domingo, 21 de novembro de 2010

Vilania

Saudade de te arranhar-céu
Caindo em tentação
Ou não
Surrupiando beijos
Arrepiando, nem um pio
Famintos
Lábios lambidos

E, com os mesmos lábios
Eu invento uma desculpa
Te peço perdão
A mesma desculpa
Aos farrapos
Aos disparos
Disparate

Saudade de te doer
De te ferir
Só pra eu me sentir
(teu bem, tão bem)
Do feito ao malfeito,
Amor rarefeito, desfeito
Num beijo de segundo

E, se eu te arranhar-céu
Não se arrepie - piedade!
Nem um pio, nem pão, nem água
Nem mais beijo, nem coisa qualquer
E eu me deixo escorregar,
Até me esborrachar no chão.

Não quero me prender,
Eu quero é te perder,
Só assim pra eu aprender
A deixar de ser ruim.

Um comentário:

Erika Fonseca disse...

Me encanto com seus textos. Está de parabéns luly