sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Guita

Nunca precisei de você tanto como agora, nem te desejei mais.

Minhas mãos já se sentem perdidas, me sinto trepidar. Parece que já não sei mais como lidar com a gente.

Sinto falta de ter você nos braços, de correr os dedos por seu corpo, de tocar você. Falta de fechar os olhos pra te ouvir cantar. De ter pra onde correr toda vez que me sinto feliz demais, triste demais, ou tão-somente confusa.

E, se eu procuro sua canção em outros timbres, outros corpos, já não faz tanto sentido.

E é só você. Só você é quem pode me fazer ouvir e sentir tudo o que preciso. Porque eu quase morro de ciúmes de você, porque você só pertence a mim, e a mais niguém. Por isso, conto os dias. Essa ausência que não cala, vem calar com tua voz.

Vem me ouvir também. Tenho tanta coisa pra te cantar. Tantos sentimentos na minha vida, meu amor. Tanta coisa que não sei o que é, tanto amor no coração, tanta música pra escrever. É por isso que eu te preciso tanto. E que eu canto. Porque você me entende. Porque você me faz ouvir a mim mesma de um jeito que jamais pensei que fosse possível. Suas cores, sua melodia. Minha voz, sua voz. Sua vez.

Guita, minha violinha, você é e será meu amor da vida inteira, mesmo quando todos os outros chegarem e outros amores se forem. Você sempre estará lá, num canto do guarda-roupa, só esperando pra me ver sorrir.

Um comentário:

Sam disse...

Ler sobre a Guita deu uma saudadezinha do meu menino... o John tá abandonadinho, faz eras que não componho nada.

Beeeijos!