Caras cansadas, corpos suarentos. Correria. Salta de um ônibus pra dentro de outro, gente preta-e-branca, gente igual-diferente. Tantas vidas, tanta história, tanta perda de tempo, tanta luta. Tanta bituca de cigarro, tanto sorvete e sacolas nas mãos, tanto troco contado pra cobrador e pra mover o ônibus. Um cheiro acre. Vinagre? Perfume barato. Risadas escandalosas. Tropeços. Fadiga. Taquicardia. Horários, bairros e ruas. Confirmo o nome. Subo. Ambulo, perambulo. E a gente se aperta, se espreme, se derrete e se funde.
E, no fim, a gente tão diferente acaba toda igual: apenas passageiros partindo para o mesmo bairro, tentando tocar as vidas tocando-se uns nos outros. Lotação. Porque lutar é para todos. Sobreviver é para poucos.
E, no fim, a gente tão diferente acaba toda igual: apenas passageiros partindo para o mesmo bairro, tentando tocar as vidas tocando-se uns nos outros. Lotação. Porque lutar é para todos. Sobreviver é para poucos.
4 comentários:
Lutar é para todos. Sobreviver também é para todos.
Viver é para poucos.
Lutar é para todos, sobreviver é para poucos, é verdade, mas sempre esperamos que o ideal seja de que todos possamos viver e assim ir além do sobreviver. Lendo seu texto, pensei: ``É, assim que é a vida na cidade grande São Paulo``.
Sobreviver não é para todos. Por isso, tem tanta gente morrendo.
Tao sensivel que nem parecia que vc estava falando de um terminal,muito legal msm.
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