domingo, 30 de maio de 2010

É como correr atrás do vento.

E cada vez mais eu tenho mais certeza.

Eu não pertenço a este lugar. Ainda sou uma estranha, um ponto deslocado na multidão, alguém que parece que perdeu o caminho de casa. Mas, apesar de tudo, ainda sei o caminho de casa. O complicado é ir contra a multidão, que me empurra num fluxo contrário, tentando me levar com ela para onde todos os outros vão. Todos os outros. Mas eu não quero ir.

Todos são tão vazios, e enchem os copos de mágoas e insatisfações. E soltam anéis de fumaça e lágrimas no ar, com suas risadas tristes, perturbadas, com suas maquiagens, com suas almas ocas. Correndo atrás do vento, interpretando uma vida, fingindo e buscando desesperadamente algo que não sabem o que é.

E, por isso, eles, que vivem no caos, me olham assim, como se eu fosse o caos. E me entristeço por todos aqueles que fingem as vidas dessa maneira, que vivem do óbvio e do exagero, que se esquecem de respirar e de agradecer. E, nessas horas, percebo que nem tudo é tão relativo assim.

Talvez a tola seja eu. Talvez eu apenas não saiba como é.

Mas, ainda assim, esse meu sorriso, ninguém pode questionar.

5 comentários:

Laryssa disse...

Incrível o jeito que me identifico e me encontro entre suas palavras. Parece que as palavras guardadas dentro de mim saíram sem permissão do meio dessa postagem.
E mais uma vez... Estou aqui roubando uma querida rosa. E serei feliz, não por sua rosa, mas por ter lido uma postagem tã boa como essa.

lu trevejo disse...

delicioso seu texto.
Já vou te seguir!

Vicky Doretto disse...

Adorei o texto!
Realmete, nnguém pode questionar seu sorriso ^-^

bjão e boa semana =^.^=

Carol Bortolo disse...

Cada vez que eu passo por aqui eu encontro uma parte de mim perdida entre seus textos. Mto bom!

Yarah Marla Saraiva Rolim disse...

siim, muito bom seus textos. concordo com todas as outras leitoras. Tens futuro :D Boa noite'