sexta-feira, 9 de outubro de 2009

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E, mais de uma vez, senti vontade de você.

Vontade, necessidade, saudade.

De rir como uma louca, de dividir fones de ouvido, de ouvir suas músicas malucas daquela banda que eu detesto, do quanto você me irritava, das mensagens à meia-noite, dos programas de índio, dos dias de chuva, do cheiro do seu perfume, do calor da sua mão, da cor do seu olho, de te sujar de sorvete. Gosto tanto ainda. Confusa, ainda gosto. Só não sei o quanto, nem como. Só sei que não mais do mesmo jeito. Ainda gosto, mas já não quero. Mas minha alma insiste em dizer que ainda preciso.

E me deito na cama, no escuro, impregnada pelo cheiro das memórias. E essa música não ajuda em nada também, e nem você. Você não ajuda a gente a superar a nossa história. Você não ajuda as coisas a serem como tem que ser. Te amei até o fim, por uma eternidade, e foi real. O que a gente viveu jamais irá embora. Mas serão só lembranças, poeira no vento. Não depende da gente. Só não era pra ser.

Já não choro quando penso na gente. Já não dói tanto assim. Mas fica alguma coisa, um nó na garganta, um buraco no peito. Um buraco na história. Um conto de fadas num livro fechado. É isso o que a gente é.

Ouvindo: All I wanted - Paramore

3 comentários:

Estela disse...

Tao ruim qdo um amor, um namoro acaba...=S
Força pra vcs...

Bê Matos disse...

Luly, isso aqui foi lindo.
Te digo, que me encontrei em cada palavra que você escreveu. Ainda tô impressionada. Você colocou o que eu sentia - mas nunca tive coragem de traduzir - em palavras. :)

LINDO. Beijo :*

Marcus Alencar disse...

Seu texto como sempre foi lindo e você traduziu de forma criativa como se dá o fim de uma história, de um amor que agora é só uma página virada. Em dado momento, chega a ser até sinéstesico (espero ter escrito certo, rs) a sua descrição das memórias. Mas é isso, já foi e as páginas seguem seu rumo e com nova numeração afinal outros capitulos precisam ser escritos....