sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Lendas Urbanas (que deveriam ser verdade!) - Parte II


"Ei! E casos de amor precisam lá de missões?", o leitor deve estar se perguntando. Mas não era qualquer caso de amor. Não se tratava de mais uma aventurinha de adolescentes, nem de um pretexto para carregar o fígado de adrenalina. A seriedade da missão de nossos heróis não deve ser questionada ou equiparada a mero capricho.

Os jovens pulam o muro de um velho casebre semi-abandonado. Eis a missão.

- Anda, Madá! Até parece que esqueceu como se escala esse muro...

Madá tenta, tenta, mas tomba. Niko ri, mas ajuda a parceira a levantar-se. Ela olha assim, meio de canto, meio fugaz, tentando descobrir o que se passa naquela cabeça de vento. Às vezes, a Madá dava medo. Mas era só impressão: tinha uma doçura como poucas! Não era de falar muito, não; preferia observar e esquadrinhar o perfil psicológico de cada indivíduo. Já em pé, diz:

- A única coisa de que nunca me esqueço é o motivo que nos traz aqui. E você sabe que isso é a coisa mais importante do mundo pra mim.

Niko faz uma careta (ficou sem graça). Aquilo também era a vida dele. Penetra Madá profundamente com os olhos.

- Madá...

- Hum?...

- Éhh... você já... já contou pra "eles"?

(Madá levanta os olhos. Suspiro.)

- O quê? Da gente, Niko?

- Não acha que já tava na hora de contar? Poxa, cara, a gente não tá fazendo nada de errado; se as pessoas ao menos soubessem, a gente poderia conquistar um pingo de admiração alheia. Tô cansado de ser tachado como "o obtuso que nunca sai na sexta-feira"! Será que...

- Niko! - interrompe Madá, passiva, porém resoluta - Meu, você sabe, "eles" têm dificuldade de entender certos lances. Tá certo, às vezes até eu acho muito louco o que a gente tá fazendo. Mas será que, se a gente contar, as coisas continuarão fluindo como agora? Meus pais são tão cautelosos! Exatamente por me protegerem muito, poderiam me proibir de sair de casa em dias comuns! (pausa) ... Não, Niko. Eles não vão entender. A gente é tão novo, e já tá se arriscando desse jeito!

Niko abaixa a cabeça. Ele sabe que Madá tem razão, de certa forma. Mas será que o fato de serem tão jovens os impediria de tentar transformar esta realidade?

Enfim, calam-se e seguem em frente. Matalotagem na sacola: pão, frios, e um pouco de sopa e chá dentro de garrafas térmicas. Não havia tempo para ficarem discutindo.

Madá bate à porta. Logo, ela se abre.

- Boa noite, menina.



Não perca o próximo capítulo! Prometo que não irá demorar a acabar, hehe...

7 comentários:

Mano Guardanapo disse...

Lendas Urbanas, São MUITO LEGAIS...

Estou pensando em começar a escrever sobre isso no meu blog também

Parabéns, e obrigado pela idéia

xD

Jefferson Barbosa disse...

Eu sou "uma madá"
HAHA

Abraço!

Guga disse...

Prometo que volto e leio a continuação...
Isso aqui tá parecendo aquelas histórinhas alá "A droga do amor, droga da obediência" esqueci o nome do autor..Pedro..ah esqueci.
Abço.
http://dapleura.blogspot.com

Lucas C. Silva disse...

maneira a história. Assim que eu postar meu novo texto, leio a primeira parte e comento.
Dê uma olhada no meu blog?
http://lucasconrado.blogspot.com/
o texto de cima é mais uma brincadeirinha com os cruzeirenses... dá uma olhada nos de baixo.
bjs

Felipe Bastos disse...

Sinceramente fiquei um pouco perdido na história,pois não acompanhei a primeira parte,mas gostei muito da escrita,um pouco diferente do que estou acostumado a ler em blogs.

Vou procurar a primeira parte,para entender melhor.

abraço !

http://cinemaafinseumadosedewhiskey.blogspot.com/

Dragus disse...

Gostaria de ver qual a missão delas. =D

Aguardo a continuação. =D

Poly [www.polypop.net] disse...

enquanto isso a gente espera :)
mto bom!!!
bjuxxxxxxxxx