No food, no mood

Para o Tudo de Blog

Tem tanta gente sem miolo de tanto arrancar miolo de pão pra não engordar. Tem tanta gente quase sumindo, só pra tentar aparecer. Tem tanta gente tomando laxante; devia era tomar vergonha! Tem tanta gente apertando a barriga e soltando os quadris. Tem tanta gente que tá pele e osso por ossos do ofício. Tem tanta pobreza de espírito, tantos sarados sem cérebro, tanto silicone em tantos peitos vazios. E me diz, meu Deus: pra quê? Pra matar de inveja a fulaninha? Pra joãozinho te olhar como pra um pedaço de carne? Pra ser finalmente aceita na turma das super-populares-dietéticas? Pra sair na Sapucaí e estamparem seu traseiro na Playboy? Pra chamar a atenção do povo, compensando, assim, a sua falta de talento? Nossa, desse jeito você vai longe, hein, minha filha! Cadê a sua auto-estima? Cadê a sua personalidade? Cadê o seu prazer de tomar sorvete com as pessoas que você ama?

Mas, acima de tudo: cadê, meu Deus, pessoas que estampem sorrisos sinceros, mesmo cheias de pneus e celulite?

*PS: Nossa, esse mês bati o recorde! 24 postagens! Caraaaca! =O

Este blog vicia!

É o que diz o meu amigo de blog, Lucas Oliveira! Ele me deu estes dois selinhos, ó:
Legal, hein? E eu repasso para os meus parceiros:

*Marcus
*Pedro
*Caio
*R&G

Valeu, gente! ^^

Agora, vamos ao post. Aguardem!

Amigo secreto... de blogs?!

Pois é, quando você acha que já viu de tudo...

Resolvi participar do amigo secreto blogueiro do Blog This. Achei legal pra caramba, e o "presente" da vez não é nada material. É um post a respeito do sorteado (bom, acho que é isso, né?).

Legal, né? Bom, tomara que eu não "ganhe" nada muito zoado, né? hehehe

Ah! Recebi mais um "Oscar" do blog Ser Irreverente! Valeu, gente! ^^

Nossa, ando com uma preguiça de postar... normal. Isso geralmente acontece comigo no fim do ano!

Beijosmeliga!

Meninas são tão mulheres...

Para o Tudo de Blog

Com doze anos, eu brincava de Barbie. Com doze anos, eu nem sonhava com beijo na boca. Com doze anos, o cara dos meus sonhos era o pôster do Kayky Brito. Com doze anos, um cara de vinte seria só um cara mais velho qualquer, que não faria meu coração disparar nem com que eu me apaixonasse. Mas os tempos mudam, e eu já tô ficando bem caretinha e antiquada pra esse ritmo louco e fugaz que os pré-adolescentes estão adquirindo de beijar-ficar-namorar. Já dizia o poeta que "meninas são tão mulheres", e as lolitas do meu Brasil têm se multiplicado. E acabam surgindo casais-bomba, como Eloá e o cara do nome super-esquisitíssimo. Nada de mais em namorar um cara bem mais velho; eu até prefiro, porque são mais maduros e tal. O problema não está na diferença de idade, mas na idade prematura do envolvimento. Dificilmente uma garota de doze anos sabe o que quer da vida, e menos ainda a hora de usar a razão quando o namorado de vinte anos forçar a barra. Daí, depois vem dizer que perdeu a infância, a adolescência, e outras "cositas" mais. Tudo porque trocou o namorado da Barbie por um namorado de verdade. Antes da hora.

And the Oscar goes to... me! =P

Uia, que chique! Ganhei o Oscar... hehe quer dizer, é como se fosse, né?

Na verdade, o Marcus do Olhar Receptor me deu um selinho (selinho DE BLOG, tá?=P) dos Melhores de 2008! Olha só:

Bem, e agora, minha gente, the roses go to:

* Caio A. T. B.

