segunda-feira, 8 de outubro de 2007

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Descobri uma coisa sobre o meu modo de escrever e de ver as coisas: este não é daqueles blogs em que eu conto tudo o que acontece comigo, ou o que eu fiz no decorrer do dia. É um blog no qual eu exponho IDÉIAS. Apenas idéias, e uma filosofia maluca da rebimboca da parafuseta. Mas que me faz pensar mais ainda sobre minha metalinguagem.


Um abrir de olhos, um capital. Cifras não produzem música em mundos cor-de-rosa. O verde não é da bela mata virgem. É o verde da grana. O verde da desgrama. O verde desmatador, matador, atador. Atou as mãos dos que podiam fazer algo útil à humanidade. E a Terra está fadada a se tornar uma bola incandescente, ou uma frigideira ambulante.


But time is money, oh, yeah. O show biz precisa de mais atores com vidas de plástico para garantir as aparências e a política (ou será politicagem?) do "Panis et Circus" come solta. O que importa é encher barriga de pobre com sobra de burguês, para que estes últimos continuem sentados em pilhas de ouro e usando dólares como papel higiênico. "É para quem pode, e não para quem quer", dizem os velhos capitalistas mimados e rabugentos.


Não estou dizendo que sou totalmente marxista. Mas Marx teve ao menos um pouco de sensatez ao propor a igualdade de classes e tomar as dores proletárias. Infelizmente, aconteceu como se apenas a vertente socialista utópica existisse, coisa que seria impossível e financeiramente insustentável numa era capitalista e competitiva. "Quem pode mais, chora menos" é o lema do velho Patinhas, com sua predestinação calvinista para se dar bem a qualquer preço. Preço de dólar, petróleo e, quem sabe, umas gotinhas de sangue. Ele não sairia prejudicado mesmo... Pagar propina, também, não é problema. TODO O MUNDO FAZ.


Cifras não produzem música em mundos cor-de-rosa. Produzem vertigens capitalistas em um mundo cinza, sem quase árvore para contar história. Que história, mesmo? Ih, prefiro nem lembrar.

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