segunda-feira, 29 de junho de 2009

Renúncia


Cansei de ser presidente,
de quatro dedos na mão.
Cansei de pronunciamentos,
promessas na televisão.

Cansei de falar o que penso,
ou melhor: o que pensam por mim.
Cansei dessa demagogia,
cansei de fingir que não vi.

Cansei de propinas e contas,
congressos e eleições.
Cansei do Planalto Central,
cansei de andar de avião.

Cansei dessa diplomacia
de ser sobrinho do Sam.
Cansei dessa coisa de Lula,
de esquerda e de revolução.

Cansei de ser filho do Povo,
do Povo que me chama de pai.
Do filho que não assumi,
desisto, não aguento mais!

Cansei de ser companheiro,
de faixa verde-amarela.
Cansei de gripe suína,
de gente que mora em favela.

Cansei dessa caricatura!
Cansei dessa cara pintada!
Cansei de bancar o heroi!
Não passo de mera fachada!

Cansei de cruzar os braços.
Cansei de fechar os olhos.
Cansei de tapar os ouvidos.
E o Brasil se cansou de mim.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Lições de vida, para toda a vida

Para o Tudo de Blog

No Ensino Médio, dois professores marcaram de verdade minha vida. Um, pelo seu jeito irreverente de ensinar; o outro, por ter me ajudado a descobrir o que eu queria fazer pelo resto da vida.

O primeiro foi o Chico, um professor que "fez História", literalmente. Sabe aquele professor que não precisa de livro, que simplesmente sabe do que está falando? Esse é o Chico! - um "negão de tirar o chapéu", como dizíamos. Chegava na sala sempre serião, mas não resistia a uma piadinha dos meninos e entrava na onda, revelando seu lado divertido e irreverente. Por causa dele, História era minha matéria favorita no primeiro ano - e a matéria da qual eu mais sinto falta na faculdade! Ele fez com que eu me apaixonasse pela história da Segunda Guerra Mundial, e me revoltasse contra a situação do Brasil. Ter aula com ele era como viajar no tempo!

O segundo foi o meu professor de Inglês do terceiro ano - professor Souto. Nunca pensei ficar tão amiga de um professor quanto fiquei dele. Ele acreditou em mim, e me ajudou quando eu não sabia o que fazer da vida (ou, pelo menos, do vestibular). Assim, pude descobrir minha paixão por Tradução e línguas em geral - ele me mostrou que meu futuro e minha vocação estavam ali, na minha frente, o tempo todo, e só eu não via.

E, quando eu me lembro, tudo o que quero é agradecer a esses dois professores por terem acreditado em mim, corrigido meus erros e me ensinado mais do que conceitos teóricos, mas lições de vida.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Preguntas


- Oi?
- Oi, tudo bão?
- Bão, e ocê?
- Levano, né?
- Então tá bão, né?
- Tá no sítio?
- Sabe que tô? É bão ficá uns dia aqui di veiz em quando, né não?
- Elaiá, mais ocê num toma jeito memo, hein?
- Falando em tomá jeito... Num tá sabendo?
- Do quê?
- Sabe o Zé da esquina?
- Ah, o homi do Opala amarelo, né?
- Tá sabeno que ele deu nós pé cum muié dos otro?
- Jura?
- Ma' ocê num sabia?
- Cau'diquê, tá todo mundo sabeno?
- Ara, em que mundo que ocê mora?
- Sabe que eu nem sei mais?
- E sabe o que mais?
- Ô loco! Tem mais?
- Uai, achou memo que ia cabar por aí?
- Lasquera, a fofoca é grande assim?
- Sabe com quem o disgrama fugiu?
- Com quem?
- Sabe a muié de um tal de Janjão dos Bingo?
- Nóssinhôr, como assim, sô?!?!
- Ah, intão ocê sabe quem é a muié?
- Ma' ocê num sabia que ela é minha mãe, sô?!?!
- Quê?!?!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Selitos

Seguinte: a Tailany me indicou a dois selinhos e seus respectivos memes. Obrigadinha, e vamos lá respondê-los!

Coisas de que mais gosto: ler, escrever, cantar, tocar violão, conversar, estar com quem amo, comer (não necessariamente nessa ordem!).



