Sim, voltei. Para vocês e para mim.
Andei meio desanimada, mas os poemas que fervilham na minha cabeça não me deixam dormir direito... e cansei de perder ideias sentada no ônibus, na carteira da faculdade, cozinhando, dançando.
Pois é, aprendi a dançar, por falar nisso.
Nesses, o quê?, dois meses de ausência e blogcídio, deixei de escrever, mas não deixei de pensar. Não deixei de sentir, nem de imaginar o que poderia acontecer se eu tivesse feito mais um poema, se eu tivesse escrito mais uma ideia...
Um escritor fica muito solitário sem suas ideias. A vida é tão cheia de palavras, palavrões, palavreados... Talvez seja isso o que dá um pouco de sentido.
Enfim, devia ter escrito um bilhete que fosse para me despedir. Não que eu me considere, assim, tão imprescindível. Mas quem é que não gosta de drama? Eu sou assim, e você também. Você se faz de durão, mas, no fundo, no fundo, quer é ver o happy ending clichê daquele filminho bem água-com-açúcar que você adora. Finge que não, mas adora.
Eu, por exemplo, tento me conter quando penso em quanto adoro você, meu bem. Não você, leitor. É de outro "você" que eu falo. Você não faz meu tipo, não. Ei, eu tô falando com você, leitor!
Enfim, voltei. Não por mim nem por ninguém. Estou me contradizendo, eu sei. Mas o texto é meu; é por isso que tenho um blog. Continuo não sabendo HTML, escrevendo uns textos bons, outros ruins, tocando violão quando dá e poetizando, eternamente, totalmente.
É tarde demais para parar.