* Pedro Freire

* Lucas Oliveira

* Blog R&G

Na verdade, eu tinha que indicar mais blogs, entretanto, esse fim de ano tá tão, mas tão corrido, que nem tenho tido tempo de correr atrás de parceria. I'm so sorry! A propósito: se alguém quiser fazer parceria, é só deixar um comentário avisando, ok? ^^

Beijos, galera!

Meu texto no Ilhabela Queens!

Gentem, saiu meu primeiro texto no Blog das Queens! É aquele post que já saiu aqui no Rosas Inglesas, o "Como sobreviver ao vestibular!".

Para ver, clique aqui, confira e comente!

Bem, dei uma sumida por enquanto, já que tô em casa aproveitando o feriado, a mãe, os amigos e o namorado, porque também sou gente. Meio rosa, meio gente, mas gente!

Beijosmeliga!

Somebody save me...

Prova de inglês amanhã, e não sei de NADA!

OMG!

{o que importa é que esta blogueira está indo pra casa.}

Trilha sonora da minha vida (meme)

Nossa, cara! Há tanto tempo eu não respondo a um meme! Foi indicação do blog do meu querido Lucas Oliveira. Pena que não couberam mais músicas, pois são tantas as que eu amo! Bem, mas aí vai! Já vou avisando que sou rockeira de carteirinha e que gosto de bandas alternativas! ^^

Lá vai:

1. I dare you to move - Switchfoot (Créditos Iniciais)
2. Real - Plumb (Acordando)
3. C'mon everyone - Guardian (Primeiro Dia de Aula)
4. Close to you - The Carpenters (Se Apaixonando)
5. Somebody save me - Remy Zero [tema de Smallville] (Musica de Briga)
6. Seal - Kiss from a rose (Terminando Tudo)
7. Elevation - U2 (Aproveitando a Vida)
8. With a little help from my friends - Joe Cocker [Tema de Anos Incríveis](Formatura)
9. Breakaway - Kelly Clarkson(Caindo aos Pedaços)
10. Gli ostacoli del cuore - Elisa (Dirigindo)
11. O Tempo - Oficina G3 (Flashback)
12. Cry - Mandy Moore (Reatando o Namoro)
13. Only Hope - Mandy Moore [tema de Um amor para Recordar] (Casamento)
14. Bottle Rocket - Guardian (À Véspera de Guerra)
15. Pride - U2 (Batalha Final)
16. Wunderkind - Alanis Morissette [tema de Crônicas de Nárnia] (Momento de Triunfo)
17. Miss Sarajevo - U2 (Cena da Morte)
18. I see you in heaven - Guardian (Créditos Finais)

Indicações:

And the meme goes to...

- R&G (meu outro blog ^^)
- Mente ILOGIKA (Caio)
- A Essência (Pedro)
- Olhar Receptor (Marcus)

Não se esqueçam: vocês devem seguir os temas que estão dentro dos parênteses!

Beeijos, e curtam esse som! =*

Ano novo, vida... velha?!

Para o Tudo de Blog

Ano vai, ano vem, e você continua na mesma. Meio que jogado e esquecido no canto do quarto, um caderninho de "Resoluções de Ano-Novo". "Bom, todo mundo faz isso, né? Então, vou fazer também", você diz. "Não tomar mais refri, arrumar um namorado, emagrecer 3 kg, plantar uma árvore, estudar nos fins de semana, etc". Uma semana depois, você nem quer mais saber de resolução nenhuma. Sabe por quê? Não é por falta de força de vontade, nem por forças exteriores que te levam para o mau caminho (andou escutando o diabinho, hein?), nem por que você esqueceu de pular as sete ondinhas na virada. A questão é que resoluções não se fundamentam em pedaços de papel, planos mirabolantes ou mudanças radicais da noite para o dia. Quem tem que estar resoluto é você! Mudar, sim, mas mudanças sensatas e possíveis! Não adianta fazer como os políticos, que tanto prometem coisas milagrosas, mas que não conseguem cumprir. E você nem precisa esperar o romper dos fogos para decidir mudar. Mostre que você é alguém de atitude, e saiba exatamente o que você espera de si mesmo para o próximo ano!

