana, chega-se ao ponto crucial da batalha: ou você desiste de vez, assume esse quadril e volta a chafurdar no chocolate, ou você... emagrece, fica linda e, pra comemorar, come uma pizza inteira e um mega sundae com calda quente!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

7 things

Não, esta não é uma música da Miley Cyrus (eca!). Foi só pra não perder o trocadilho, mesmo! hehe

Caraca, tem tanta gente que lê meu blog que eu nem sabia! Isso me deixa feliz e, tá bom, admito, infla um poucochinho de nada o meu ego. ^^

Na verdade, não são 7 things, são 6. É que a Sarah Brito, uma de minhas queridas leitoras, me indicou a um selinho e a um meme!


Regrinhas: 1- Colocar o link de quem te indicou para o meme-selo; 2- Escrever essas 5 regras antes de seu meme para deixar a brincadeira mais clara; 3- Contar seis fatos aleatórios sobre você (essa é a proposta da brincadeira) 4- Indicar seis blogueiros para continuar a brincadeira; 5- Avisar esses blogueiros que eles foram indicados.

O link tá no hiper do nome da blogueira.

Bão, Sebastião, vou "te contar pra você" seis coisas:

1. Já fui caloura do Raul Gil em 2006!
2. Sou exigente demais comigo mesma (quase o tempo todo ¬¬)
3. Não sei jogar vôlei
4. Tenho sonhos sem pé nem cabeça quase todas as noites (do tipo: fui à FACULDADE (onde teve TIROTEIO) comprar REMÉDIO e, depois, ao Mc Donald's tomar SOPA CROCANTE DE PEIXE! ¬¬)
5. Não bebo refrigerante há algum tempo (apesar de amar coca-cola!)
6. Tenho fobia de altura (não posso nem andar no splash do Hopi Hari, juro!)

Ainda me ama depois disso?

Agorãn, tem mais dois selos que eu ganhei da Sam faz teeempo (desculpa a enrolation, Sam!):


Foram os selinhos mais fofos que eu já ganhei! Meus indicados (para o meme e para os selos):
Lucas Caio Pedro Sam Lissa Marcus

xoxoxo ^^

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Veridiana

É mais uma daquelas raparigas que se vê todo dia por aí. Meia-idade. Nem alta, nem baixa. Nem gorda, nem magra. Se é bonita? Bom, não é feia. Os cabelos não são nem cachos rebeldes, nem liso-escorridos. Morena, nem clara, nem escura. Sua expressão é indecifrável, tamanha a indiferença do seu olhar.

Ela passa todo dia aqui pelo café, mas nunca para, nem come nada. Ela só passa. Se estuda? Não, não estuda, nem trabalha. Pelo menos, é o que eu sei dela. Me contaram que ela mora com os pais, e que passa o dia a faxinar cada canto daquele muquifo onde ela mora, ali, na General Gonçalves. Diz que tem pavor de poeira, que não quer nenhum alfinete fora de lugar. Tudo tem que estar no mesminho lugar de sempre.

Chama Veridiana, a cidadã. A gente dá bom dia, ela até olha, mas baixa o olhar em seguida. Que tipo! Mas sabe que é de dar pena, às vezes? Vai saber se não foi sofrida nessa vida, e tiraram o sonho da coitada? Por isso que ela quer tudo no lugar, do jeito que está, nada diferente: deve ser é medo de perder o nada que ela tem. "Cada um tem o que merece" é só o que ela fala pra todo mundo que pergunta.

Alá, ó, alá ela passando de novo. Nem alta, nem baixa. Nem gorda, nem magra. Nem feliz, nem triste. Resignada. Resignada a sobreviver, e só.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Quem dá trote é cavalo



Nos meus tempos de bixete (com coisa que faz moooito tempo!), eu não participei do trote oficial, não por achar um absurdo - eu só quis aproveitar o que ainda me restava da minha vida velha. Mas recebi trote na matrícula, e achei o máximo ser pintada e fotografada pela mamãe coruja! E vou falar uma coisa: não saí mutilada, nem humilhada desse ritual. Pelo contrário: me senti mais parte da universidade, e parte da brincadeira de ser bixete. Aquela era a minha festa, e a tinta era o meu traje de gala! Foi uma vitória enorme pra mim, pois mostrava que, depois de meses estudando a fio e de um janeiro interminável, eu merecia viver meu sonho como manda o figurino! Mas jamais concordaria com humilhações, bebedeiras forçadas e qualquer tipo de agressão. Cabe aos veteranos o bom senso de RECEBER os bixos, e não de massacrá-los, e também aos bixos saber impôr seus limites. E não adianta as universidades continuarem se fazendo de cegas, como se o trote não existisse só porque há uma legislação que o proíbe. Isso é hipocrisia. A responsabilidade maior é dos alunos, que devem lembrar daquela velha lição de "respeito ao próximo". Mas, pelo direito de sermos bixos uma só vez na vida: um pouquinho de tinta não faz mal a ninguém!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Perdão

Se não fosse a Tua mão, eu já teria perecido. Se não fosse o Teu sangue, eu é quem sangraria. Sem a Tua dor, eu jamais suportaria uma decepção. Sem o Teu primeiro amor, eu seria incapaz de amar o meu semelhante.