5 características minhas: estilosa, criativa, teimosa, esquentada e leal.

Indicados: Caio, Sam, Marcus, Thaís e Pedro.

Well, that's it! xoxo

domingo, 21 de junho de 2009

Até parece...

Para o Tudo de Blog

Capricho pergunta: você alugaria um amigo deste site?

Alugar amigos que mais parecem uma tentativa paraguaia de "Menudos"? Ah, pufavô, né? Com tanta gente passando fome no mundo e com meu guarda-roupa sedento por roupas à la Gossip Girl, vou ficar gastando meu rico dinheirinho com gente que eu nem conheço e que é paga pra gostar de mim por algumas horinhas? Tá escrito "desesperada" na minha testa?

Bom, eu sei que na testa de muita gente tá, e compreendo que deve ser horrível não conseguir fazer amigos. Tá bom, confesso: euzinha-da-silva já tive uma fase no friends. É difícil quando as pessoas te odeiam naturalmente só por você gostar de se vestir do seu jeito e ir bem na escola. Mas cara, lembra da filosofia da uva: tudo passa. Você amadurece, as pessoas amadurecem, e você passa a ser visto como realmente é.

Agora, se você é tão corajoso (ou covarde) assim, a ponto de quebrar o porquinho pra gastar como isso, sinto informar que isso não resolverá seu problema de solidão. Sabe por quê? Porque relacionamentos não podem ser comprados. O vínculo, o respeito e o carinho não têm preço. Vai chegar a hora em que aqueles amigos de aluguel vão fechar a cara e abrir a mão, à espera não de um "obrigado por ser meu amigo".

O verdadeiro amigo é mais chegado que um irmão, sendo capaz de fazer de você uma prioridade na vida dele. A amizade, assim como o amor, não busca interesses ou dinheiro no bolso. Ela não pertence a quem alugá-la, mas a quem ousar conquistá-la.

sábado, 20 de junho de 2009

Jornalistas, não se joguem do penhasco!

Fiquei abismada com o comportamento de alguns jornalistas, estudantes de Jornalismo ou aspirantes a tal, mediante à decisão do STF de não-obrigatoriedade do diploma da profissão. Alguns choraram horrores, outros, trancaram matrícula na faculdade; alguns só faltavam se jogar do penhasco, gritando "my life is over".

Sinto muito se você se encaixa nessas categorias, mas acho que você, realmente, não entendeu e não viu o lado bom da coisa. Está certo que o mercado jornalístico está um tanto saturado e isso pode aumentar a concorrência, mas, ao contrário do que muita gente disse, não acredito que "qualquer zé-mané" possa tirar uma vaga de emprego de quem realmente tem competência para tal. Além disso, ninguém vai desprezar um diploma, pois ele é a prova concreta de que você se preparou para aquilo. Está certo que o mundo profissional é cheio de injustiças, mas isso não tem a ver só com Jornalismo, gente! Acorda!

Estou no segundo ano de Tradução. Essa profissão também não exige diploma para ser exercida. Injusto? Tá, mas eu vou fazer o quê? Desistir por causa disso? Abrir caminho para despreparados traduzirem first time como "primeira hora", Wolverine como "Carcaju" e outros absurdos? Lógico que não - amo o que faço. Além disso, sou estagiária de Jornalismo no jornal do câmpus, tenho experiência de quase dois anos com jornal e me sinto, sim, muito bem preparada. E sei disso. Resta você, jornalista, ter essa convicção também! Você está preparado? Então vá lá e mostre serviço. Porque, se você não o fizer, pode apostar que alguém, diplomado ou não, vai lá e mostra. Seja um profissional, e não um adolescente chorão.

Mas você quer saber o que eu acho? Vou levar pedrada, mas concordo com a decisão do STF. Tenho como base um artigo do Antonio Prata que li há muito tempo, quando ele ainda era cronista da Capricho: ele disse que quem quiser ser jornalista não deve estudar Jornalismo (não estou criticando quem faz Jornalismo, só quero que você entenda o raciocínio dele), no sentido de ampliar a visão de mundo e, consequentemente, de profissão. Isso me ajudou muito na escolha da profissão de tradutora, que é uma paixão, ao lado do Jornalismo. Além disso, tem também o comunicado oficial do Roberto Marinho, afirmando que é muito importante ter profissionais de outras áreas atuando em Jornalismo.

