Por que será que, embora sigamos nossa razão, fazendo o que deve ser feito, às vezes fica aquela sensação de que acabamos de cometer um erro?
Tempo ao tempo. Tempo demais. Tempo perdido. Erros irreparáveis. Coisas que poderiam mudar destinos e ser cruciais em nossas vidas, e que nós, simplesmente, deixamos quieto.
O medo de errar, de errar de novo. O futuro parece incerto. Não sabemos nem para onde estamos indo, se vamos ter onde morar amanhã, se aquele alguém ainda vai olhar na nossa cara... e a gente morre de medo. E não sabemos se a razão vai resolver alguma coisa.
A gente sabe o que é certo. A gente faz o que é certo. Mas, no fim, a gente fica com a sensação de ter jogado tudo por água abaixo. E se eu mudasse minha vida? O que aconteceria se eu tivesse dito "sim"? Por que a gente erra tanto, complica tanto, ou por que a vida é tão complicada?
Mas tem aquela música. Aquela, que diz que "a vida é tão simples, mas dá medo de tocar". Essa música me faz pensar. Em você, em mim, no porvir, no que aconteceu e no que não aconteceu. E no que aconteceria se eu tivesse feito a coisa errada em vez da certa. Razão, coração, razão, coração. 60, 80, 90 batidas por minuto. O cérebro e o coração martelam, travam batalha, um tentando engolir o outro. Me devoram. A mim, que não entendo como a vida pode ser tão simples. A nun, que tenho medo de tocá-la. De tocar você. De me tocar, de acordar e ver as coisas claras como cristal.
Quem me tornei? O que mudou? E você, estará lá quando eu acordar? Se eu achar que errei ao fazer a coisa certa?