sexta-feira, 12 de março de 2010

Presságio de Julieta

Me disseram uma vez que eu não deveria brincar com fogo. Que isso me machucaria.

E, se este veneno me agrada, não me resta mais nada a fazer. E, se esta mão pousar, o arrepio é que vem responder. E, quando você resolver, só quero que faça valer. E, se eu tentar correr, estarei presa a você. E, se me perder, que seja nos braços de quem me quer. E cada olho é espelho, e cada beijo é tão tóxico, e cada toque é prefácio do que ainda está por vir. O golpe, o sangue e a sedução - esparramados, escorrendo pelo chão.

Fecho os olhos. Vejo minha alma subir.

Ninguém morre de amor. Mas o amor mata aos poucos, por tantas outras razões. Nem que seja fazendo viver, fazendo beijar, ou, tão-somente, fazendo a si mesmo, do mundo ao Paraíso.

3 comentários:

Caio Bonatti disse...

Me deu vontade de ver essa adaptação de novo =P

Thamy disse...

Adoro brincar com fogo.
Eu sei, nem dei moral para ela< mas eu quis desabafar para virar a página, sabe Luly?

Nathália. disse...

Ah, Romeu e Julieta.. *-------*