Agora, eu é que pergunto: qual é o problema com isso? Em nenhum momento a profissionalidade de quem tem um diploma foi posta em xeque. Além disso, em qualquer profissão, diploma não significa, necessariamente, capacidade. Muitos jornalistas diplomados são incapazes de distinguir imparcialidade de sensacionalismo. Sabemos que o Jornalismo busca mostrar a notícia com veracidade e imparcialidade. A atuação de outros profissionais na área é algo que contribuirá, e muito, com a melhoria da mídia.

E não se esqueça: medo de ficar sem emprego todo mundo tem. E desde que o mundo é mundo gente sem diploma pega lugar de diplomados. Injusto, mas real. Mas é claro que jornais realmente SÉRIOS não vão pegar qualquer pessoa, com ou sem diploma. Então, que tal parar de se lamentar e seguir em frente?

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Coisas para se fazer nas férias


  • Ir domir às 3 da manhã (ou, simplesmente, não dormir e trocar o dia pela noite)
  • Ficar de pijama o dia inteiro
  • Levar o cachorro para passear
  • Comer porcariadas, guloseimas e doces
  • Assistir a todas as temporadas daquela série que você já viu (é sempre bom rever!)
  • Ver gente que você não vê há um tempão
  • Ver gente que você nunca viu
  • Fazer festinhas em casa
  • Sujar a cozinha (mas é melhor limpar, antes que sua mãe veja!)
  • Passar a tarde conversando na praça
  • Viajar
  • Encher o saco do seu amigo de infância
  • Tomar banho de esguicho
  • Estourar plástico-bolha
  • Andar de barco
  • Ficar mais louco que o Batman
  • Tomar um porre de coca-cola
  • Moer dinheiro em feirinhas hippies
  • Fazer trancinhas no cabelo todo
  • Fazer uma loucura no cabelo
  • Passar o dia se embelezando
  • Pular corda
  • Visitar tios e primos, que você nunca viu na vida, no Tibunctu
  • Comprar canetas coloridas
  • Ver sua mãe pedindo para você fazer um milhão de coisas
  • Amolar sua avó até ela fazer seus bolinhos de chuva preferidos
  • Fazer bolo de chocolate em dia de chuva
  • Dançar na chuva
  • Fazer rodinha de violão com os amigos
  • Dar "tchauzinho" para desconhecidos no trânsito
  • Alugar uma pilha de DVDs
  • Ficar entediado umas noventa vezes
  • Ficar muito louco umas noventa vezes
  • Ficar impossível umas noventa vezes
  • Ler livros de mulherzinha (algo que não exija muito esforço mental)
  • Ler revistas de mulherzinha
  • Fazer coisas fúteis de mulherzinha (ah, vai dizer que não é bom?)
  • Rir como uma condenada
  • Sair maquiada às 3 da tarde
  • Jogar um colchão na sala e se jogar nele
  • Passar uns dias na casa daquela prima doida
  • Aprender a cozinhar algo que preste
  • Aprender a costurar (esse eu acho mais difícil, mas eu quero!)
  • Customizar umas roupas
  • Fazer ginástica
  • Grudar no namorado feito carrapato em burro
  • Invadir o trabalho da sua mãe
  • Por crédito no celular
  • Decorar suas 172626738 músicas favoritas
  • Comprar meias novas
  • Não falar inglês, nem italiano, nem qualquer outra língua da faculdade
  • Não fazer tarefas de férias (isso você pode fazer um dia antes de as aulas voltarem!)
  • Ficar com saudade de comer miojo
  • Ir a um show de rock
  • Dar uma palhinha em um show de rock (isso é tão legal!)
  • Roubar a palheta da sua amiga rockstar
  • Passar menos tempo na internet
  • Ir ao mercado com a sua mãe
  • Ir ao mercado para a sua mãe (pode apostar que é a coisa que ela mais vai te pedir para fazer)
  • Tirar fotos até ficar vesga
  • Assistir a desenhos animados
  • Sair linda e poderosa na rua
  • Sentir saudade da faculdade (claro que é bem no finzinho das férias, mas passa!)
  • Desejar feliz aniversário àquela amiga que faz aniversário nas férias
  • Ir ao circo mais furreca que aparecer na cidade
  • Ir com sua prima à casa de conhecidos dela (e não seus) e ficar amiga de todo mundo
  • Aparecer de surpresa na casa dos outros (mas cuidado para não ser inconveniente!)
  • Limpar o guarda-roupa
  • Dar banho no cachorro (e acabar tomando banho junto)
  • Dançar sozinha no quarto até dizer chega
  • Dançar com o namorado até ele dizer chega (porque você está ligada no 220)
  • Não ter nada para fazer
  • Ficar sem fazer NADA! (tem coisa melhor do que isso?)