Pedaço de sonho

Hoje eu tive um sonho. E, no meio da noite, procurei tuas mãos. Logo depois, teus cabelos. Que posso fazer se eles me escorregam por entre os dedos, e os teus grandes olhos me cobrem por inteiro? Diz, meu amor, pra que solidão? Pra que distância e tanta estrada pra rodar? Protesto!

Ah, é. O sonho.

Nada mais do que momentos que a gente já viveu, e há de seguir vivendo até acabar a eternidade. Uma tarde no gramado, minha cabeça em teu peito, cheiros e gostos, gestos e lábios, e dedos, e sorrisos, e sorvete. Mãos dadas, risadas, vontade de abraçar e pipocar-te beijos por todo o rosto. Ah, que pena, ficaste todo sujo de batom. Juras que não ligas? Então, pára de rir, que já tais me fazendo cócegas. Lembraste?

E eu ri tanto. Ri porque me senti tão mais viva perto de ti. É alguém como tu que tenho procurado a vida inteira, sabias? Porque nenhum outro rapaz, nem o mais bonito, nem o mais cara-de-revista, nem o mais forte, nem aquele que compra rosas todo dia tem essa tua carinha pedindo para ser beijada, essas tuas mãos pedindo para serem tocadas, essa tua personalidade fugaz, esse teu mistério que eu adoro desvendar. Porque me fazes sentir como nunca. Como ninguém. Como nada me faz sentir. O que tu tens, garoto? Por favor, case-se comigo. Leve-me, eleve-me, tome-me nos braços, galopemos rumo ao país dos devaneios e das emoções. Não me olhes assim, com esses olhos tão cortantes, flamejantes, que me arruinas o peito de tanta taquicardia. Tu me aguças os sentidos, rapaz. Que é que fizeste de mim? Tais a fim de gastar, assim, alguns minutinhos ao telefone, algumas horinhas do teu dia, ou só uns sessenta ou sessenta e dois anos da tua vida aqui, comigo? Ah, eu te faria rei, te concederia todas as minhas danças, e morreria de amor, só para tornar a viver com um beijo teu.

És um pedaço de sonho, garoto. Mas, tão-somente, pedaço. Porque o sonho inteirinho é eu mais tu. E foi assim que eu vi, e é assim que tem que ser. Senão, não tem graça e estraga o sonho.

Recomeço

Das mãos que se soltaram
Que tornam a juntar-se
Palavras que calaram
Do espírito, a catarse
Amores que não morrem
Reatam-se num beijo
Das lágrimas que escorrem
Transborda o desejo

Palavra que feriu
Deixou a cicatriz
O homem, pois, sorriu
Que já fora infeliz
Da dor que já passou
O riso se formou
Num bosque que queimou
Semente, então, brotou.

Como sobreviver ao vestibular!

Que lindo, o meu primeiro post para o Blog Queens Ilhabela® !

Comecei a lembrar da época do vestibular, que é uma loucura! Muitas de vocês, que estão lendo este blog, devem estar passando por isso agora, devorando toda a física-química-redação-ao-quadrado possíveis e imagináveis. Os pôsteres que decoram seus quartos contêm fórmulas mirabolantes, seus best-sellers mais lidos se tornam as apostilas do cursinho, e você passa a viver numa TPM crônica.

E chega a prova, o nervoso, os chocolates e as barras de cereal. Pulo a parte de exatas, começo por humanas. A cabeça começa a pesar, o corpo "pede pra sair", e você corre o risco de virar "fanfarrona" se a prova bombar. Mas quando você vir o seu nome ali, na telinha do computador, na lista de classificação, é a melhor coisa do mundo!

