quinta-feira, 2 de abril de 2009

Em meados de 90

Comecei a lembrar da infância, coisa que a gente faz quando percebe que tá ficando velha. Dezoito anos já, segundo ano de faculdade, preocupações e responsabilidades que antes não me pertenciam. Era tudo tão divertido - não que ainda não seja - e cheio de cores e bichos de pelúcia.

Eu subia nas árvores com meus primos, na velha chácara do vô Dinho. Clubinho no pé de manga, nadar no rio e tomar sorvete. Assistir, todas as tardes, aos mesmos filmes, de Branca de Neve a Bela Adormecida, comendo bolachas de chocolate. Apertar as patas dos bichos de pelúcia para ouvi-los cantar. Festinhas de aniversário com um punhado de amigas, um bolinho e duas garrafas de refrigerante. Que felicidade!

Minha mãe lia para que eu dormisse, e eu decorava todos os livros que ela me lia. Misturava inglês e português - a babá achava graça. Pedia a minha avó para arrumar a saia da menina de pauzinhos que ela me desenhara - eu queria uma saia reta, e não rendada. Eu lembro do meu avô. Gostava de passear com ele, segurando uma cestinha de madeira em forma de pato. Pena que se foi tão cedo.

Lembro-me da escola, dos alfabetos multicor e dos bolos de chocolate com tang que comíamos todas as quintas-feiras. Me lembro da minha franjinha, ou de como conseguia comer um pote de sorvete inteiro, coisa que, hoje, não consigo mais. Vivia banguela, um dente caindo atrás do outro. Brincava de Barbie, costurando-lhes roupas, e meu melhor amigo era um menino. Sabia patinar e dançar, mas nunca fui melhor amiga da bola. Pulava elástico e amarelinha no intervalo. Saudades do Doug e do Fantástico mundo de Bob. Desenhos bons, bons tempos.

Não era a mais bem humorada, nem a mais extrovertida, nem a mais discreta. Papai Noel nunca me enganou, e Coelho da Páscoa, para mim, era conversa para boi dormir. Ouvia rock com meu tio. Falava o que pensava, apesar de tantas censuras de uma mãe quase em apuros! Nada de mais, nada além do incrível, do imaginário, do cotidiano de uma infância de verdade. Cheiro de chuva e bolo quente. Infância, bons tempos, aqueles!

3 comentários:

coraline. disse...

em pensar que cada vez mais, que os anos vao se passar mais rápidos, aah vi se blog na capricho[ aaamei]

Sam disse...

Ahh, delícia que é a infância. Felicidade fácil, memórias pro resto da vida.

beijos

prisci sweet disse...

Meu deosssssss to ficando velhaa.. isso pra mim tbm ta la atras =O assasoksakoskosa ;P

ADOREII O BLOG VI NA CAPRICHOO..TEXTOS MARAVILHOSOS =}

BEM TO COMEÇANDO O MEU AGORA.. TO EDITANDO MAS PASSA LA =} algodaosalgado.blogspot

obrigada pela força.. beijoss =DDD