quarta-feira, 13 de outubro de 2010

E eu,


Eu só queria umas mil vidas, só pra morrer de desejo a cada pulsar do seu peito.

Eu quero morrer é de amor, só pra poder me sentir viva de novo.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Criança

Saudade dos pés descalços, dos desenhos animados, do tempo em que o SBT e a Eliana era bons, de brincar de Barbie até a mãe mandar dormir, do Kinder Ovo baratinho, de comemorar os dentes que caem e as "janelinhas" que vão aparecendo, da franjinha sem-noção que a mãe acha linda, de chuquinhas coloridas, do tamanco da Xuxa em suas mais diversas cores, formas, plásticos e borrachas, de pintar aquarela com tinta de "estojão" e crayons, de quando meu maior medo era o tal do "homem do saco", de ser a única criança na cidade que sabia que Papai Noel não existia, de sujar os pés correndo por aí, de pular elástico no intervalo, dos guarda-chuvas de chocolate e dos pirocópteros, de comer macarrão gravatinha na merenda escolar, do meu boneco Fofão (sim, eu tinha um e ADORAVA!), de amar o Pernalonga, de assistir 16212613412 vezes as fitas das Princesas Disney, do corre-corre, dos bilhetes recorrentes da professora me implorando para melhorar a letra, das despreocupações e das mil brincadeiras possíveis e imagináveis, das cores mais brilhantes e dos sorrisos exagerados, arreganhados.

Saudade de quando imaginar e brincar eram tudo o que me restava a fazer.

domingo, 10 de outubro de 2010

Rótulos

E, pra falar bem a verdade, a gente recebe rótulos que não pediu, na maioria das vezes.

É por isso que entendo a Sandy, por exemplo. Todo mundo aproveita que a menina é "santa", só pra poder pregá-la na cruz. Mas "santa"? "Santa" pra quem, e por quê? O que foi que ela fez pra ser "canonizada"?

Isso me irrita. E me surpreendi quando, essa semana, uma pessoa que mal me conhece me disse: "Nossa, nunca pensei que uma menina tão tímida e quietinha quanto você fosse aquela pessoa no palco!". Tá certo que a pessoa não falou por mal; mas "tímida e quietinha"? Dei um desconto, porque a pessoa realmente não me conhece direito.

Nada contra pessoas "tímidas e quietinhas", que fique claro. Mas tudo contra essa mania besta de rotular as pessoas.

E aí a gente é rotulado por causa de coisas como aparências e estereótipos. Talvez porque uma hippie magrelinha aparentando cinco anos a menos de sua idade não possa ter lá muita coisa pra dizer. E ri alto uma vez quando me disseram: "Nossa, você gosta de rock? Mas você não usa preto!". É; também gosto de falar de sexo, mas não sou perva; gosto de falar de política, mas não votei; gosto de cores, mas não de Restart; sou cristã, mas também pecadora; nasci em Londres, mas sou brasileira.

E daí? O quê, ou quem você pensa que eu sou?

É, os estereótipos estão aí, e são mais fortes do que a gente. A primeira impressão continua sendo nossa única história e tudo o que temos a dizer a respeito de algo ou alguém. E, se resolvo contrariar meus rótulos e dizer o que penso, é um deus-nos-acuda. Tá certo que, às vezes, eu deveria pensar um pouco mais antes de falar, mas é o meu jeito. Já estou me acostumando com os olhos arregalados a cada nova declaração.

Não que eu ache isso bonito. Porque sempre há rebeldes sem causa, que fazem de tudo para chocar/ se destacar /etc. Isso é o que, na minha terra, a gente costuma chamar de "forçar a amizade". Porque cofre cheio não faz barulho, e, se realmente somos tudo aquilo que dizemos ser, não deixaremos de sê-lo por causa de um rótulo idiota. Aliás: quando se tem personalidade, tudo aquilo que somos ultrapassa todo e qualquer rótulo ou estereótipo.

Pensei em dizer a vocês e aos rotuladores de plantão quem sou for real, mas não sei se vale a pena. Quem quiser, que me conheça. E a gente se revela pra quem faz valer a pena. E não faz esforço pra contrariar quem nos rotula.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Merchan!

Galera, vou fazer um merchanzinho básico!

Ontem cantei no Concerto de Primavera, no Teatro do SESI de São José do Rio Preto. O tema foi "Adoniran Barbosa e Beatles: Retratos de um tempo". O evento contou com a participação do Coral Unesp de Rio Preto, que é maravilhoso, e com grupos de violões e dança da facul. Foi incrível!

Cantei três músicas dos Beatles, enquanto alguns professores e mais um aluno da facul tocavam. Apesar de só termos ensaiado duas vezes pra valer, valeu super e deu tudo certo na hora. Subir no palco sempre faz bem, sempre!

Enfim, deixo os vídeos pra vocês assistirem e divulgarem moooito! O áudio não tá "aquelas" coisas, mas tá valendo. Espero que gostem!

Um abraço!






terça-feira, 5 de outubro de 2010

Tanto faz

Preciso de mais tempo para ler, mais tempo para amar, mais tempo para desperdiçar nas horas de preguiça.

Quero o prazer de chamar atenção para um par de ombros sensuais, para um cacho que dança perdido no meio das costas, para a cor nova do batom. Me nota? Sem me corrigir o pronome, vai.

E, se eu me enlaço nos lenços e laços de fita, tudo o que quero na verdade é me enlaçar entre lençóis. Pura preguiça, ou pura carência de amor? Alguém para ninar e amar, ou ninguém por perto, porta fechada e sono profundo.

Não sei bem o que quero. Só quero uma sugestão. Ou, se eu por acaso souber, só quero que me faça mudar de ideia. Proposta indecorosa, ou nada de especial. Algo que não seja rotina, ou a rotina de um amor qualquer. Tanto faz, para quem já é tão indecisa...

Quem sabe enroscar os dedos nos teus cabelos, ou me enroscar num canto qualquer. Cair na cama, cair na cova do teu sorriso. Morrer de amor ou de tédio. Perder o juízo ou o sentido, cair de cara ou de costas. Coisas que não têm muito a ver têm muito mais a ver comigo.

E, se só os loucos sabem, deixo tudo ser relativo. Amor pós-moderno, paixão de quarto de hora, entrelinhas de lábios entreabertos. Me deixa, e deixa tudo como está. A gente se vira, ou fica na mesma. Tanto faz.