terça-feira, 16 de junho de 2009

E o dia foi salvo!

Para o Tudo de Blog

Por pior que seja o meu dia, sempre há algum super-heroi de bobeira que aparece, do nada, para salvá-lo - capaz de, mesmo sem querer, me fazer sentir amada e especial. Como naquele dia em que acordei horrorosa, e desconhecidos vieram perguntar a marca do meu shampoo. Ou naquele fim de semana miado, quando me ligaram para um churrasquinho de última hora. Ou quando meu namorado me mandou uma carta-surpresa num dia em que eu estava péssima. Ou quando meus colegas de faculdade fazem comentários engraçados sobre as minhas roupas, e eu rio demais. Ou naquele dia em que eu estava com cara de jaca na aula, e meu amigo desenhou uma caretinha no canto do meu caderno, me pedindo pra sorrir, e como iria recusar? Ou quando abro meu blog e vejo tantos elogios para aquele texto que eu nem achei grande coisa. Ou quando aquele professor durão elogia meu trabalho. Ou quando minha cachorra vem me receber de rabo abanando, após minhas oito horas de viagem. E se, por acaso, nenhum deles vier salvar o meu dia, só preciso do meu violãozinho velho e de uma panela de brigadeiro, que tudo se ajeita.

E você, o que salva o seu dia?

domingo, 14 de junho de 2009

Simples assim


"Ele jurava que não gostava dela. Ela, que não queria vê-lo nem pintado de ouro. Os dois, quando se encontravam, fingiam que eram cegos. Se se esbarravam, fingiam ser insensíveis. Se alguém perguntava, lá vinha mentira. Se alguém tentava, desconversavam. Se odiavam com todas as forças, com todas as forças com as quais, um dia, se amaram.

Mas, para si mesmos, não podiam fingir, ou mentir, ou segurar aquele olhar superior por muito mais tempo. Quando ficavam a sós consigo mesmos, a dor rasgava o peito e a angústia tomava o lugar vazio do leito. Ainda havia amor ali, por trás do ódio. Tentavam enganar um ao outro, mas era inútil. Mais inútil ainda era tentar voltar. Não. Era impossível, e havia mágoa e orgulho demais para qualquer outra chance. Não era historinha de conto de fadas - era realidade, e realidade é um pouco mais podre do que isso."

- E aí, gostaram da história?
- Tá, mas... se ela gosta dele... e ele gosta dela... por que eles não estão juntos?

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Feliz DDN!

Pois é, Feliz Dia dos Namorados!
Tá solteira? Vai passar o dia com cara de jaca, comendo brigadeiro e lamentando o fato de este ser o quadragésimo DDN sem nem mesmo um urubu pra chamar de meu louro? Não faz drama, pelamor! Antes só do que mal acompanhada, não é? ^^ E também, sua hora vai chegar, mas vê se escolhe direito, tá bom? Não quero ver ninguém chorando pelos cantos por aí por qualquer candango que você achou que era o ovo da sua marmita.

Vai passar sozinha? Eu também. Sim, eu tenho namorado, mas ele mora a 450 km de mim, e só vou vê-lo nas férias. É, parece que vou adiar um pouquinho as minhas comemorações. Mas vale a pena, só pra ver aquele sorriso lindo de novo.

E, pra gente se inspirar, com ou sem namorado, perto ou longe dele nessa data, fiz o meu próprio Top 8 de casais da ficção que a gente ama, e que fazem a gente suspirar e chorar baldes na frente das telinhas (ou telonas). Bom, lá vai.

