quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Jornal, jornalismo, jornalistas e jornadas

Pessoal, mais uma parceria com o meu amigo Lucas Oliveira: agora eu tenho uma coluna no Jornal do Blog!
Quero agradecer mais uma vez ao Lucas, e é com grande satisfação que inauguro o Jornal do Blog com a primeira postagem!
________________________________________
Nada melhor do que começar o Jornal do Blog falando sobre jornalismo.
Jornalismo, sensacionalismo, imparcialidade. Até que ponto esse trio é indissolúvel? Quem são os jornalistas, os de verdade, que correm atrás da notícia sem que isso signifique, necessariamente, fazê-la sangrar? Existe imparcialidade sem escancaramento? E o descaramento dos jornalistas, é necessário ou indispensável?
Jornalistas são mensageiros, aqueles que fazem a notícia cortar territórios, cheia de informação. Para ser jornalista, é necessário cautela. Afinal, a notícia está ali, na realidade como ela é, mas a maneira como será transmitida faz toda a diferença. O leitor/espectador quer saber mais, quer saber tudo, detalhes, números, rostos. Mais do que isso: o leitor quer uma opinião para formar.
Mas há quem pense que jornalista é fofoqueiro. Notícia virou produto especulado: ela nasce, cresce, e vem gente querer inflá-la de falácias sensacionalistas, mascaradas de "imparcialidade". E começa o leilão das notícias nos noticiários e nos jornais. As pessoas lêem, refletem e formam seus próprios juízos de valor. Daí, surge a manipulação de massas: liberdade de pensamento, contanto que não seja diferente do que a mídia quer que se pense.
Ah, mas é claro, a culpa é sempre da mídia. Aliás, quem seria essa tal de "mídia"? Alguém que sabe das coisas, provavelmente - uma espécie de "rainha da comunicação". Sua função é informar para formar, mas também pode manipular, de maneira sutil e inteligente, as opiniões mais vulneráveis. Os culpados? Os jornalistas, é claro, os que levaram a coitada da mídia para o mau caminho, com a promessa de que ela seria a sensação do momento, um estouro, um furo de reportagem. É, foi isso mesmo o que ela se tornou. O resultado? Notícias, de fato, sensacionais, sem um pingo de informação. Mas é isso o que o povo compra, lê e, conseqüentemente, pensa. É um círculo vicioso.
Mas será que a culpa é somente da mídia? Afinal, o que é que o povo quer: informação ou fofoca? Imparcialidade ou invasão? Opinião ou imposição? Quem é o povo que devemos (in)formar? Espera-se tanto dos jornalistas, mas o que esperar daqueles que folheiam os cadernos diários ou assistem aos noticiários na TV? Você acredita mesmo em tudo o que lê/ouve/vê?
É tão fácil comprar informações e opiniões editadas. Mas como enxergar o lado da notícia que não se vê, aquele por trás das câmeras e páginas de jornal? Jornalismo não é feito só de jornalistas. Jornalismo é feito de público ativo, não daquele que simplesmente absorve a notícia, mas daquele que forma suas próprias opiniões e questionamentos, sem engolir qualquer coisa que contam por aí. Jornalismo não é feito de leitores, mas de questionadores. Pois só os questionadores são capazes de ler a realidade.

4 comentários:

Lissa disse...

Aê, Luly!!!!!!! Amei essa nova coluna do seu blog! E eu concordo plenamente com o que você escreveu!
Já estou com saudades, hein...

Beijinhos!

kellen valeska disse...

Oie..
Ser jonarlista não é memso uma tarefa mt fácil,pq precisa de total de dicação e mt atenção.
Tem q se arriscar e ás vezes até colocar sua própria vida em risco pela notícia.
É com total certeza uma profissão adimiravél.
Parabéns a todos os jornalistas.


bjOo

Sam disse...

Muito bom o texto. E realmente, a palavra jornalismo hoje tem sido banalizadíssima. Existem pessoas que só começam este curso por não saberem direito o que querem fazer da vida. São muitas dessas pessoas ques estão empoleiradas em jornais sensacionalistas (que não são poucos, infelizmente).

Acompanharei essa coluna com certeza! :)

Beijos

Lucas Oliveira disse...

Oi, Louise...
gostei muito da sua coluna, viu?

bjs e até mais!