Mas eu costumo olhar tanto para o chão, inquieta em meu tédio, desperdiçando os dias, contando os minutos, num comodismo vicioso, inquebrável. Tu, que fizeste tanto por mim, recebes apenas um vocativo, um balbucio, um pensamento, uma queixa, um suspiro. Tu, que deste um rio de sangue, recebes apenas tímidas lágrimas de hipocrisia.

E o sangue, foi em vão?

domingo, 8 de fevereiro de 2009

D.R.

Ah, a primeira D.R. a gente nunca esquece! E nem esquece como começar outra, e mais outra, e mais outra. Acontece que eu nunca fui muito bom nisso de ficar discutindo relação, ainda mais com uma garota que tem crises de mau humor crônica e constantemente. E adivinha quando essas crises estouram?

Acertou, rapaz. Quando EU tô na parada.

E sabe qual é o problema? É que eu sou LOUCO, TONTO, completamente ALUCINADO por ela. Por isso, eu aguento o tranco. Quer dizer, até agora...

Já fazia dez minutos que eu tava na sala esperando a Jill terminar de se trocar. Ou de se maquiar, sei lá. Se eu não gostasse tanto do resultado, a ponto de ficar com cara de idiota quando ela chega assim, toda perfumada, com aquele gloss de chocolate, e me dá um selinho, acho que eu bem que podia subir as escadas, arrancá-la à força daquele quarto e chegar à tempo de achar um lugar pelo menos razoável no cinema.

Até seu pai me chutar para a rua.

- Jill, anda logo! A sessão é às oito, e já são sete e meia!
- Já vou, mas que coisa! Para de me apressar, pelamordedeus!

Ih, já vi tudo. Era a terceira vez que eu a apressava. Pudera, eu tava lá na sala desde as seis! Bom, pelo menos dessa vez eu não precisei ficar fazendo sala pro sogrão.

É, o pior ainda tava por vir.

Esperei mais cinco minutos. Caramba, a gente tinha que sair logo pra pegar aquele ônibus!

- Ji...
- Já vou, só falta escolher a roupa!

A... roupa?!

Agora ela vai escutar.

Subi as escadas com tudo e bati na porta. Aliás, soquei a porta. Ela já tinha me irritado o bastante por mais de uma hora e meia.

- Você disse ROUPA?! ROUPA, Jill?! Eu não ACREDITO que você demorou VINTE MINUTOS no banho e mais UMA HORA só pra fazer a maquiagem!!

A porta se abriu. Ela estava furiosa em seu robe pink fluorescente, os cabelos presos por uma flor de mesma cor num coque desalinhado.

Essa era minha tentação. Mas ah, eu não tava nem um pouco disposto a ceder aquela noite.

Nem ela.

- Mas será que você não tem PACIÊNCIA, Jules?! Que saco, eu só queria ficar bonita pra você!

Ah, essa é mais velha que a minha avó.

- Pois então, que começasse às nove da manhã!!
- Tá me chamando de feia?!

Ah, o equívoco. Por que as mulheres colocam tanta palavra na nossa boca?!

- Jill, pelamordedeus, eu...
- NÃO! Você falou isso!
- Eu não falei!! Eu só falei que...
- Mas não precisa falar, eu vi estampado na sua cara!
- Jill, dá pra você...

BAM!

Ótimo, porta fechada. Na minha cara.

- Nunca mais fale comigo, Jules! Eu achava que você era o único cara que me entendia, mas você é igualzinho, igualzinho a todos os homens! Não, você não me entende, você nunca me entendeu, você nem quis me levar ao show do The Morfemas outro dia, e eu chorei a madrugada inteirinha por causa disso!

Pronto, abriu o baú.

- Jill...
- Ah, vai embora! Eu posso me virar SOZINHA no MEU sábado à noite. De novo. Espero que esteja satisfeito por arruinar o resto da minha adolescência!

Não, eu não ouvi isso.

Tá, fui embora. Não tive outra escolha a não ser ceder. Quem é que aguenta a rainha do drama?

E quem é que vive sem, afinal? Mas tudo se resolve, ou, pelo menos, eu espero. É só uma questão de tempo, paciência (vou precisar de extra) e um buquê de rosas.

Ah, sei lá.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Breaking Dawn: o fim e o começo de um eterno romance!

Para o Blog das Queens

E o nosso querido vampiro nos deixa... para viver a vida (ou a morte, sei lá) dele eternamente ao lado de Bella. Ai, que lindo!

Mas e a gente, como fica? Sem Edward, sem Jacob, e acabou assim?! =(

Bem, Eclipse acabou de ser lançado. Mas querem saber como termina a história no último livro da série, Breaking Dawn?