8. Step e Babi (Tre metri sopra il cielo)

Acho que quase ninguém conhece. Esse filme italiano ainda não saiu no Brasil, mas o livro, traduzido como Três metros acima do céu, já foi lançado pela editora Rocco, e recomendo a leitura. O casal é bem rebelde (o típico motoqueiro-e-patricinha, sabe?), e a história é meio que o inverso de Um amor para recordar. Mesmo assim, os dois fazem a gente suspirar bastante.

7. Mr Darcy e Elisabeth (Orgulho e preconceito)

Um amor às antigas. Que garota nunca sonhou com esse romantismo de séculos atrás?

6. Peter Parker e Mary Jane (Homem Aranha)

Ah, eles são tão lindos, e tão complicados! Quem nunca sonhou em namorar um heroi?

5. Noah e Allie (Diário de uma paixão)

Chorei baldes assistindo a esse filme. Como eles são apaixonados! Como é bonito de ver o amor desses dois, mesmo depois de tanto tempo e tanta luta, permanecer o mesmo!

4. Dan e Serena (Gossip Girl)

Eles são maravilhosos - e complicados! Quase morri do coração no final da primeira temporada (opa, não vou dar spoiler aqui, não se preocupem). Bom, só espero que eles continuem juntos, afinal...

3. Chuck e Blair (Gossip Girl)

Ah, eles são mesmo lindos. É o que costumo chamar de "amor bandido" - os dois se odeiam, mas, na verdade, não admitem que se amam. Aliás, eles se merecem: é o sujo que fala do mal lavado. Mas eles são tão, tão fofos!

2. Landon e Jamie (Um amor para recordar)

Com eles, aprendemos que o verdadeiro amor espera, é paciente, bondoso, e tudo mais. O filme mostra como o amor pode transformar a vida de uma pessoa.

1. Edward e Bella (Crepúsculo)

Não podiam faltar os meus queridinhos. Só tenho uma coisa a declarar sobre eles: ai, ai...

Espero que vocês tenham se inspirado bastante. Mas o bom mesmo é viver um amor real, ao vivo e a cores. Declare seu amor hoje! Não precisa ser para um garoto. Declare-se para sua família, para seus amigos, para o mundo!

Feliz DDN!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Complexo de Magali

Pra quem não sabe, essa é a Magali jovem (linda, né?)

Para o Tudo de Blog

Fui agraciada pela genética paterna com o biotipo "magra de ruim" - como o que quero, o quanto quero, e não engordo um grama. Às vezes, até emagreço. Verdade! Tá certo que não sou a tal da "seca-arreganhada" - faço o tipo "falsa magra", mais curvilínea, e adoro ser assim. E acho que é exatamente o que sou em relação à comida: uma falsa magra. Sempre tenho uma caixa de morangos na geladeira, ovos, e alguns miojos no armário, para garantir os dias de preguicite aguda. Não como muita carne vermelha - ultimamente, não tenho tido a menor vontade. Não vivo sem frutas e verduras, e quase não como frituras. Em suma: minha alimentação é razoavelmente saudável, e não abuso tanto quanto poderia da minha falsa magreza. Mas minha tentação se chama CHOCOLATE. Brigadeiro. Muffins. Caramelo. Sorvete. Junta isso aí com a TPM. Pronto! A falsa magra mostra que, no fundo, no fundo, é uma bela de uma draga. E tem também aqueles dias de ataques de comilança, em que tomo café pensando no almoço, como um saco de pipoca de micro e três pedaços de bolo, e coisas do gênero. Acho que é por isso que eu gostava tanto da Magali quando era criança (gosto até hoje!): ela é a típica comilona-magricela. Mas sou realista e sei que, um dia, a genética pode falhar (se falhou até com a Giselle Bündchen, pode falhar comigo, mera mortal) e, se eu não ganhar gordura, posso ganhar celulite (pepeô! sai pra lá!). Portanto, fico na barrinha de cereal a semana inteira, à espera do fim de semana, em que posso abusar. Assim, posso continuar com os jeans 36, o rosto melado e a gula satisfeita.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Cinza

Às vezes, os dias são tão confusos.