Insegura? Ah, fica assim não! Seus problemas acabaram com as minhas

CINCO SUPER - DICAS PARA PASSAR NO VESTIBULAR

* Desneure-se! Nada de perder fins de semana inteiros estudando. Isso não vai fazer você ficar mais ou menos preparada para passar. Estude pra caramba durante a semana, mas pegue leve de sábado e domingo. Saia, dance, encontre as amigas, namore, durma a tarde toda... faça NADA! Isso faz bem e abstrai! Stress só atrapalha, e, se você pegar raiva das apostilas, aí, dançou.

* Saiba o seu ritmo. Se você entendeu a matéria e já estudou o suficiente, não adianta estudar mais só porque sua mãe fica no seu pé. Mostre a ela que você tem responsabilidade e um objetivo: passar no vestibular.

* Tenha o "não" com você. Acredite em si mesma, mas sempre com o pé no chão. E pense que vestibular tem todo ano. Além disso, você é nova, e há muito tempo para passar ainda. Se não der, a vida não pára. Aproveite-a!

* Não sabe a questão? Pula! Acabou a prova, a questão ainda tá lá, e você nem sonha que o quadrado da hipotenusa é a soma dos quadrados dos catetos? Chuta! Mas não deixe nada em branco, senão a sua margem de erro vai ser muito maior. Mostre que você é ninja!

* Cansou e ainda falta metade da prova? Pare. Respire. Coma um chocolate sem dó. Desenhe um pouco no caderno de perguntas. Melhorou? Vai lá e arrasa!

É, gente. Essas dicas funcionaram comigo, e espero que funcionem com vocês! Boa sorte, vestibulandas, e que venha o trote! Tá pensando que ser bixete é mole? =D

O Rosas agora é Queen!

Galere, olha só: inscrevi o Rosas Inglesas no Queens Ilhabela, um blog que as Sandálias Ilhabela® têm, que fala de moda, comportamento, música e tecnologia. E ontem recebi a notícia: sou uma Queen! Prometo postar aqui todos os posts que forem parar no site, ok? E, mais uma vez, obrigada, queridos, pelo apoio que vocês me dão todos os dias para cuidar das minhas Rosas!

Eu ia postar mais alguma coisinha hoje, mas tô tão CANSADA, que nem consigo pensar em nada. Hoje tentei, eu e minhas amigas, fritar um OVO no asfalto! Isso mesmo! Porque Rio Preto é um calor como eu nunca vi na minha vida... aff!

Mas o ovo não fritou. Mais comida desperdiçada numa terra de famintos... =P

Um beijo especial pro Marcus, do blog Olhar Receptor. Nos falamos hoje por MSN e achei-o um amor de pessoa!

Chega de falar, menina.

(Pra quem não ia postar nada... né?)

Terminal

Caras cansadas, corpos suarentos. Correria. Salta de um ônibus pra dentro de outro, gente preta-e-branca, gente igual-diferente. Tantas vidas, tanta história, tanta perda de tempo, tanta luta. Tanta bituca de cigarro, tanto sorvete e sacolas nas mãos, tanto troco contado pra cobrador e pra mover o ônibus. Um cheiro acre. Vinagre? Perfume barato. Risadas escandalosas. Tropeços. Fadiga. Taquicardia. Horários, bairros e ruas. Confirmo o nome. Subo. Ambulo, perambulo. E a gente se aperta, se espreme, se derrete e se funde.

E, no fim, a gente tão diferente acaba toda igual: apenas passageiros partindo para o mesmo bairro, tentando tocar as vidas tocando-se uns nos outros. Lotação. Porque lutar é para todos. Sobreviver é para poucos.

Normal

Nossa! Que barulho foi esse?

Engraçado... parece que aqui tá ficando menor e mais apertado. Mais frio também. O que é isso, meu Deus?

Acho que estou começando a escorregar. Ai! Minha cabeça entalou em alguma coisa. O que será que tá acontecendo? Tô com medo. Parece que eu tô caindo!