Bella finalmente se casa com Edward, e Jacob novamente é botado para escanteio (ou não). Juntos, vão passar a lua de mel no Rio de Janeiro (e, como se não bastasse, Edward fala um português just perfect!). Mas, no meio daquela paixão toda, Bella engravida, um caso raro no mundo dos vampiros! E o pior: a criança pode matá-la. Mesmo assim, ela resolve correr o risco e ter a criança. Para isso, conta com o apoio de sua mais nova amiga: Rosalie (é, dá pra ver que a trama vira de pernas pro ar!).

O bebê tem um desenvolvimento mais rápido que o normal. Quando a bolsa se rompe, Bella começa a perder muito sangue e... morre no parto!

Ai, meu Deus! Será esse o fim de tudo?!

Nããoo... o nosso herói a salva, transformando-a, finalmente, em vampira!

Todos estão felizes curtindo o bebê, que é uma menina: Reneesme. Mas quem curtiu mesmo a garotinha foi Jacob, que se encanta instantaneamente por ela, fazendo dela sua prometida. E quem não gostou nada, nada dessa história foram os encrenqueiros italianos, os Volturi, que correm para Forks para ver o que estava pegando. Mas nossos vampiros não deixam por menos e reunem o maior número possível de aliados. E, quando os Volturi engrossam, Bella mostra todo o poder do seu dom maravilhoso: um escudo protetor. Após verem os Volturi se encolherem perante os vampiros do bem, nossos heróis estreitam a amizade com os lobisomens (Edward chama Jake de irmão, dá pra acreditar?) e todos vivem felizes para sempre.

O diferencial do último livro da série é que ele é subdividido em três livros, um deles narrado por Jacob! E Stephenie Meyer consegue, mais uma vez, nos deixar grudadas no livro do princípio ao fim.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Amar além de amar

Será possível
amar além de amar?
Além do mar,
além do crível?

É muito mais do que impossível,
e eu nem posso imaginar,
porque o amar não é plausível,
nem concreto, nem abstrato,
é só uma forma de pulsar
as veias da alma e do corpo,
que, de morto, passa a viver,
pulsando assim, sem perceber,
o mecanismo do que é amar.

Como duas vozes
numa garganta.
Como dois sóis
na imensidão.
Como geleira
de fogo ardente.
Como arco-íris
de escuridão.

Como uma falta de razão,
que dá vazão a uma loucura,
não se pode fazer figura
do que é amar, além de amar,
e só amar, enquanto dura.

Louise Mira

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Olha que Rosa maneira!

Povos, o Marcus do Olhar Receptor me indicou a mais um selinho:




Brigada, viu? Adoro o teu blog! Infelizmente, ando meio sem tempo pra passar lá mas, logo, logo, eu faço uma visita! ^^

Agora, os meus queridinhos (não encontrei 10, mas...):

http://lucasjdeoliveira.blogspot.com/
http://excecaodomundo.blogspot.com/
http://menteilogika.blogspot.com/
http://augustofreire.blogspot.com/
http://estacaoalomorfia.blogspot.com/
http://omaravilhosomundodasletras.blogspot.com/
http://rosesandgentlemen.blogspot.com
http://blogdaabu.blogspot.com

Regras:
1- Exiba a imagem do selo “Olha Que Blog Maneiro”.
2- Poste o link do blog que te indicou.
3- Indique 10 blogs de sua preferência.
4- Avise seus indicados.
4- Publique as regras.
5- Confira se os blogs indicados repassaram o selo e as regras.
6- Envie sua foto ou de um(a) amigo(a) para olhaquemaneiro@gmail.com juntamente com os 10 links dos blogs indicados para vericação. Caso os blogs tenham repassado o selo e as regras corretamente, dentro de alguns dias você receberá 1 caricatura em P&B.7- Só vale se todas as regras acima forem seguidas.

Oi, oi, oi!

Ok, faz tempo que não escrevo uma crônica, mas eu tô longe de casa, longe do meu pc, e morrendo de medo do listão da nova equipe do Tudo de Blog! Anyway, quero dar as boas vindas aos meus bixos do curso de Tradução da UNESP! ^^

Tá, mas isso não é tudo. Lembra do diariozinho de bordo que eu prometi? ^^

Se eu tivesse nascido em terras tupiniquins, teria escolhido Curitiba. Morei quase 6 anos no Paraná, mas foi em Londrina. Mas Curitiba... Curitiba é uma cidade estilosa, cosmopolita, pop, cultural! Recomendo que visitem a Feira do Largo da Ordem, que é uma loucura, mas tem TUDO o que uma garota quer! Aliás, sou suspeita pra falar, porque, se depender de mim, o mundo acaba em feira hippie!

Mas continuo assim, meio on, meio off da blogosfera... notícias rápidas são tudo o que posso oferecer no momento. Sorry.

Pra você que me ama,

L.