Não devia ter saído da cama. Não devia ter olhado o céu. Céu? Que céu? Só vejo nuvens carregadas, e o vento levou meu sol embora. Abraços? Vagas lembranças, e solidão aos baldes. Vontade de chá e coisas mais quentes. Parecem abraço, de leve, de apertado, de atravessado. E as coisas que eu digo estão sufocadas; as vontades, dominadas. Não sei dizer "não", e não acho que "não" seja, necessariamente, tão ruim assim.

Os pés para fora da cama tateiam o chão, à procura dos chinelos. À procura de algum chão. E eu, que adoro um drama, resolvi enfrentar o dia. Acordei cedo, pronta e prestes a enfrentar a friagem e a frieza do dia - jornada de palavras e de cinzas. Quem mais se importaria com o vizinho que desperta, com a chuva que não cai, com o dia que se espreguiça? E fiz as vezes da anônima - aquela que levanta, todos os dias, às sete em ponto, calça os chinelos, preocupada com o cabelo, e segue para a mesa do café. Sabe e não sabe quem é. Só Deus sabe.

Engoliu o choro com um copo de leite. O dia nem começou. Começou?

Eu é que ainda não havia terminado.

sábado, 6 de junho de 2009

"Você é a pedra do meu sapato"


Para o Tudo de Blog

Para mim, a melhor cantada é a implicância. Sim! Sei que é esquisito, mas, quando conheci meu namorado, não fui com a cara dele, e ele não parecia ter ido com a cara de ninguém. Mas é sempre assim que começa e, acho que, no fim das contas, dois bicudos se beijam, sim. Detesto essas "fórmulas-pedreiro", do tipo "você é o ovo da minha marmita" e coisas do gênero. Que coisa mais brega! Isso corta qualquer clima. Aliás, acho que, no meu caso, funcionaria mais uma "você é a pedra do meu sapato". Mas sabe o que me conquistou de verdade, mesmo? Foi o olhar. Aquele que permite que se leia a alma da pessoa, te deixando sem chão, de pernas bambas, tremedeira, borboletas no estômago, e aquelas coisas que não acontecem todo dia. Aquele que chama pro ataque, tirando qualquer tímido da toca. Então, eu percebi que havia coisas melhores para se fazer do implicar com ele. Porque, afinal, implicância não pode durar para sempre, né?

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Hey guys, só mais uma coisinha: pra quem não sabe, eu tenho outro blog, o Roses and Gentlemen, com meus amigos blogueiros Pedro e Caio. Ela conta a história de três amigos, Fer, Eva e Thor, que fazem faculdade e se metem em rolos que só quem é universitário sabe como é. Cada episódio é escrito por um de nós, e é em série. Já estamos na segunda temporada. Entrem, leiam e comentem! ^^

xoxo

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Meu eterno namorado

Para o Tudo de Blog (e pra você, meu amor )

Capricho pergunta: como é o namorado dos seus sonhos?

Ele é a pessoa que Deus preparou com tanto carinho. Me persegue nos sonhos mais doces, me faz rir de tanta cosquinha e chorar com tanto carinho. Mesmo que, às vezes, sejamos tão diferentes, ele enxerga minha alma, conhece meus segredos, e cada momento em que estamos juntos torna-se um verdadeiro milagre. Ele me leva a sério, e é com ele que eu quero me casar.

Te amo, meu amor.

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Esse post tinha mesmo que ser curtinho, já que é pro site! Olha, tô feliz: minhas provas já estão acabando, e eu saí no Leia + da Capricho (Rob Pattinson na capa)!

Em clima de Dia dos Namorados, sinto falta do meu querido. Não passaremos a data juntos, mas isso é de menos, não é mesmo? Bom, mas isso é assunto pra outro post.