Ai, minha cabeça. Tem alguma coisa esmagando o meu rosto. Parece que eu tô indo embora junto com essa água toda. Eu tô espremido aqui! E o pior, acho que não vou conseguir sair tão fácil. Ai!

Meu Deus, tem uma mão na minha cabeça! Socorro! Quem será que quer me pegar? Estão tentando me pegar, eles vão me levar, mãe! Mãe, por favor, não deixa eles me levarem, sejam quem forem. Por favor, mamãe! Tenho medo. E já tô começando a ficar com fome, com muita fome. Ah, mas espera só até eu sair daqui. Alguém me tira daqui!

Nossa, o que é isso entrando pelo meu nariz? Por que meu peito tá tão estufado? O que é isso? Por que essa coisa vermelha em mim? Quem é esse mascarado? Por que tão me segurando pelos pés? Larga meu pé! Eu quero minha mãe! Eu quero minha mãe! Eu quero minha...

BUÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ!!!!

- Nasceu! Enfermeira, corte o cordão. Que menino corajoso, hein? Bom menino!

Então, né...

Domingo costuma ser um dia-porre. Perdi o sono antes das nove da manhã, e fiquei bastante monga, monga o suficiente para me arrastar assim o resto do dia. E ainda tenho que estudar Lingüística! Socorro!

Um toque no celular. Mensagem da mamãe: "Feliz dia das crianças!". Há, ganhei o dia! Adoro quando minha mãe faz essas coisas haha... Pra eu não esquecer, do alto dos meus 1,62m e da minha recém-completada maioridade, de que eu continuo a MESMA criança que nadava em rio, brincava de Barbie e escalava pés de mangueira.

Post preguiçoso... fazer o quê! Eu só queria um pirulitão enooorme, daqueles bem coloridos, pra me sentir um pouco mais criança e tirar essa cor cinza de domingão-do-faustão-estudando-lingüística. Ô, vida bandida!

Tá, mas poderia ser pior, né? Imagina se eu ainda estivesse no cursinho? Credo-em-cruz. Não quero nem pensar. Engulo a Lingüística com mais sabor, agora.

Tá, já chega, falei demais. Feliz dia das Crianças! =P

Entrevista!

Galera, o blog do Lucas Oliveira fez uma entrevista comigo! O Lucas é um dos blogs que eu leio, e a gente tem conversado bastante, trocado idéias, etc. O blog dele é bem lido, e os textos dele são ótimos! Passem lá, confiram e comentem!

Agradeço ao Lucas mais uma vez pela oportunidade!

=*

Primeiro beijo

Era tardezinha, já. Um som de piano que ninguém podia ouvir. Ninguém, a não ser os dois.

Um minuto de silêncio. Não silêncio de morte, mas de mágica. Algo que estava para acontecer, e marcar a vida daqueles dois. Uma cabeça pendia, um ombro apoiava. Cheiros, respirações, mais silêncio. Olhos, olhares, música. O amor como nunca outrora se sentira. Outra cabeça pendia. Dois narizes se tocavam. Dois corações disparavam. As mãos suavam, os pés tremiam. O que aconteceria?

Devagar, passo a passo, onda a onda, carinho a carinho, o caminho para o sonho. Dois rostos, duas vidas. Os lábios se tocam, um estralo, baixinho, suave. Calor e descobertas, perfumes e sabores, palpitações. Açúcar, chocolate ou mel? As borboletas dançavam nos estômagos, as cores desvaneciam, esmaeciam, recoloriam cada pedaço do mistério que se desvendava, que se envolvia pelos braços, num abraço. Mãos tocam a nuca, mãos tocam as mãos, rosto toca outro rosto, olhos procuram olhos. Mãos ferem o piano, lábios curam saudades. Lábios sugam o amor, lábios curam o temor, beijos unem duas vidas. Uma flor brotava dos lábios.

O Universo parou.

