segunda-feira, 7 de junho de 2010

Andei pensando.

Tô naquela fase louca chamada "terceiro ano de faculdade". Ou, no meu caso, os dezenove-quase-vinte. Um ano pra formatura. Os últimos meses de teen. Essas reflexões de gente que tá chegando nos quarenta. Tá, mas eu só tenho dezenove anos. Ou, então, eu já tenho dezenove anos; ou seja, já tá mais do que na hora de começar a pensar em arrumar um emprego, em ganhar dinheiro, em ter o meu próprio carro, a minha quitinete no centro da cidade, a minha vida de solteira-descolada-na-casa-dos-vinte...

Apesar do medo que me dá ficar pensando nisso (porque, na prática, a teoria é outra e a realidade é uma coisa complicada), acho divertida essa minha mania de ficar esquematizando e arquitetando meus planos de esticar a adolescência até quando eu puder, mesmo nos vintinhos (tipo, continuar comendo brigadeiro com as amigas, pintando uma unha de cada cor, usando meias de dedinhos e esse meu pijama verde-abacate ridículo que eu não troco por nada, passar a noite falando de meninos e futilidades, acampando no quintal com minha prima e pirando com a saga Crepúsculo). E sonhando com o emprego mais descolado, mais legal e mais a-minha-cara de todos os tempos, enquanto vejo gente se formando e indo parar na geladeira do mercado de trabalho.

Não sei como é que arrumo tempo de pensar nessas coisas com tanta coisa da faculdade pra ler, fazer e traduzir. Sem contar o estágio. Mas sabe de uma coisa? Não troco essa minha loucura por nada. Às vezes, sinceramente, não sei onde é que tô com a cabeça. No futuro? No presente? Nos detalhes que eu insisto em complicar? Não sei. Sei que, mesmo este sendo o semestre mais difícil da faculdade, mesmo estando no meu limite, mesmo tendo tomado decisões difíceis nos últimos tempos, ainda acho um barato, entre gritos, estresses e descabelações, descer um pouco do mundo pra comer batata-frita ou chocolate, fofocar, amanhecer dançando. O mundo cansa um bocado, as pessoas se cansam por bobagem.

É por isso que eu prefiro deixar o resto do mundo pra depois. Agora, é hora de imaginar. E, quando chegar a hora, sim, a gente sabe o que fazer.

2 comentários:

Thamy disse...

Ai meu deos..me desesperei lendo essa postagem..

vou ali me suicidar e não volto.

Perdi meu tempo e minha vida....

Nathália. disse...

FALOU BONITO! ;)