See Read you! ^^

xoxo

terça-feira, 2 de junho de 2009

Juventude clichê

Miley Cyrus: símbolo da juventude clichê

Outro dia, no Orkut, vi uma comunidade de fofocas de um certo grupinho cuja existência eu ignorava. Resolvi dar uma olhada no fórum, para ver o que é que as pessoas falam nesse tipo de comunidade. Claro que é mal da vida dos outros. E, em um dos tópicos, fiquei abismada com certos comentários da potencial gossip girl de araque - uma espécie de perfil fake que divulgava os "bafões". Lá, dizia algo como "fulano ficou com uma impop desconhecida", ou "siclana estava andando com os pops o tempo todo, e ficou bêbada", ou "estiveram no shopping/na festa hoje: X, Y, Z...". Pelo amor de Deus! Pop?! Impop?! O que é isso? Estão classificando pessoas porque elas não se encaixam nos padrões que eles - burguesinhos pobres e de meia tigela, que recebem dinheirinho dos pais para aprontar nos fins de semana, agindo como se a roupa, ou o beijo, ou o escândalo de X fosse melhor/pior/maior/inferior ao esperado? Aliás, esperado por quem? Por eles? Grande porcaria! Quem são eles? Jovens sem cérebro! Por acaso fizeram algo de útil nos últimos meses sem ser ouvir Hannah Montana, tirar notas medianas, encher a cara, beijar uns zés-ruelas e moer dinheiro no shopping? Por favor! Que moral, e que julgamento eles tem o direito de fazer?!

E fiquei seriamente preocupada com nossos tempos. Sou tão jovem quanto eles, e é isso o que me preocupa! Ninguém mais monta blog para escrever o que pensa, ninguém mais escreve para mudar o mundo! A web não é mais modo de conectar o mundo inteiro - ela tornou-se ferramenta de exclusão! E a culpa não é da mídia, coitada. O papel dela não é só manipular, já que também tem muita coisa boa por lá. Eu sei que, na maioria das vezes, ela manipula, e muito. Mas é só quem se deixa manipular. É o que está acontecendo com os jovens de hoje: como a maioria não tem cérebro, procuram desesperadamente por um. Como não encontram lá muito o que sirva, preferem uma formulinha mais pronta. Isso é muito, muito mais cômodo. E ficam lá, se achando muito espertos.

Olha, eu sei que metade de vocês não vai ler metade disso aqui, e que eu não sou a primeira, nem vou ser a última a dizer todas essas coisas clichê sobre a nossa juventude clichê, geração coca-cola, chame como quiser. Mas não, já não vejo jovens querendo mudar o mundo. Aliás, essa história já virou conversa. Hoje em dia, jovem acredita em tudo o que vê na televisão, ou mesmo, no computador. Vão engolindo a maçaroca e deglutindo-a, sem sabor, sem saber a causa da própria rebeldia. Como se soubessem (e vivessem) a loucura que é viver. Como, se vivem iguais uns aos outros? Acham que encrenca é adrenalina. Se preocupam mais com o estilo de "parecer" do que com o de "ser". Curtem a bandinha do momento, que se diz alternativa mas, na verdade, é comercial e igual a todas as outras. Usam o que todos usam, ouvem o que todos ouvem, copiam gírias anglófonas, figem que falam inglês, quando tudo o que sabem são frases soltas de letras de música do novo fenômeno teen do momento. Alguns até tentam mostrar o quanto são cult, ouvindo música antiga - ouvindo sem sentir, por pura pose. Querem ser vistos pelo ângulo das câmeras digitais, e não pelos olhos de quem procura uma resposta. Querem provar para o mundo o quanto são felizes quando, na verdade, são vazios. A rebeldia virou festa, novamente. O que é viver com intensidade? Qual é a necessidade de se mostrar para o mundo? Mostrar quem você é, ou mostrar a etiqueta da sua roupa? Mostrar uma nova realidade, ou mostrar o quanto você é cool no álbum do Orkut? Mostrar moda, ou, puramente, modismo? Ouvir música ou viver a música? Isso é fugir da realidade, sem mudá-la. O conceito de "burguês" já virou clichê, mas, para essa "juventude clichê", é perfeitamente aplicável. Porque é muito mais cômodo ser igual ao que você vê na mídia, já que, por lá, o "outro lado" é algo idealizado e distante da nossa realidade. Gente pobre que se acha burguesa. Não tô falando de pobre de dinheiro, não. É pobre de espírito. É gente que acha que tirar foto com cara de drogado, usar t-shirt, calça skinny e cabelo repicado, ouvir músicas cujas letras não têm conteúdo (ou das quais nem sabem o significado) e "se jogar" por aí é o suficiente para living la vida loca.

Pelo amor de Deus, um pouquinho de cérebro e originalidade!!!


Não gosto de publicar textos grandes no blog, mas eu precisava desabafar. Sim, eu estou revoltada hoje. Mas, se eu não ficar, quem é que vai?