Dois sorrisos. Quatro mãos. Uma cabeça recostada a um peito. Dois suspiros, e tudo recomeça. Porque beijos duram para sempre.

[Ouvindo Karen's Theme - The Carpenters]

Setenta vezes sete

Para o Tudo de Blog

Disse o mestre Cristo que este é o número de vezes que devemos perdoar quem nos magoa. Sim, somos humanos, e não erramos uma, duas vezes, mas setenta vezes sete. Ou mais. Erramos, errantes, e seguimos errando até o fim de nossas vidas. Erros trazem crescimento, caráter e aprendizado. Então, por que não perdoar? Não esquecer, mas lembrar sem mágoas, como olhar para uma cicatriz gasta, que já virou pele novamente, sem dor, sem lágrima. Perdoar é uma escolha difícil, mas nobre. Mostra que você sabe que a natureza humana é feita de erros, mas pode ser grandiosa quando há perdão. Esqueça a calculadora e faça essa escolha: perdoe incondicionalmente, indubitalvelmente e incontavelmente. E não se esqueça de que, um dia, você poderá precisar desse perdão.

Mr. Rock and Roll

Muito prazer, my babe, mas permita que eu me apresente depois, no fim de tudo, no fim do mundo, num palco, numa guitarra. Cinqüentão muito charmoso, sensação das gatinhas e dos junkies. Melancólico, melódico, rítmico e prosódico. Eu sou o agudo e o estouro, o holofote dos palcos, o inocente rebelde, evolução e revolução. Eu sou a bomba de Hiroshima, que ressucitou um Ocidente, que caminhou pelas estradas e inventou Woodstock. Eu sou a fonte da juventude, a pegada e a atitude, o trash e o erudito, o dito e o desdito, eu sou o mito. I'm so hard, heavy and soft, feito de couro, jeans, rebites e remendos. Eu sou o black e o pop, eu sou o rhythm and blues, eu sou as paredes de um quarto, um furo no muro de Berlim. Eu sou Liverpool e Interpol, sou crime de estado e sátira, sou britpop e nu progressivo, sou pulos no meio de um show. Eu sou a risada e o escracho, eu sou alegria e tristeza. Eu sou o Picadilly Circus, moro em Hard Rock Café, sou quatro na faixa de trânsito, sou rasgos que arrumam o mundo. Eu sou o grito e o grave, o luxo de um lixo prolixo, sou hippie, sou yuppie, sou clubber, sou indie, so stones and strokes. Eu sou a coroa do Rei, Hey Jude! and Yesterday. Eu sou o metal, o gothic, o soft, o grunge, o punk, o Hendrix, a Joplin e o Slash. Eu sou distorção e destom, sou o tipo mais puro de som. Eu sou o escândalo mundial, sem máscaras de falsa moral, sem grilhões de quem me criou.

Nice to meet you. My name is Rock and Roll.

[Há muitas intertextualidades no texto; descubra, se puder! =D]

Drama Queen

Para o Tudo de Blog

Quem nunca fez um draminha na vida? Seja por um resfriadinho-à-toa, que você sofreu como se fosse uma pneumonia, só pra ter os paparicos da mamãe? Ou por uma chuva inoportuna no sábado à noite, só pra convencer o seu namorado a ficar em casa com você? Fazer um draminha, de vez em quando, é uma delícia, deixa as coisas simples da vida com um toque teatral e incrivelmente divertido. Agora, viver de drama é que não dá, né, amiga? A chapinha armou? Bate cabelo! O salto quebrou? Arranca e joga no meio da rua! Levou toco? Chama as amigas e vai pra pista dançar! Mas pufavô, ninguém vive de drama. O lado comédia da vida é muito mais divertido, e o lírico, muito mais romântico. Então, corta esse drama e se joga! Se bem que, às vezes, fazer um beicinho ajuda um bocado... dá um charme que você nem imagina!

