quarta-feira, 2 de abril de 2008

Judith


Ela fechou os olhos
E deixou a água escorrer
Ela ainda sentia
O que fazia doer

Na mente, uma lembrança
Na alma, um desatino
No desejo, uma bonança
Na carne, um só destino

Esmalte vermelho
Cabelos para trás
Olhar tempestivo
Seu gesto é fugaz
Suas asas são longas
Seus corpo é pequeno
Seu sorriso cura
A dor de um veneno

Sua pele arde
Em gélida face
Suas mãos acarinham
Quem dera deixasse
De ser tão criança
Tão tola, tão fria
Judith sorria:
Virou poesia!

Virou pelo avesso
Despiu-se do luto
Ergueu a cabeça
Esqueceu de tudo
Levantou do chão
Caiu pelo espaço
Mudou sua vida
Em nome de um abraço

Na mente, uma lembrança
Na alma, um desatino
No desejo, uma bonança
Na carne,
um só destino

Ela abriu os olhos
E deixou a asa bater
Ela não mais sentia
O que a fazia sofrer

(passos mudos na calçada...)

4 comentários:

Danilo Moreira disse...

Me parece uma composição...

Mas é mto linda. Há momentos que o melhor e jogar o que nos aflige na lata do lixo (se possível) e deixar as nossas asas correrem soltas e rumo áquilo que desejamos.

Bjs!!!

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http://emlinhas.blogspot.com/

EM LINHAS...
Quando as palavras se tornam o nosso mais precioso divã.

Novo texto: Primavera Nos Dentes
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Viviane Petroli disse...

parabéns pelo blog. adorei a poesia.
estou te adicionando nos meus site e blogs indicados.

'-Kelly Viana' disse...

Lindo post!!adorei,espero que vc seja uma futura jornalista..bjOo!!

Mariana Reis disse...

Oi, achei que você escreve bem, confere meu blog: http://meumundomeublog.blogspot.com/ obrigada.