segunda-feira, 13 de abril de 2009

Viva la revolución!

Ufa, tomei um chá de sumiço!

Nem preciso explicar por que: a correria da faculdade e a loucura do feriado. Aproveitei bastante, e lembrei também da principal razão da Páscoa: a ressurreição de Jesus, o maior presente que já recebi!

Olhem, tenham paciência comigo, porque minha vida é uma loucura! Mas fiquem de olho.

Ah! Novidade: meu outro blog, o R&G está em sua segunda temporada! Quem não conhece a incrível história de Fer, Eva e Thor pode ler os posts da primeira temporada e ficar por dentro! É viciante! Se você curte meu blog, vai amar esse outro também!

Tá, falei demais, vamos ao post.

Revolução (Houaiss)
n substantivo feminino 1 ato ou efeito de revolucionar(-se), de realizar ou sofrer uma mudança sensível 3 grande transformação, mudança sensível de qualquer natureza, seja de modo progressivo, contínuo, seja de maneira repentina 3.1.1 movimento de revolta contra um poder estabelecido, feito por um número significativo de pessoas, em que ger. se adotam métodos mais ou menos violentos; insurreição, rebelião, sublevação 3.2 qualquer transformação social através de meios radicais 5 agitação qualquer; ebulição, efervescência, fermentação 6 sensação de repulsa diante de alguma coisa que se rejeita; repugnância, asco

Curiosas algumas dessas definições. Talvez porque espera-se que mudanças doam, ou, no mínimo, façam um estardalhaço. Ao pensar em "revolução", o que vemos? Gente de cara pintada e nariz de palhaço, gritando e batendo nas coisas, polícia baixando, bandeiras do Brasil, Ches Guevara e Karls Marx por todo lugar, cartazes cheios de pontos de exclamação, mortos e feridos, lágrimas e sobrancelhas arqueadas. Algemas, decretos, e tudo acaba em pizza. Ou em negociações medíocres. De revolucionários, passamos a baderneiros, anarquistas, desocupados, ignorantes, malucos.

Mas, afinal, temos dado motivo para isso? Ou será que tudo o que queremos é manter a "faminha de mau" de nossos pais na época da ditadura? Pintamos a cara, mas não queremos pintar a mudança. Gritamos "viva a revolução!", mas logo a voz acaba, a bagunça fica e a mudança nem deu as caras. Sobram a fama e o reconhecimento tão sonhados: agora, somos "os vagabundos", "os arruaceiros", "os maconhados". Que ótimo! Talvez fosse tudo o que queríamos ser. Talvez apenas quiséssemos mostrar quem manda, quem pode mais, quem chora menos.

A verdade é que essa coisa de revolução virou tão clichê, que a definição que melhor se encaixa para ela é a nº 6: asco, repugnância. Revolucionar, agora, virou inutilidade. Não, não devemos nos conformar. Mas de que adianta fazer a revolução, se ela, de fato, não acontecer? A arruaça é sempre mais fácil, mas e a transformação? Queremos paz, mas arrebentamos tudo o que vimos e instauramos o terror para que nos ouçam. Queremos coisas novas, por isso, quebramos as velhas. Isso é tudo o que podemos fazer? Afinal, isso adianta?

Senhores revolucionários: não sejam ridículos.

Um comentário:

Sam disse...

Luly pra presidente! :D

Revolução sempre foi algo muito estereotizado, pelo menos no nosso país. Existem tantas coisas que nós podemos fazer sem toda essa melação de fazer passeatas e manifestações. Atitudes simples revolucionam.

Beijocaas