Dona Juana

Vem aqui e toma chá comigo? Ah... por nada, não, é que eu não queria ficar sozinha. Eu só queria um ombro amigo e, quem sabe, um colo e um sorriso. Dois dedinhos de açúcar, água quente e hortelã pra esquentar esse friozinho chato, essa garoa que não se decide se despenca ou dispersa, esse humor de domingo à noite. Então, vem ouvir o que se precisa ser dito precisamente por qualquer silêncio. Sweetheart, don't you worry about anything. Só um pouco mais de jazz e soft rock, talvez um mambo, e sossego e mãos dadas. Paciência. Quem mais, o que mais poderia advir? Tu só tens a mim, e eu, a ti; é isso o que importa, e nada mais. Me dá logo essa mão e esse sorriso, vem comigo e toma chá. Não desperdicemos nossos risos com ninguém mais além de nós dois. Incompreensões e diferenças à parte, nós dois sabemos que podemos nos dar bem. Eu bagunço o teu cabelo arrumado, resolvo o teu problema de solidão e, ainda por cima, te beijo, te abraço... e te faço ser o homem que sempre quiseste ser: o meu.

Junkie food e jeans 36

Capricho pergunta: Você come tudo o que quer, sem se importar com o que as pessoas pensam? É desencanada com o que a balança indica? É magra de ruim? Como lida com a relação peso x auto-estima?

Eu sempre fui magra "de ruim", e confesso: amo comer! E como mesmo, apesar de, às vezes, ser meio encanada ("mãe, tem certeza que eu não tô gorda?!"). Mas conscientemente, não só por questão de peso, e sim por saúde, principalmente, porque tenho visto amigas da minha idade com começo de diabetes e colesterol. Quem é que não gosta de comer besteira? Eu mereço um desconto, não é? Mas esse "desconto" não pode ser todo dia. Não quero engordar, não só para não estragar a "cinturinha-de-pilão", mas porque sei que isso faria mal à minha saúde. E cá entre nós, amiga: é bom demais entrar naquele jeans 36! Mas também é uma delícia devorar uma barra INTEIRINHA de chocolate, deitar no sofá e ser feliz. Com jeitinho, dá pra juntar as duas coisas sem peso na consciência (e na balança!).

Jeans e um par de asas (final)

Angélica só sorriu.

Gabriel resistiu bravamente. Tinha medo das pessoas, por isso, escondia-se atrás de uma armadura impenetrável de Armagedom, um Armagedom ferido e sem alma. Mas Angélica era doce, menina, colorida. Ele, preto-e-branco, amargo, homem.

Ela sentiu uma simpatia tão grande pelo anjo, que foi impelida a tomar-lhe das mãos. Gabriel tentou resistir, mas ela era tão pura e tão pedaço-de-doce, que ele sentiu uma estranha preguiça de fugir. A menina do arco-íris arrastou-o para um bloco de cimento, que serviu de banco. Ali se sentaram.

Dois desconhecidos. Dois amigos. Dois irmãos.

Gabriel nunca tivera um amigo. E nunca soube o quanto é bom estar com alguém para compartilhar momentos e emoções. Angélica, do nada, começou a murmurar uma canção baixinho, quase imperceptível. Aquele enorme homem quis adormecer, e desejou nunca mais sair dali. Aquele que resistira, agora havia sucumbido. E ficaram ali, a noite inteira, esperando pelo sol, mãos dadas, sem nada dizerem. Nenhuma palavra se ouviu, apenas a canção hipnotizante de Angélica.

O sol nasceu. Gabriel acabou dormindo um pouco, sendo acordado por alguns raios de sol. Não havia nem sinal da Angélica. Nem do velho Gabriel. Ele nunca mais a viu, nem soube seu nome. E nunca mais foi o mesmo. Deixou o sol entrar em sua alma: fez amigos leais com sorrisos, café e conversa jogada fora. E para todos que encontrava contava e recontava a noite enluarada na qual conhecera uma estranha e bela criatura amiga que deixara uma marca tão forte em seu coração.